O deputado estadual Guilherme Sampaio (PT), líder do governador Elmano de Freitas (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), rechaçou qualquer tipo de veto num primeiro momento do PT apresentar candidatura ao Senado.
"É bom para a aliança e eu acho que é legítimo que todos os partidos façam esse exercício. No momento oportuno da definição da chapa vamos sentar à mesa e avaliar os prós e contras da nossa estratégia", afirmou. Para Sampaio, o que não cabe neste momento é qualquer tipo de veto a nomes ou partidos.
"O que não pode acontecer agora são aos partidos alheios, por motivos que não se sustentam, apresentarem vetos por uma ou outra razão. O deputado (José) Guimarães está mais do que credenciado para colocar o seu nome. Creio que o PT tem a obrigação de colocar o nome dele como contribuição ao projeto e a definição se dará no momento oportuno, inclusive com a participação do presidente Lula, dialogando com o ministro Camilo e com o governador Elmano e os nossos parceiros na aliança local que envolve obviamente o senador Cid Gomes", declarou.
Citado na fala de Guilherme Sampaio, o ex-governador Cid Gomes (PSB) já afirmou, em ocasiões anteriores, que um partido não “pode ter tudo”, em referência ao fato de o PT ocupar atualmente o governo federal, o governo estadual e a Prefeitura de Fortaleza.
O líder governista lembrou que já houve momentos no Ceará em que um mesmo partido — ou grupo político — concentrava cargos de destaque em todas as esferas.
"O PT tem uma identidade programática. Essa é a diferença. Então, nas últimas eleições, a população quis eleger no primeiro turno o Elmano governador. Isso fala da força política eleitoral do PT, assim como cada partido tem a sua. Então, acho que cada partido tem que colocar (seus pré-candidatos), o MDB tem que colocar o Eunício, o Chiquinho do Republicanos tem que se colocar, o PSD colocar os seus quadros, o PSB colocar os seus quadros. O senador Cid Gomes é o (candidato) mais natural, obviamente", disse.
Com duas vagas disponíveis nas eleições do próximo ano, não faltam nomes ventilados na base aliada. Apontado como favorito, Cid já declarou não ter interesse em concorrer à reeleição e tem apostado no nome do deputado federal Júnior Mano (PSB). Também são apontados como possíveis candidatos: Eunício Oliveira (MDB) e Chiquinho Feitosa (Republicanos).
Cotado tanto pela base quanto pela oposição, o deputado federal Moses Rodrigues (União Brasil) é outro nome lembrado. Já no campo petista, aparecem ainda as menções à deputada Luizianne Lins (PT). Outro nome já citado foi o ex-vice-governador Domingos Filho (PSD).
Na última sexta-feira, 10, durante o podcast Jogo Político, o líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães, afirmou não estar disposto a recuar da ideia de disputar o Senado, admitindo inclusive a possibilidade de uma disputa interna voto a voto dentro do PT.