Passagens
Em um visível incentivo para expandir o fluxo de visitantes em Miami, a associação de turismo Greater Miami Convention & Visitors Bureau promove ações e roteiros para mostrar os atrativos da cidade além das praias e festas. Parte do orçamento dos últimos meses, portanto, está sendo direcionado a áreas como cultura e gastronomia. É possível ver diferentes indicações no site da instituição, um panorama que tenta englobar diferentes propostas e preços. A ideia parece ser uma alternativa para manter o interesse de turistas que vivem em contexto similar ao dos brasileiros, afetados pela alta cotação do dólar e pelo aumento dos preços das passagens. Entretanto, apesar das tentativas de renovação, é importante avaliar se o custo-benefício do local ainda é compensatório para os viajantes.
Os primeiros gastos em uma viagem para os Estados Unidos são referentes aos documentos necessários. No caso, o viajante deve priorizar o passaporte - documento de identificação no exterior - e, logo em seguida, obter o visto de turista - autorização para estadia no país estrangeiro por um determinado tempo -. Atualmente, a primeira via do passaporte custa R$ 257,25 e o serviço pode ser encontrado em unidades da Polícia Federal (PF) em Fortaleza.
Já o visto americano tem uma taxa inicial de US$ 160 (aproximadamente R$ 820), além do custo da entrevista em uma das sedes da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Elas estão localizadas nas cidades de Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. Portanto, caso o turista seja de Fortaleza, também há um deslocamento por volta de R$ 600 e R$ 1000 para passagens nacionais de ida e volta. Já os preços dos trechos internacionais, ou seja, de Miami para Fortaleza, variam entre R$ 5.000 e R$ 8.000 em companhias aéreas como a Azul, British Airlines, GOL e Latam.
Hospedagem e lazer
A estadia pode se tornar um fator importante no saldo da viagem. Em Miami, é importante que a decisão seja baseada a partir do tipo de roteiro que será seguido. Para aqueles que desejam aproveitar as praias sem perder o agito da cidade, a área de South Beach é a mais recomendada. A região é reconhecida pelos bares e restaurantes, além da extensa faixa de areia que abriga clubes de praia e opções de lazer. South Beach também é a praia mais próxima de Downtown Miami, o centro da cidade. Um dos pontos favoráveis do bairro é que ele pode ser aproveitado a pé, mas talvez não seja o ideal para as famílias.
Quem está com foco nas compras deve escolher lugares situados entre o aeroporto e o shopping Dolphin Mall, um dos principais atrativos para os turistas. Outras boas opções para hospedagem são os bairros Downton e Brickell, que unem variedades de possibilidades para lazer. As diárias em hotéis e apartamentos costumam variar entre R$ 500 e R$ 1.800 em meses de alta temporada. Contudo, há opções de hostels e albergues por cerca de R$ 300.
Durante os dias 1 e 3 de agosto, O POVO seguiu roteiro indicado pelo Greater Miami Convention. Além do objetivo de trazer novidades aos turistas, a associação também busca parceria com empreendedores locais para estimular a circulação de renda. O início para um roteiro curto, com duração de três ou quatro dias, pode ser a praia de South Beach. A paisagem que já é convidativa se torna ainda melhor com as atividades direcionadas a família. É comum, até mesmo em dias das semanas, que a área esteja repleta de banhistas aproveitando o sol e o mar. Também é possível andar de kayak (US$ 40 por hora); stand-up (US$ 40 por hora) e jet ski (US$ 110 por meia hora). Os aluguéis são feitos em quiosques na orla.
Quem procura uma alternativa mais cultural deve se dirigir a um dos museus da cidade, como o tradicional Wynwood Walls Museum, no bairro Wynwood. O equipamento foi revitalizado e abrange grafites de artistas renomados. Para visitar, o turista deve desembolsar US$12. No segundo sábado de todo mês acontece a Wynwood Art Walk, feira com exposições de produtos e música ao vivo. Entre as novidades, está o ARTECHOUSE Museum, declarado como o primeiro museu interativo de Miami dedicado à interseção de arte, ciência e tecnologia. O preço dos ingressos estão disponíveis a partir de US$ 17.
As excursões a pé também são pontos fortes no turismo. O Art Deco Museum e Welcome Center realiza um passeio pela Ocean Drive, uma das mais emblemáticas avenidas de Miami. O caminho é adornado por estruturas do movimento Art Déco, que chegou na cidade por volta de 1925 e esteve no ápice durante a Grande Depressão. Outro estilo ofertado é a excursão gastronômica, que passa pelos principais restaurantes e bares do local. Uma delas aconteceu em Little Havana, bairro ocupado por imigrantes cubanos por volta da década de 1940. Em um trajeto de duas horas, os viajantes conhecem as principais iguarias de Cuba e conhecem mais sobre a história da região. Por falar em gastronomia, uma refeição completa pode sair por valores entre US$ 10 e US$ 30 em restaurantes. As porções, entretanto, são grandes e podem ser divididas.