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Esquerda é favorita na Argentina e no Uruguai
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Esquerda é favorita na Argentina e no Uruguai

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MACRI corre sério risco de perder as eleições argentina já neste domingo (Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP)
Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP MACRI corre sério risco de perder as eleições argentina já neste domingo

Principal parceiro comercial do Brasil na América Latina, a Argentina viverá dia de eleições no próximo domingo, 27. Ocupando a Casa Rosada desde 2015, o liberal de direita Maurício Macri terá um grande desafio para se manter no poder. A persistência e agravamento da crise econômica, com recessão e altos índices de inflação e pobreza, têm pesado na decisão dos eleitores.

O peronista de centro-esquerda Alberto Fernández é favorito nas pesquisas depois de ter conseguido nas primárias de agosto 48% dos votos, à frente de Macri (32%). As pesquisas preveem uma diferença ainda maior a favor de Fernández no 1º turno do próximo domingo. Se obtiver 45% dos votos ou 40% e uma diferença de 10 pontos para o segundo candidato será eleito.

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O debate entre os dois realizado no último domingo foi marcado por trocas de acusações de corrupção. Os candidatos se concentraram nos ataques, sem se aprofundarem em suas propostas de governo.

"Fica difícil acreditar que não viu nada", declarou Macri a Fernández, ex-chefe de gabinete nos governos de Néstor e de Cristina Kirchner (2003-2015), ao se referir a ex-funcionários envolvidos com corrupção.

"Quando tive diferenças, renunciei e fui para casa. Nunca fui citado por um juiz. Não tenho nada a ver com a corrupção. Posso dar aulas de decência", defendeu-se Fernández.

No mesmo dia 27, do outro lado do rio da Prata, o Uruguai também irá às urnas. Após 15 anos no poder (dois mandatos de Tabaré Vázquez e um de José Mujica alternados), a coalizão de esquerda Frente Ampla tentará mais cinco anos na presidência com Daniel Martinez, que lidera as pesquisas.

Contudo, ao contrário da Argentina, o cenário parece mais apertado para a esquerda. As pesquisas apontam um provável 2º turno em novembro entre Martinez e o senador Luís Alberto Lacalle Pou, de centro-direita. (com agências)

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