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Líder de Elmano rebate Sarto sobre Vai Vem: Não foi aprovado porque deputados dele pediram vista"
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Líder de Elmano rebate Sarto sobre Vai Vem: Não foi aprovado porque deputados dele pediram vista"

Proposta de gratuidade em ônibus da Região Metropolitana de Fortaleza está prevista para ser votada nesta quarta. Deputados que pediram vista defendem análise das emendas e alegam que emendas anteriores contemplavam Fortaleza, mas foram rejeitadas
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DEPUTADO Romeu Aldigueri (PDT) é lider do Governo Elmano de Freitas (PT) (Foto: DivulgaçãoAscom Romeu Aldigueri)
Foto: DivulgaçãoAscom Romeu Aldigueri DEPUTADO Romeu Aldigueri (PDT) é lider do Governo Elmano de Freitas (PT)

O líder do governo Elmano de Freitas (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará, deputado estadual Romeu Aldigueri (PDT), rebateu o prefeito José Sarto (PDT) sobre o Programa Vai Vem Livre. De acordo com o parlamentar, a proposta ainda não foi aprovada porque deputados aliados ao prefeito pediram vista. Aldigueri informou que a votação do projeto ocorrerá nesta quarta-feira, 29.

“Qual é a crítica do prefeito, tendo em vista que o projeto ainda não virou lei porque os seus deputados aliados, Cláudio Pinho (PDT) e Antônio Henrique (PDT), pediram vistas? Então, eles pediram vista justamente para o prefeito fazer essa fala ontem? Essa politicagem? Isso é regimental e eles podem fazer, mas não virou lei e ainda está tramitando na Casa… Nós pedimos urgência, inclusive, para tramitar. Então, não cabe a crítica, né?”.

Sarto ironizou a promessa do governador nesta segunda-feira, 27. Na ocasião, o gestor disse que "o Vai Vem nem vai, nem vem" e resgatou o seu projeto do Passe Livre Estudantil que foi aprovado neste mês na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).

Inicialmente, o projeto enviado pelo Governo do Ceará previa o benefício aos moradores da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), excluídos os habitantes da Capital. No último dia 17, o presidente da Assembleia, Evandro Leitão (PDT), informou que o "VaiVem" pretende contemplar também os habitantes da Capital cearense.

“Após diálogo e entendimento com o governador Elmano (PT), acabo de dar entrada numa emenda que garantirá os benefícios do Programa VaiVem Livre também para os moradores de Fortaleza, além da Região Metropolitana, que passarão a ter passagens gratuitas no transporte público metropolitano”, escreveu Leitão nas redes sociais, na ocasião.

Questionado sobre a execução da lei em caso de aprovação, o líder governista informou que o desejo do governador é implantar em um município modelo ainda em 2023. “Agora, se os deputados ligados ao prefeito Sarto não tivessem pedido vistas, adiando e fazendo com que a proposta ficasse na Casa por mais tempo, já teria sido lei, já estaríamos procurando fazer o decreto regulamentador para começar a operação”.

Pedido de vista

Tanto Pinho quanto Henrique solicitaram o pedido para análise das emendas, mas é possível a aceitação apenas de um membro da mesma legenda. Ficou, então, com o primeiro. De acordo com ele, o objetivo da solicitação é analisar as emendas que não foram aprovadas.

“Coisa que não tem costume aqui na Assembleia é de, quem pede vista, ser só para demorar. Não. Eu vou apresentar meu voto das vistas, porque a maioria das emendas foram rejeitadas, inclusive, falando que iria gerar despesa para o governo do Estado. E a do presidente não vai gerar quando se inclui um município como Fortaleza? É lógico que vai gerar despesa, mas mesmo assim... Então, se as outras [emendas] são inconstitucionais, a dele também é”, afirmou Cláudio Pinho.

Henrique, por sua vez, questiona a aprovação da emenda de Evandro e não as de outros deputados que previam a inclusão de Fortaleza no programa.

“Nós apresentamos várias emendas, eu e outros colegas, e elas foram rejeitadas na comissão. Não sei por qual motivo, outra emenda posterior a nossa, a do presidente Evandro — que é um cara que realmente tem procurado fazer o seu trabalho na Casa —, e tem o mesmo teor da nossa emenda, foi aprovada. O que ficou meio duvidoso foi a justificativa do relator Romeu Aldigueri de aprovar a emenda do presidente e rejeitar a nossa”.

E complementa: “A gente pediu vistas para discutir porque regimentalmente o que deveria, já que o governo abriu essa possibilidade de botar Fortaleza no programa, era acatar as primeiras emendas que foram protocoladas. Mas, assim, nós queremos é que coloque Fortaleza. Inclusive, sugerimos que fosse feita uma emenda coletiva para não ser de autoria de um deputado só da Casa”.

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