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PSDB e DEM seguem indefinidos e podem apoiar tanto PDT quanto Pros
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PSDB e DEM seguem indefinidos e podem apoiar tanto PDT quanto Pros

Enquanto líder do DEM cearense tem elogiado pré-candidatura de Samuel Dias (PDT), deputado tucano faz movimento pró-Capitão Wagner. Reunião na noite de ontem ficou sem definições
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LUIZ Pontes (à esq.) reforçou acusações movidas por Leite contra João Doria (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação LUIZ Pontes (à esq.) reforçou acusações movidas por Leite contra João Doria

A poucos dias do início do prazo legal para as convenções partidárias, PSDB e DEM seguem indefinidos para a eleição em Fortaleza. Na noite de ontem, lideranças tucanas se reuniram na Capital e avaliaram aliança na disputa tanto com o candidato do prefeito Roberto Cláudio (PDT), quanto com o opositor Capitão Wagner (Pros).

Oficialmente, o PSDB afirma que ainda mantém a pré-candidatura do ex-deputado estadual Carlos Matos na disputa. O POVO apurou, no entanto, que o nome do tucano já foi praticamente descartado após obter mal desempenho em pesquisas internas feitas pela sigla.

"Acredito que nesta semana ainda teremos resolvido (...) mas o cenário é esse, a candidatura própria prevalece, mas também podemos evoluir para aliança tanto para um quanto para o outro", diz o presidente do partido no Ceará, Luiz Pontes. Além dele, participaram do encontro o senador Tasso Jereissati, o deputado federal Roberto Pessoa e o próprio pré-candidato Carlos Matos.

"A única coisa certa", afirma Luiz Pontes, "é que PSDB e DEM ficarão juntos na eleição". A reunião de ontem, inclusive, acabou não tendo definições justamente porque o líder local do Democratas no Ceará, Chiquinho Feitosa, está em viagem e não conseguiu participar do encontro. Segundo o presidente do PSDB local, novo encontro deve ocorrer até amanhã.

O POVO apurou que, atualmente, Chiquinho Feitosa estaria tendendo a puxar os partidos para a base do prefeito Roberto Cláudio (PDT). Em recente conversa com Tasso Jereissati, o líder do DEM cearense teria inclusive citado um dos pré-candidatos pedetistas, o ex-secretário de Governo Samuel Dias, como seu postulante preferido para a disputa.

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Já o deputado Roberto Pessoa lidera movimento no sentido contrário e chegou a declarar apoio aberto à candidatura de Wagner - ainda que o PSDB tome outra decisão. Nesse sentido, pesa o fato de o parlamentar disputar contra a base do PDT em seu reduto eleitoral, o município de Maracanaú. Na última segunda-feira, 31, Pontes e Pessoa inclusive se reuniram com Wagner em Fortaleza.

Apesar das tendências, tanto Chiquinho Feitosa quanto Roberto Pessoa estariam aguardando decisão final de Tasso e Pontes no caso. "Não posso te falar se caminhamos para lá ou para cá ainda, isso ainda está amadurecendo. Mas tenho conversado, e mais de uma vez, com Roberto Cláudio, com o Cid (Gomes, senador do PDT) e com o Wagner", diz Luiz Pontes.

Questionado se o cenário não é "estranho", uma vez que o partido avalia apoiar dois candidatos diametralmente opostos no quadro local, o presidente do PSDB minimizou. "É normal. Falamos também com o PSB, que tem o Élcio Batista, o Carlos Matos conversou até com o Heitor Freire (pré-candidato do PSL na disputa). São só conversas", afirma.

Segundo Luiz Pontes, o encontro de ontem tratou também sobre outros municípios onde o partido mantém pré-candidaturas, como Barbalha. Procurada pela reportagem, a assessoria de Tasso Jereissati afirma que o senador não se pronunciou sobre possíveis alianças na reunião, e que tem repetido que a condução do processo é feita pelo presidente do partido no Estado.

Com o cenário aberto, há especulações de bastidores que apontam até participação direta do PSDB na chapa governista, com indicação da vice. Atualmente, o DEM é aliado próximo da gestão Roberto Cláudio, com o vice-prefeito Moroni Torgan estando inclusive participando ativamente dos eventos da pré-campanha do PDT na Capital.

Já o PSDB, apesar de ter rompido com os Ferreira Gomes em 2010, tem se reaproximado do clã desde 2019, quando o senador Cid apoiou articulação que tentou lançar Tasso para a presidência do Senado.

 

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