Investigações sigilosas da Marinha e da Petrobras encontraram petróleo com a mesma "assinatura" do óleo da Venezuela em manchas que se espalharam até agora por pelo menos 138 pontos do litoral dos 9 Estados do Nordeste. Nesta terça-feira, 8, o presidente Jair Bolsonaro disse não descartar uma ação criminosa.
Segundo uma fonte da alta cúpula do governo, trata-se do mesmo tipo de óleo extraído da Venezuela - o que corrobora rumores a esse respeito veiculados desde a semana passada. A conclusão já foi informada ao Ibama, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Mas não é possível dizer que todo o vazamento que atinge praias tem a mesma origem. A Marinha e a Polícia Federal analisam amostras e não deram informações oficiais.
Por meio de nota, a Petrobras declarou que a análise realizada pela empresa em amostras de petróleo cru encontrado em praias do Nordeste "atestou, por meio da observação de moléculas específicas, que a família de compostos orgânicos do material encontrada não é compatível com a dos óleos produzidos e comercializados pela companhia". Os testes foram realizados nos laboratórios do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio.
Sobre a possível presença de óleo da Venezuela nas instalações da refinaria Abreu e Lima, a estatal informou que nunca processou óleo de origem venezuelana.
Procurada pela reportagem, a estatal venezuelana PDVSA, que se dedica a exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo, não se pronunciou. (Agência Estado)