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Paralisação foi "lamentável"
Reportagem

Paralisação foi "lamentável"

O deputado Evandro Leitão (PDT) afirma que comissão avaliará outras demandas da tropa. Representares de PMs não se manifestaram
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O deputado estadual e representante do Legislativo na comissão de negociação com os policiais militares, Evandro Leitão (PDT), afirmou que a paralisação dos Policiais Militares no Ceará foi uma "situação lamentável" para todo o Estado. "Foram 9 milhões de cearenses afetados. Isso termina sendo triste, porque a segurança pública é um serviço essencial e os números dizem tudo, o aumento da criminalidade e marginalidade" avaliou.

O parlamentar reforçou a criação de uma comissão permanente para avaliar outros quesitos que envolvem a PM. "Eu acredito que o governador Camilo foi sensível e sobre outras demandas da questão salarial ele poderá sim, através de uma comissão, avaliar outros quesitos pertinentes aos policiais militares", declarou.

Já sobre as penalidades, Evandro afirmou que elas existirão "tudo no devido processo legal". "Tudo acontecerá respeitando o contraditório e sem retaliação, algo bastante transparente para que não se pratique nenhum tipo de injustiça" disse.

Nossa equipe tentou entrar em contato com o ex-deputado Cabo Sabino, um dos líderes da paralisação, porém o telefone estava desligado. O ex-parlamentar foi contra a decisão da maioria pelo acordo, que não prevê anistia. "A maioria decidiu, mas vocês acabaram de assinar a minha demissão (da Polícia Militar). Eu não tenho dúvida", disse Sabino em meio a alguns aplausos em vídeo publicado nas redes sociais.

O POVO também tentou contato com o vereador Sargento Reginauro (Pros), presente nas negociações, porém não obteve respostas. Ontem, Reginauro esteve reunido com os amotinados no 18º Batalhão da Polícia Militar, onde avisou sobre os tramites da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do governador Camilo Santana (PT). "A anistia, do que jeito que nós queremos, não vai sair. Estou dizendo isso porque na terça (amanhã) vai ser votado projeto do Governo" declarou.

Durante as negociações do último dia de paralisação, o vereador chegou a tentar formular outras propostas com os manifestantes. "Tudo que vocês puderem pensar de argumentos... Eu liguei de lá (na AL) para o Sabino. Eu tinha feito todas. Todos os argumentos que Sabino me ofereceu" disse.

 

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