O governador Elmano de Freitas (PT) afirmou não estar “participando de nenhuma articulação política” de campos no Partido dos Trabalhadores nesse momento. A fala do chefe do Executivo estadual ocorreu após o gestor cumprir agenda em Brasília, ontem, para tratar das obras nos lotes 3 e 4 do Cinturão das Águas, com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés.
Questionado por O POVO, em coletiva, sobre o Campo Popular, o gestor negou participação. “Primeiro, eu não estou, em nenhum momento, participando de nenhuma articulação política nesse momento de campos políticos no PT. Tem pessoas próximas com quem eu tenho muita relação política que integram o Campo de Esquerda. Eu tenho uma excelente relação com os companheiros do Campo Democrático”, afirmou.
“Tem pessoas do Campo Popular do PT que eu também tenho relação muito próxima. Eu acho que o meu papel como governador é favorecer o diálogo para a construção de unidade do PT. Como o ministro Camilo tem a mesma postura, como o prefeito Evandro Leitão tem a mesma postura, porque nós vamos agir para trabalhar pela unidade do partido”, complementou o governador.
Elmano diz ter recebido informações de que as reuniões entre os campos que integram a sigla têm sido “positivas” e “muito no espírito de construção de unidade”. Ele destaca, ainda, a possibilidade de “ter nome unificado para a presidência do PT estadual, para a presidência do PT de Fortaleza".
“Mas vamos aguardar, se não tiver unanimidade em torno de um nome, nossa tradição é ter candidaturas, ter votação e os filiados escolhem as nossas direções e os nossos presidentes”, finaliza o governador.
As filiações em massa ao Partido dos Trabalhadores no Ceará têm sido criticadas, especialmente pela deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, agora lançada como pré-candidata ao Senado Federal.
Em encontro do Campo da Esquerda para discutir pré-candidaturas para as eleições de 2026 e as internas do PT, nessa segunda-feira, 7, a parlamentar criticou o “entrismo” de agentes “alheios e externos” na sigla.
Para Elmano, o número alto de filiações é explicado pelo bom desempenho da legenda, descrito por ele como “o melhor resultado eleitoral do PT do Brasil”. “É normal, portanto, um número significativo de adesões. Isso não é novo, nós também já tivemos adesões em outros momentos e mesmo quando a companheira Luizianne era prefeita, teve um número de adesões em Fortaleza”, pontua.
Ele continua: “Nós crescemos muito a nossa bancada estadual, tem uma bancada de vereadores renovada, isso tudo anima a nossa militância e as campanhas que nós temos de filiação. Mas eu acho que o elemento central agora é nós dialogarmos muito”. (Com informações de João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília)