De saída do PDT, o senador Cid Gomes vai se filiar ao PSB no dia 4 fevereiro. A informação foi confirmada ao O POVO pelo presidente nacional da sigla socialista, Carlos Siqueira.
Além do senador, prefeitos e vereadores pedetistas devem se filiar ao PSB, seguindo desejo de Cid em realizar uma migração coletiva. Questionado sobre o assunto, Siqueira disse apenas que "quanto aos outros membros do PDT, só eles podem responder".
O PSB já estava na mira de Cid, que também mantinha diálogo com o Podemos, presidido no Estado pelo prefeito do Aracati, Bismarck Maia.
A mudança de legenda feita pelo ex-governador ocorre por conta de crise instalada no PDT em que, de outro lado, está o irmão Ciro Gomes. Uma das principais razões para o racha entre os irmãos é a divergência sobre as eleições municipais de 2024.
Na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, enquanto o senador deseja apoiar o PT liderado pelo ministro Camilo Santana e pelo governador Elmano de Freitas, o ex-presidenciável defende a reeleição do prefeito José Sarto (PDT).
Ato de filiação será em auditório da Alece
Presidente estadual do PSB, o ex-deputado Eudoro Santana também confirmou ao O POVO que o grupo encabeçado pelo senador Cid Gomes se filia ao partido no dia 4 de fevereiro. O ato de ingresso no PSB está previsto, ainda segundo Eudoro, para o auditório da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), em horário a ser definido.
“A filiação do grupo deverá ocorrer no dia 4 de fevereiro de 2024. É o sugerido pela direção nacional”, informou o dirigente pessebista no Ceará.
A adesão do bloco cidista ao PSB já vinha sendo discutida há meses, mas esbarrava em entraves localizados em municípios importantes do estado.
Antes na base de José Sarto, o PSB passou ao comando de Eudoro, pai de Camilo Santana, integrando-se ao arco de sustentação do governador Elmano de Freitas.
Caso a filiação se confirme, Cid deve migrar para a legenda socialista juntamente com prefeitos, vereadores e um número ainda incerto de deputados estaduais e federais.
A volta de Cid Gomes ao PSB se dá cerca de 10 anos após o senador deixar a sigla em setembro de 2013, ingressando posteriormente ao Pros e por último o PDT. Na época, o então governador se opôs a candidatura de Eduardo Campos à presidência e defendia apoio a Dilma Rousseff.
Acompanham Cid nesse regresso um grupo de mais de 30 prefeitos, incluindo o seu irmão Ivo Gomes, de Sobral. Os 14 deputados estaduais, dentre titulares e suplentes, que desejam deixar o PDT aguardam os processos judicializados de desfiliação do partido para não corrererem riscos de perder mandatos.
Já os federais não ingressaram ainda com o processo de desfiliação partidária, portanto irão analisar o futuro e a medida que as coisas forem acontecendo.
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