O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou na convenção do PDT, em Brasília, que apresentará em março um plano preventivo contra a corrupção que está em fase de construção e é fruto da discussão de uma equipe de um "grupo gabaritado" de juristas, cientistas políticos e pessoas públicas.
A ação preventiva, conforme anúncio do pedetista em discurso, estará apoiada "no resgate da institucionalidade, isenção e na capacidade de trabalho dos órgãos de controle e punição."
A pauta é o "carro-chefe" da retórica de Sergio Moro (Podemos), o ex-juiz federal responsável por condenações em primeira instância na Lava Jato e considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Não haverá espaço para estrelismos e efeitos especiais, nem para espetáculo de conquista de plateias ou pior, de eleitores. Os que agem dessa forma produzem efeitos negativos para a sociedade e, pior, para si mesmos", afirmou o postulante do PDT antes de citar o ex-ministro de Bolsonaro nominalmente.
"É o caso do notório Sergio Moro. De glória efêmera como juiz, e agora candidato a se derreter em contradições, mentiras e despreparo. Como juiz, semeou nulidades denunciadas por mim na data, não agora", afirmou Ciro Gomes, que se considera vítima do "lavajatismo".
O político citou a operação Collosseum, contra ele e o irmão e senador Cid Gomes (PDT), para apuração de suposto recebimento de propina em troca do favorecimento de uma empreiteira nas obras do Castelão.
Ciro destacou que a operação foi olhada com desconfiança por "amplos setores da sociedade". Atribuiu ao lavajatismo que diz ser influente em parcela do Judiciário e à "podridão bolsonarista" que considera infestar o aparelho policial.
"Estão eles redondamente enganados se pensam que irão me intimidar com esse tipo de abuso e prepotência. Eu sou um homem honrado, eu sou um homem honesto. Meu atestado são os meus 40 anos de vida pública", exclamou Ciro.