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Políticos cearenses reagem à condenação de Bolsonaro
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Políticos cearenses reagem à condenação de Bolsonaro

De dança, acusações e até silêncio foram algumas das respostas dos políticos do Ceará à condenação do ex-presidente
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JAIR Bolsonaro foi condenado a 27 anos por trama golpista (Foto: Sergio Lima/AFP)
Foto: Sergio Lima/AFP JAIR Bolsonaro foi condenado a 27 anos por trama golpista

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) gerou reações imediatas entre aliados e opositores no Ceará. Enquanto opositores do ex-mandatário celebraram a decisão da Primeira Turma, na última quinta-feira, 11, aliados expressaram indignação e falaram em "injustiça".

O ministro da Educação, ministro Camilo Santana (PT), publicou vídeo comentando. "(Eu) não poderia deixar de dizer aqui, de registrar que, para mim, ontem foi um dia histórico. Aliás, eu estou de alma lavada com a decisão da Justiça brasileira ontem, porque é preciso responsabilizar todos que atentem contra a democracia do nosso país", afirmou Camilo.

O político cearense era governador do Ceará no período em que Bolsonaro exercia a Presidência da República. Em inúmeras ocasiões, o petista reclamava de que não havia interlocução direta com o então presidente ou com agentes do primeiro escalão do governo federal. O ministro lembrou ainda que nasceu durante o período da ditadura militar, em 1968, e que o pai, o ex-deputado Eudoro Santana (PSB), foi uma das vítimas do período.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), classificou a condenação como um "marco para a história do Brasil". Em mensagem nas redes, elogiou a postura do STF e afirmou que “ninguém está acima da lei”. O secretário da Casa Civil, Chagas Vieira, aproveitou para cobrar posicionamentos de Ciro Gomes (PDT) e de Roberto Cláudio (sem partido).

Enquanto Ciro, Cid e Lia Gomes não se pronunciaram, o ex-prefeito de Sobral Ivo Gomes (PSB) celebrou nas redes sociais: “Finalmente, o maior canalha da República na cadeia!”.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Sampaio (PT), publicou um vídeo comemorando com passos de dança ao lado do colega petista De Assis Diniz. Ambos escreveram: “golpista condenado”.

O deputado estadual Renato Roseno (Psol) destacou os 27 anos e três meses de prisão impostos a Bolsonaro e defendeu o “rigor da lei” no cumprimento da decisão. Já o vereador Gabriel Aguiar (Psol) celebrou: “Viva a nossa democracia!”.

Entre apoiadores do ex-presidente, prevaleceu o tom de inconformismo. O deputado estadual Carmelo Neto (PL) acusou os ministros de “carimbar” uma narrativa criada por Alexandre de Moraes. Já o deputado federal André Fernandes (PL) publicou mensagem otimista: “O jogo ainda não acabou. A fase ruim vai passar!”.

Pré-candidato ao Senado, o deputado estadual Alcides Fernandes (PL), chamou o processo de “farsa escancarada” e afirmou que “o Brasil virou ao avesso”.

A vereadora Priscila Costa (PL), mais votada de Fortaleza, comparou Bolsonaro e Lula (PT), dizendo que apenas o petista teria provas contra si. Já Julierme Sena (PL) disse que a condenação se deu “por enfrentar o sistema” e classificou como “a maior injustiça que esse país já viu”.

O deputado federal Jaziel Pereira (PL) e a deputada estadual Dra. Silvana (PL) publicaram mensagens conjuntas, afirmando que o STF não fez justiça, mas "perseguição". Em vídeo, apareceram com bandeiras do Brasil e disseram que a Constituição foi desrespeitada.

Até ontem, outras lideranças oposicionistas, como Capitão Wagner (União Brasil), Roberto Cláudio (sem partido) e Ciro Gomes (PDT), não haviam se manifestado sobre a a condenação de Bolsonaro e outros réus no julgamento da trama golpista.

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