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Com apoio de tucanos e bolsonaristas, Pros lança Capitão Wagner à Prefeitura
Reportagem

Com apoio de tucanos e bolsonaristas, Pros lança Capitão Wagner à Prefeitura

Convenção fecha chapa de oposição encabeçada pelo deputado federal Capitão Wagner (Pros) à Prefeitura
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Capitão Wagner (Foto: Aurelio Alves/ O POVO)
Foto: Aurelio Alves/ O POVO Capitão Wagner

Lançado oficialmente como candidato à Prefeitura de Fortaleza em convenção na manhã de ontem, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) ganhou apoio de deputados bolsonaristas e tucanos na tentativa de chegar ao cargo de chefe do Executivo municipal.

Wagner foi o terceiro pré-candidato a realizar convenção partidária desde o início do período legal, que vai de 31 de agosto a 16 de setembro. Antes dele, Samuel Braga (Patriota) e Paula Colares (UP) já haviam sido apresentados como concorrentes.

O encontro dessa segunda-feira consolidou bloco com Pros, Podemos, Republicanos, PSC, Avante, PMN, PMB, PTC e DC. Mesmo sem a participação do PSL, o único deputado do partido na Assembleia Legislativa, Delegado Cavalcante, era um dos presentes.

Questionado se ainda aguarda alguma adesão antes do fim do prazo (16/9), Capitão Wagner respondeu que “todos os partidos sabiam a data da nossa convenção” e que “a gente marcou com muita antecedência”.

“Conversamos com muitos partidos e ainda há a possibilidade de algum se somar à nossa coligação”, projetou, otimista. “A gente tem que respeitar o momento de outros partidos. Nós, que somos da oposição, temos que nos antecipar para planejar. Vamos estar de portas abertas para receber (futuros apoios).”

Mesmo com chapa fechada a partir de agora, tendo a advogada Kamila Cardoso de vice, o deputado ainda mantém tratativas com o PSDB e o DEM como parte do esforço de ampliar seu raio de ação.

Embora as duas legendas se inclinem a uma aliança com o PDT do prefeito Roberto Cláudio, a bancada tucana compareceu em peso à convenção do adversário direto do grupo dos Ferreira Gomes na Capital.

Estavam lá, no ginásio de uma escola particular, os dois deputados estaduais da sigla, Fernanda Pessoa e Nelinho, e o federal Roberto Pessoa (licenciado), acompanhado do suplente Danilo Forte e do prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça.

À reportagem, Forte lamentou risco de o partido se tornar “caudatário” das forças no processo eleitoral, sem ocupar a vice de Wagner e com poucas chances de preencher a mesma função na chapa governista, já que o PDT tem o PSB como parceiro preferencial.

Aliado de primeira hora de Capitão Wagner, o também deputado e ex-prefeito Roberto Pessoa evitou falar para não criar mal-estar com a executiva do partido, a cargo do ex-senador Luiz Pontes no Ceará. DEM e PSDB devem selar destino até a próxima quinta-feira, 10.

Sobre a plataforma que está formulando para a disputa eleitoral, Wagner negou que a área de segurança seja o tópico mais importante. “A tônica da nossa campanha vai ser o empreendedorismo, a saúde e o social”, elencou.

“Logicamente que a Prefeitura tem um papel muito importante, as pessoas conhecem nosso trabalho”, continuou o prefeiturável. “Mas quero mostrar para as pessoas que nossa chapa não é monotemática, não é uma chapa que vai discutir apenas problema de segurança.”

Em seguida, comentou suas chances na corrida. “A eleição deve se parecer muito com a de 2012. Vamos ter dez candidatos, isso praticamente garante o segundo turno”, calculou.

A respeito do futuro oponente a ser escolhido pelo PDT, falou que não tem “que estar preocupado com os outros partidos, seja quem for o candidato de lá, não vamos nos preocupar muito com ele”. E prometeu debate propositivo.

Já em relação ao apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cujos aliados estão ao lado do deputado federal em Fortaleza, Wagner admitiu que “votou no Bolsonaro”, mas “durante os dois anos (de exercício do mandato) mostrou que não necessariamente precisava dizer amém”.

“Quem acompanhava (sua atuação) viu independência no mandato. Eu jamais vou falar pelo Bolsonaro. Todo apoio é bem-vindo. Se vier no segundo turno, vai ser muito bem recebido”, declarou.

Além de Delegado Cavalcante, participou da cerimônia o deputado estadual André Fernandes (Republicanos), suspenso por 30 dias da Assembleia por quebra de decoro parlamentar.

Cotada como vice na chapa, a vereadora Priscila Costa também integrou a reunião, que teve ainda o ex-deputado federal Cabo Sabino e o ex-governador e ex-senador Lúcio Alcântara.

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Bastidores

Convenções

Prevista para começar às 9 horas, a convenção de Capitão Wagner (Pros) teve início pontualmente e se encerrou meia hora depois. Sem aglomerações, como recomendam as normas sanitárias

Aliados

Wagner reuniu, de um lado, deputados tucanos e, do outro, bolsonaristas "raiz", a exemplo de Priscila Costa, Delegado Cavalcante e André Fernandes

Aliados II

Principal líder da paralisação dos policiais militares, o ex-deputado federal e candidato a vereador Cabo Sabino estava presente. Assim como o ex-governador Lúcio Alcântara e Pedro Gomes de Matos. O grupo era diverso

Rivalidade

Reunidas as famílias da vice Kamila Cardoso e do titular da chapa, houve uma divergência já de saída: um lado era torcedor do Fortaleza e o outro, do Ceará

 

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