"Lula é um candidato imbatível". Assim terminou a entrevista dada ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira, 23, o ministro da Educação e ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT).
Questionado sobre se o programa Pé-de-Meia, comandado pela pasta da qual administra, poderia ser a principal vitrine do governo Lula para buscar a reversão da baixa popularidade, de olhos nas eleições de 2026, Santana afirmou que ir para uma reeleição é sempre entrar em um plebiscito.
"Vamos comparar os quatro anos do (Jair) Bolsonaro com os quatro anos do Lula. Não estou falando só numa área, mas em todas", explica.
O ministro deixou claro acreditar que o presidente Lula (PT) não tem como ser batido, não importando quem concorra contra ele no ano que vem.
"Lula é um candidato imbatível, independentemente de quem seja o concorrente", acredita.
Todos no PT apontam Lula como candidato natural à reeleição em 2026, na busca de um quarto mandato como presidente da República. O próprio Lula pondera, porém, que depende da própria saúde para definir se irá concorrer ou não.
O presidente terá, em 2026, 81 anos de idade. Embora se ouça nos corredores de Brasília que a saúde do "oitentão" Lula está melhor do que "muito sessentão por aí", caso haja alguma piora, poderá abrir mão de concorrer e lançar um candidato para a disputa.
Como mostra o correspondente de O POVO em Brasília, João Paulo Biage, na coluna desta segunda-feira, 23, Camilo Santana é a primeira opção de Lula caso decida não se candidatar.
A favor do ex-governador do Ceará está justamente o fato de ser o engenheiro principal do principal programa do governo Lula 3, o Pé-de-Meia. Outro ponto a favor de Santana, explica Biage, é o bom trânsito que tem com partidos de centro e de centro-direita, sendo respeitado no Congresso pelo fácil diálogo com opositores.