Logo O POVO+
Bolsonaro evita criticar excessos nos EUA e reitera ligação com Trump
Reportagem

Bolsonaro evita criticar excessos nos EUA e reitera ligação com Trump

Ao interagir com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi perguntado sobre a situação "tensa" em Washington
Edição Impressa
Tipo Notícia
O presidente Jair Bolsonaro, participa do lançamento dos programas CODEX e SUPER.BR e do 8º no Palácio do Planalto. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O presidente Jair Bolsonaro, participa do lançamento dos programas CODEX e SUPER.BR e do 8º no Palácio do Planalto.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), disse ontem que houve "muita fraude" nas eleições americanas que marcaram a derrota de Donald Trump, a quem o líder brasileiro destacou ser aliado. Até hoje, nem o republicano, nem chefe do Executivo nacional apresentaram provas da afirmação — que foi rechaçada em dezenas de tribunais norte-americanos.

Ao interagir com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi perguntado sobre a situação "tensa" em Washington, mas não comentou diretamente a invasão do Congresso dos Estados Unidos por extremistas pró-Trump.

"Eu acompanhei tudo hoje. Você sabe que sou ligado ao Trump. Então, você sabe qual a minha resposta aqui. Agora, (existe) muita denúncia de fraude, muita denúncia de fraude. Eu falei isso um tempo atrás e a imprensa falou: 'Sem provas, presidente Bolsonaro falou que foi fraudada as eleições americanas'", disse.

Mais uma vez sem apresentar provas, Jair Bolsonaro voltou a alegar que as eleições de 2018, da qual saiu vencedor, registraram fraudes que lhe tiraram uma vitória em primeiro turno. "A minha foi fraudada. Eu tenho indício de fraude na minha eleição, era para ter ganho no primeiro turno", declarou, mais uma vez citando supostas provas que nunca apresentou.

Mais cedo, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que a invasão do Congresso dos EUA por extremistas pró-Trump é uma "questão interna".

O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), chamou o episódio de tentativa de insurreição e disse que o protesto é inaceitável. "As imagens da invasão ao Congresso americano, em uma tentativa clara de insurreição e de desprezo ao resultado das eleições por parte de um grupo, são inaceitáveis em qualquer democracia e merecem o repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espírito público e responsabilidade", escreveu.

No mesmo tom, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou o caso de "desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições".

"No triste episódio nos EUA, apoiadores do fascismo mostraram sua verdadeira face: antidemocrática e truculenta. Pessoas de bem, independentemente de ideologia, não apoiam a barbárie", disse o ministro do STF e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. (das agências)

 


O que você achou desse conteúdo?