Logo O POVO+
Lira e Pacheco defendem urnas após ataques de Bolsonaro
Politica

Lira e Pacheco defendem urnas após ataques de Bolsonaro

Presidentes de Câmara e Senado se manifestam um dia depois de Bolsonaro questionar lisura do processo eleitoral
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Pacheco e Lira, presidentes do Senado e da Câmara (Foto: Agência Brasil)
Foto: Agência Brasil Pacheco e Lira, presidentes do Senado e da Câmara

Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se manifestaram ontem em defesa das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro, um dia após o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) novamente atacar a lisura do processo. 

Lira afirmou ontem em suas redes sociais que o processo eleitoral brasileiro é "uma referência". "O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir - sem tensionamentos - para as eleições livres e transparentes", escreveu Lira no Twitter.

Em cerimônia no Palácio do Planalto na última quarta-feira, 27, para defender o que chamou de "liberdade de expressão", Bolsonaro levantou também novas suspeitas sobre as urnas eletrônicas. "Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições" afirmou Bolsonaro, ao destacar que as Forças Armadas apresentaram sugestões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ato foi em apoio ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ameaças à Corte e que recebeu o perdão presidencial.

Pacheco, por sua vez, disse ontem que a Justiça Eleitoral "é eficiente e as urnas eletrônicas, confiáveis". "Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado", defendeu o presidente do Senado, também em publicação no Twitter.

Ontem, porém, Bolsonaro voltou a tocar no assunto e disse que o TSE deveria acolher as sugestões feitas pelas Forças Armadas para supostamente aprimorar o processo eleitoral brasileiro. "Terão mais reuniões para convencer o TSE de que as sugestões das Forças Armadas, para o bem de todos, deveriam ser acolhidas", declarou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.

"Estou vendo notícias na imprensa, se é verdade não sei, que eles TSE não querem aceitar as observações das Forças Armadas", acrescentou, destacando que não há pedido para adoção do voto impresso neste ano, uma bandeira bolsonarista.

De acordo com Bolsonaro, o TSE precisa convencer a equipe técnica das Forças Armadas de que "eles estão errados". "Para o TSE, está uma maravilha, vamos confiar nas eleições. E quem desconfiar? Continua desconfiando. O que posso garantir para vocês? Que teremos eleições limpas no corrente ano", afirmou o presidente, durante transmissão semanal nas redes sociais. "É o que todo mundo quer, acredito que sem exceção, a não ser aquelas pessoas que pensam em fazer algo que nós não concordamos, esse nós somos todos nós."

 

O que você achou desse conteúdo?