Com o início do segundo turno em Fortaleza, um novo cenário começa a se desenhar para as duas próximas semanas de campanha eleitoral, agora com José Sarto (PDT) e Capitão Wagner (Pros). Com relação ao apoio, elemento imprescindível nesta altura das eleições municipais, entre os candidatos não eleitos e com mais capital de votos (mais de 30 mil votos) a posição ainda é de indefinição. Apenas o Psol manifestou posição mais definida, o voto contra Bolsonaro.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado Heitor Férrer (SD) ficou em quarto lugar, captando 63.199 votos (4,93%). Na manhã de ontem, ele foi o primeiro candidato a votar, registrando o ato no Colégio Justiniano de Serpa, no Centro, por volta das 8 horas. Na ocasião, o parlamentar do Solidariedade criticou as pesquisas eleitorais por "induzirem ao voto útil".
O POVO procurou Heitor Férrer durante a divulgação dos resultados, porém, segundo assessoria de imprensa, só haveria manifestações depois da confirmação do segundo turno. Procurado posteriormente, Férrer não atendeu às ligações.
O deputado federal e candidato do Partido Verde, Célio Studart, ficou em quinto lugar, totalizando 45.369 votos (3,54%). No Colégio Shalon, no bairro São João do Tauape, ao lado do vice Francisco Galba Viana, ele acenou para os apoiadores após o voto.
Depois de saber dos resultados que levaram Sarto e Wagner para o segundo turno, Célio Studart não quis conceder entrevista. Por nota, o parlamentar informou que, em breve, integrantes do partido devem se reunir para analisar os dados e fazer um balanço das ações de campanha.
Ainda segundo Célio, sua candidatura terminou a corrida eleitoral com "sentimento de dever cumprido". "Fizemos uma campanha independente, limpa, corajosa e que respeitou a saúde da população neste momento de pandemia. Sem estruturas milionárias e quase nenhum tempo de tv, levamos as nossas propostas ao cidadão de forma simples e criativa. Com foco nas redes sociais", escreveu na nota.
A única posição mais concreta veio do deputado Renato Roseno (Psol), que tentou pela terceira vez a eleição para prefeito de Fortaleza. Ele ficou na sexta colocação com 34.346 votos (2,68%). Durante momento de fala na sede do partido, localizada no centro da cidade, o psolista alegou querer "derrotar o bolsonarismo" no Ceará. "Todo o voto do Psol é um voto contra o Bolsonaro, essa é nossa tarefa. Se o Sarto for ao segundo turno, nós vamos votar contra Bolsonaro", afirmou, sinalizando aparente apoio a candidatura pedetista.
Apesar de não conseguir se eleger à Prefeitura, em 2021, o Psol retornará à Câmara Municipal de Fortaleza com dois vereadores eleitos: Gabriel Aguiar e Adriana Vieira. Renato Roseno comemorou o momento, afirmando que a nova composição da Câmara trará uma "enorme possibilidade de renovação". "Foram muitas perdas, frustração e sofrimento, mas arrancamos do coração a possibilidade de fazer algo diferente para a cidade. O fato do Psol ter conseguido mandatos de mulheres negras, LGBT e ambientalista é um feito enorme", considerou.
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