O governador Elmano de Freitas (PT) afirmou nesta segunda-feira, 27, que o senador Cid Gomes (PDT) é um aliado histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) e que tem o “máximo respeito” pelo parlamentar.
“Ele tem em mim o máximo respeito, admiração. É um aliado histórico do Partido dos Trabalhadores. Desde quando foi prefeito de Sobral, o senador Cid tem o PT no seu arco de alianças”, comentou durante coletiva de imprensa após o lançamento da Agência de Fomento do Ceará, no Palácio da Abolição.
Elmano também destacou o apoio de Cid à candidatura de Camilo Santana (PT) ao governo do Estado em 2014. “Depois ele indicou um companheiro nosso do PT, nosso hoje ministro Camilo Santana, para ser o representante do projeto”, continuou.
No último dia 17, Elmano chegou a afirmar que se dependesse dele, Cid iria para o PT. Nesta segunda, ao ser questionado sobre o assunto, o governador disse que na ocasião falou “que via com muita simpatia (a ida de Cid para a sigla), se a decisão dele fosse essa”, mas acrescentou que o mais importante no momento é a escolha em conjunto dos parlamentares do PDT — que desejam deixar a legenda.
“O que eu acho mais importante é que ele tem feito discussões com seu grupo, e vai tomar essa decisão, pelo que eu entendo, colegiada”, comentou, e acrescentando que “independente do partido que o senador Cid vai integrar, certamente está buscando um partido da centro-esquerda”.
“Portanto, a relação do Partido dos Trabalhadores com o senador Cid é muito positiva, evidentemente que é um debate que ele está a fazer e a me cabe ter muito respeito”, finalizou.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também já comentou a possibilidade da ida de Cid ao partido e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o pediu para convidar o senador para a sigla.
"Eu estive com o presidente Lula essa semana e ele me pediu para fazer o convite ao senador Cid, que as portas do partido estão abertas caso ele queira se filiar ao PT", afirmou o ministro no dia 17.
Apesar das declarações de Elmano e Camilo, e de Cid ter dito que irá conversar com o presidente Lula sobre uma possível filiação ao PT, alguns parlamentares do partido são resistentes ao nome do senador na sigla, como o líder do governo no Congresso Nacional, o deputado federal José Guimarães.
Cid e seu grupo de aliados — 43 prefeitos, 14 deputados estaduais (em exercício e suplentes), e 5 deputados federais (em exercício e suplentes) — podem deixar o PDT após meses de conflito com a direção nacional do partido.
O futuro dos parlamentares ainda é incerto e deve ser decidido até 4 de dezembro, data de nova reunião do grupo. Apesar do afastamento do PT, o grupo já se reuniu com líderes do Podemos em Brasília, além de terem diálogo com o PSB — sigla presidida por Eudoro Santana, pai de Camilo.
Sobre o encontro com líderes do Podemos, o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) afirmou que os parlamentares da sigla ainda irão se reunir para discutir o tema.