Foi na periferia da capital paulista que Edgard Segantini Junior nasceu e passou a primeira infância. A vida difícil dentro de casa com os pais e dois irmãos mais novos fez com que desde cedo aprendesse a valorizar o trabalho e o dinheiro.
Ainda aos 10 anos conheceu o primeiro trabalho que era vender o ferro velho que encontrara na rua para comprar seus próprios doces. Além disso, ajudava a mãe (Neuza) nas tarefas domésticas e a costurar, o ganha pão materno. Seu pai era tecelão.
Sempre de olho nas oportunidades, no verão, fazia geladinho - também conhecido como dindin ou sacolé - para vender.
A primeira receita rendeu 15 unidades, mas quase faliu pela falta de prática. Era esse seu primeiro contato com o universo dos gelados, o qual o consagraria como um futuro empresário.
Despois foram os picolés nos estádios de futebol. Na década de 1990, inventou o cascão e ia vender em Santos. O pai estava desempregado e ajudava na produção.
Já a mãe financiava todas essas atividades na condição de sócia, o que exerce até hoje, na Frosty. No leque de empreendimentos que tentou tocar, teve até lojas em que ele vendia tudo por R$ 1.
Em Fortaleza encontrou seu destino por intermédio de um amigo de Sertãozinho, interior de São Paulo, que fazia máquinas de sorvetes e tinha cliente aqui.
Em março de 2002, veio com o amigo e ficou no Ceará. Tornou-se primeiro sócio da Frutbiss e depois, em 2006, adquiriu 100% da Frosty, que à época tinha dívidas.
Edgard sempre teve o sonho que os três filhos seguissem seus passos, mas depois da entrada do Filipe, 22, há quatro anos, ele visa que a sucessão já está no caminho certo e liberou Daniel, 13, para ser jogador de futebol e Ana Ruth, 9, uma futura médica. Para os filhos, opta pela transparência e conta seus erros e acertos até aqui.
No seu caminhar, ainda houve as dificuldades e a superação que ele teve de se adaptar após ter pedido 50% da audição por ocasião de uma meningite. Esses e outros temas foram trazidos na entrevista exclusiva ao O POVO, que ainda aborda os negócios e o futuro da Frosty.
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Expediente
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Edição OP+: Beatriz Cavalcante e Regina Ribeiro
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Texto: Carol Kossling
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Produção Geral: Carol Kossling
Recursos audiovisuais: Arthur Gadelha (direção audiovisual e roteiro); Aurélio Alves (direção de fotografia), FCO Fontenele (direção de fotografia); Luana Sampaio (direção audiovisual), Carol Kossling (produção e reportagem); Raphael Góes (edição) e Abdiel Anselmo (edição).