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Evo Morales caminha para o quarto mandato na Bolívia
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Evo Morales caminha para o quarto mandato na Bolívia

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EVO foi declarado vencedor na Bolívia em eleição contestada pela oposição (Foto: Pedro UGARTE / AFP)
Foto: Pedro UGARTE / AFP EVO foi declarado vencedor na Bolívia em eleição contestada pela oposição

Com 95,22% das urnas apuradas na noite de ontem, Evo Morales foi considerado reeleito em primeiro turno. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia voltou atrás na contagem manual voto a voto, retornou para o método rápido, que já estava sendo realizado no último domingo, 20, e anunciou, às 21h30min (horário de Brasília), o resultado da eleição para a Presidência do país.

A contagem de votos, porém, foi cercada de polêmicas e o opositor, Carlos Mesa, disse que não reconhece o resultado. Os números do tribunal mostram que Evo ficou com 46,86% dos votos contra 36,73%.

O resultado está dentro das regras eleitorais. No país, a vitória em primeiro turno pode ser conquistada com 50% dos votos mais um ou percentual acima de 40% mais diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.

A crescente suspeita de fraude a favor do presidente Evo Morales tomou conta, ontem, de muitos bolivianos que participaram de vigílias em torno de algumas sedes regionais dos tribunais eleitorais.

No domingo à noite, Morales, que vai para o quarto mandato consecutivo, tinha 45,28% contra 38,16% de Carlos Mesa, com 84% dos votos apurados, indicando assim tendência de um segundo turno em 15 de dezembro, o que não deve ocorrer.

Opositor e ex-presidente, Mesa denunciou ontem a suposta intenção de Morales de "manipular", por meio do TSE o resultado das eleições e evitar o segundo turno.

"Quero, através dos meios de comunicação, denunciar sem nenhum tipo de matiz que o governo está tentando, através do Tribunal Supremo Eleitoral, eliminar o caminho para o segundo turno", afirmou Carlos Mesa.

Waldo Albarracín, líder do Conade, uma organização civil, alertou que o governo está gerando um clima de instabilidade e disse que "se uma guerra civil ocorrer, "é de responsabilidade do governo". (Com AFP)

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