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Maioria é a favor do casamento gay e da pena de morte e contra maconha e armas de fogo
Reportagem

Maioria é a favor do casamento gay e da pena de morte e contra maconha e armas de fogo

Sobre o aborto, a maioria defende que a lei continue como está
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Nos últimos quatro anos, mais de 800 armas de fogo foram roubadas, furtadas ou extraviadas de empresas de segurança privada no Ceará (Foto: Agência Brasil)
Foto: Agência Brasil Nos últimos quatro anos, mais de 800 armas de fogo foram roubadas, furtadas ou extraviadas de empresas de segurança privada no Ceará

Embora se reconheça como de direita, seja contra o aborto e a favor da pena de morte, o eleitorado de Fortaleza também abraça causas mais ligadas ao que se convencionou chamar de campo progressista.

Uma delas é o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Questionado pela pesquisa O POVO/Datafolha se apoiava essa união, 58% responderam que sim. Já os contrários ao casamento gay somam 29%.

Indiferentes ao tema são 10% e não sabem, 2%, conforme levantamento feito nos dias 4 e 5 de novembro, com margem de erro de 3% para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%.

Outro tema que frequentemente divide o País entre direita e esquerda, a posse de arma tem menor aceitação entre os fortalezenses. Para 63% dos entrevistados no Datafolha, "a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas".

 

De acordo com o instituto, 35% disseram que "possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender".

De acordo com Monalisa Torres, professora de Teoria Política da Universidade Estadual do Ceará (Uece), esse contraste ajuda "a entender por que a gente vê esse pêndulo que ora aponta para um campo mais progressista e ora para um campo conservador" na capital cearense.

Perfil do eleitor de Fortaleza

 

Em relação ao aborto, a maioria (51%) se mostrou favorável a que a lei continue como está, ou seja, que autorize o procedimento em caso de estupro ou quando houver risco de morte para a mãe.

O contingente de fortalezenses a favor de que o aborto seja permitido em mais situações que não apenas as previstas hoje em lei chegam a 17% e aqueles que defendem que o aborto deixe de ser crime em qualquer caso representam também 17%.

Quando o tema é pena de morte, a maioria consente com a sua aplicação (51%), o mesmo percentual desde 2012, ano em que o Datafolha fez essa pergunta ao eleitorado. Os contrários à pena, no entanto, aumentaram: foram de 41% em 2012 para 44% neste ano.

Já sobre a possibilidade de legalização da maconha, 72% foram contra e 23% a favor. Indiferentes são 4% e não sabem, 1%, apontou a pesquisa.

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