Eleito em primeiro turno, Elmano Freitas (PT) contará com ao menos 16 deputados na sua base aliada para o início do seu primeiro mandato, a partir de 2023. Com a maior bancada eleita no poder legislativo estadual, o PDT será um dos partidos chave para definir se o petista contará com maioria na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).
A sigla pedetista, que elegeu 13 novos parlamentares, um a menos que em 2018, teve como candidato o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT). O ex-gestor da Capital foi terceiro colocado na disputa pelo Governo do Ceará, com 734 mil votos (14,14%). Ao menos nesse primeiro momento, a legenda segue como uma incógnita sobre como se posicionará na Casa a partir de janeiro do ano que vem.
A indefinição ocorre por conta do racha entre o grupo, que resultou nas candidaturas de Elmano e RC. Somando a base aliada do petista, que conta com as siglas que integraram sua coligação na disputa pelo Palácio da Abolição em 2022, o governador eleito contaria com o apoio de ao menos 29 deputados, das 46 vagas que existem na AL-CE.
Evandro Leitão (PDT), o segundo mais votado para o cargo no Estado, e Salmito Filho (PDT) são dois dos que podem compor a base do partido na Assembleia. Ambos governistas nas legislaturas anteriores, os dois políticos eram favoráveis a candidatura de Izolda Cela (sem partido), que acabou sendo preterida por RC na disputa pelo governo estadual. A decisão foi vista pelo PT como um dos principais motivos para o fim da aliança.
A sigla petista também saiu fortalecida destas eleições. Em 2018, o partido havia eleito quatro parlamentares e dobrou o número para oito nestas eleições. Uma das novidades é a reaproximação com o MDB de Eunício Oliveira, que além de indicar a vice-governadora eleita, Jade Romero (MDB), elegeu três novos políticos.
Além dos 13 deputados estaduais somados de PT e MDB, a base aliada de Elmano contará com mais três parlamentares do PP, um do PC do B e mais um do Psol.
Quem também saiu consolidada da disputa foi a bancada bolsonarista. O PL de Jair Bolsonaro elegeu quatro parlamentares, três a mais que na disputa realizada há quatro anos. Inclusive, Carmelo Neto, o mais votado no estado para o cargo. Ele alcançou a preferência de 118.603 eleitores.
“Quero agradecer a confiança dos quase 120 mil cearenses que nos confiaram o voto, nos transformando no deputado estadual mais votado e mais jovem da eleição”, comemorou o político em publicação nas redes sociais, antes de iniciar um coro pela reeleição do atual presidente.
A sigla de Bolsonaro ainda emplacou mais um político entre os que receberam mais votos, como foi o caso de Marta Gonçalves, que obteve 112.787 sufrágios. A base alinhada com o militar reformado do exército ainda contará com nomes como Dra Silvana (PL). Quem também cresceu foi o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal e que compõe a coligação do presidente. Em 2018, o partido havia elegido apenas um deputado e na próxima legislatura contará com três parlamentares.
Entres os partidos alinhados com a esquerda, também obtiveram uma eleição expressiva Fernando Santana (PT), Sérgio Aguiar (PDT) e Romeu Aldigueri (PDT). O trio recebeu a preferência de 111.639, 97.522, 90.399 do eleitorado, respectivamente.
Ausências
Deputados que estavam ocupando assento na AL não conseguiram reeleição. Casos de Audic Mota (MDB), Bruno Pedrosa (PDT) e Antônio Granja (PDT)