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PSDB lança Amarílio Macedo ao Senado, Cabeto suplente e confirma apoio a RC
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PSDB lança Amarílio Macedo ao Senado, Cabeto suplente e confirma apoio a RC

Senador Tasso Jereissati assumiu de forma provisória como presidente da federação PSDB/Cidadania, após as polêmicas que resultaram na destituição temporária da direção de Chiquinho Feitosa
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ROBERTO CLÁUDIO esteve presente na convenção do PSDB com Tasso, Cabeto, Domingos e Macedo (Foto: Aurélio Alves)
Foto: Aurélio Alves ROBERTO CLÁUDIO esteve presente na convenção do PSDB com Tasso, Cabeto, Domingos e Macedo

O PSDB no Ceará realizou ontem convenção estadual para oficializar a composição oficial da sigla nas eleições de outubro. O evento definiu o apoio da federação PSDB/Cidadania à candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Ceará. Na aliança com o PDT, a sigla lançou ao Senado o nome do empresário, membro do Conselho e acionista do Grupo J.Macêdo, Amarílio Macedo.

Como primeiro suplente na disputa da chapa, foi escolhido o ex-secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto. Ele foi secretário do adversário na disputa, o ex-governador Camilo Santana (PT). O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE), Régis Medeiros, é o segundo suplente.

Participaram também da reunião o ex-senador Luiz Pontes, o candidato a vive-governador na chapa de RC, Domingos Filhos (PSD), e o presidente estadual do Cidadania, Alexandre Pereira. Candidatos a deputado estadual e federal pelo PSDB também estiveram presentes.

A convenção foi comandada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB), que assumiu provisoriamente como presidente da federação PSDB/Cidadania. Na última quinta-feira, 4, a primeira convenção dos partidos resultou na destituição temporária da direção de Chiquinho Feitosa após o tucano tentar manobra para retirar apoio a Roberto Cláudio e adotar neutralidade eleitoral do seu partido nas eleições estaduais. 

Em pronunciamento, Tasso comentou sobre as reviravoltas no PSDB que tentaram puxar o partido para a neutralidade na disputa pelo Governo do Ceará. “Eu diria até bizarro e inédito, mais do que difícil”, classificou o senador sobre o movimento de Chiquinho.

“Eu não sei como eu chamo o que aconteceu. Não tem nome o que aconteceu, mas tem certas coisas na vida que a gente não pode dar importância”, completou o senador, que endossou o apoio ao PDT nas eleições.

“Nós decidimos nos coligarmos com o PDT e o PSD porque eles tinham o melhor candidato para o Estado do Ceará. E falo isso não só no discurso, eu falo porque acompanhei de perto a gestão do Roberto Cláudio em Fortaleza, uma das cidades mais difíceis de se administrar, e foi uma das melhores administrações da história”, destacou o tucano. 

"Por essa razão e por ver sua postura política, plenamente identificada conosco, do não ao clientelismo, que foi nossa luta em 1986, contra a política dos currais eleitorais, decidimos apoiar", completou. 

Chiquinho Feitosa concedeu entrevista nesta sexta-feira
Chiquinho Feitosa concedeu entrevista nesta sexta-feira

Chiquinho Feitosa nega ilegalidade na convenção do PSDB e diz que continua presidente da sigla

O ex-senador Chiquinho Feitosa afirma que não houve ilegalidade da convenção do PSDB realizada na última quinta-feira, 4, que votou pela neutralidade na disputa pelo Governo do Ceará e pelo Senado. "Aconteceu tudo dentro da normalidade", assegurou ele, durante coletiva na tarde de ontem, na Assembleia Legislativa. E acrescentou: "Eu continuo como presidente do PSDB até que aconteça alguma coisa que eu espero que não aconteça". A fala foi antes do registro na Justiça Eleitoral da nova composição do PSDB no Ceará, que tem o senador Tasso Jereissati como presidente.

Chiquinho informou ainda que a ata da convenção da quinta, marcada gritos e acusações de golpe e intervenção da direção nacional da legenda, já foi registrada na Justiça. "Em relação à federação (PSDB-Cidadania), eu ainda não fui comunicado oficialmente da destituição da comissão provisória da federação, e enquanto não for comunicado, o registrado é o que está na ata, dentro do que prevê os estatutos da federação", explicou, acrescentando que a opção pela neutralidade nas eleições foi fruto de pressão dos candidatos a deputado estadual e federal.

O tucano disse ainda que foi pego de surpresa com o apoio de Tasso ao candidato do PDT ao Palácio da Abolição, ex-prefeito Roberto Cláudio. "Sou presidente do partido, não houve nenhuma comunicação nesse sentido", reclamou.

Destacou ainda que todas as negociações com o ex-governador Camilo Santana (PT), que incluíam a indicação de seu nome para a suplência do petista na candidatura ao Senado, passaram pelo crivo de Tasso. "Eu, quando conversei com Camilo pra aceitar o convite, o senador Tasso me sinalizou positivamente. Foi assim que aconteceu, não foi desautorizado que eu tratei com o Camilo. Assumimos (o compromisso) depois, mesmo depois, declinando do convite, de apoiar o Camilo como candidato a senador. Mesmo que fosse sem coligar oficialmente", revelou.

Na manhã desta sexta-feira, uma nova convenção do PSDB foi realizada, sob comando de Tasso. Na ocasião, foi confirmado apoio à candidatura de Roberto Cláudio ao Governo e anunciado o nome do empresário Amarílio Macêdo na disputa pelo Senado. O primeiro suplemente da chapa é o ex-secretário da Saúde do Governo Camilo, o médico Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Doutor Cabeto. 

com informações do repórter Deusdedit Neto

 

Ex-presidente do PSDB no Ceará e ex-senador Luiz Pontes
Ex-presidente do PSDB no Ceará e ex-senador Luiz Pontes

Luiz Pontes diz que Chiquinho promoveu "aberração" e "promiscuidade" no PSDB

O ex-presidente do PSDB no Ceará, Luiz Pontes, acusou o presidente destituído da sigla no Estado, Chiquinho Feitosa, de tentar manobrar para retirar apoio a Roberto Cláudio (PDT) e adotar neutralidade eleitoral. O tucano avaliou que as polêmicas observadas na convenção estadual do PSDB na última quinta-feira, 4, representaram uma "aberração" e "promiscuidade".

O ex-senador participou da segunda convenção da federação PSDB/Cidadania, nesta sexta-feira, 5. "Fundei esse partido com Tasso e com outros comandos e pautamos a nossa vida como homens públicos e principalmente valorizando e fazendo do PSDB um partido que nós sonhamos, e que outros partidos tivessem nossa mentalidade. Nunca procuramos buscar o poder por buscar, sempre dentro de uma ética, na pauta do desenvolvimento do nosso estado", disse Pontes, ao defender a integridade da sigla.

Logo depois, o ex-presidente do partido disparou: "Confesso a vocês que eu vivi de tudo nessa política, principalmente quando tive honra de servir o Tasso como líder dele, presidente da Assembleia, a senador, deputado federal, mas o que eu presenciei ontem foi uma aberração, foi uma promiscuidade que eu nunca vi como homem público e nunca pensei que ao chegar aos 66 anos de idade fosse passar pelo que nós passamos. Uma traição, um modelo arcaico da política que nós combatemos, que nós lutamos." 

Apesar da crise partidária, o tucano avaliou que seu partido resistiu às investidas de Chiquinho. "Não nos curvamos porque aquele PSDB não é o PSDB de Tasso Jereissati, de Cabeto, meu e do Amarílio, é um PSDB travestido de querer impor a força e achar que com a força se conquista tudo. Não! A resposta está aqui, apoiando a candidatura do Roberto Cláudio que é o melhor, mais preparado para ser governador", completou. 

Nesta sexta, Chiquinho realizou uma coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa do Ceará para se defender das acusações. O tucano nega ter feito manobra e defende ter tido aval de Tasso Jereissati para ser suplente do ex-governador Camilo Santana (PT), candidato ao Senado Federal. 

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