Aos 90 e em evidência no que faz. Quem, além dele? Em nova publicação ao seu respeito, "Sonho sequestrado", um recorte da sua vida o acende novamente à mídia, de onde, por acaso, nunca saiu. Silvio é ativo no imaginário de milhões, da TV às obras que surgem com seu nome, outra delas: "Silvio Santos - A trajetória do mito", vinda ao mundo em 2017, por Fernando Morgado. "Pesquiso televisão há mais de 15 anos. Também sou professor universitário e leciono disciplinas ligadas ao mercado audiovisual. Na TV, sempre me chamou atenção a atuação de apresentadoras e apresentadores, que são responsáveis por atrair muita audiência e investimento publicitário. Silvio Santos se destaca exatamente por ser o comunicador mais bem sucedido de todos. É difícil encontrar no mundo outro artista que acumule tantas conquistas, inclusive no campo empresarial", repercute o autor.
Para Fernando, não há qualquer outro profissional que tenha contribuído tanto para a televisão brasileira quanto Silvio Santos. "Ele é, ao mesmo tempo, o apresentador mais popular e longevo, o fundador de uma das maiores redes do País e um dos maiores anunciantes do mercado. O 'Programa Silvio Santos', que já teve mais de dez horas de duração, está no ar há quase 60 nos. Sua atuação como artista e estrategista de programação moldou não apenas o SBT, como também influenciou todos os seus concorrentes, inclusive a Globo. Exemplos disso são a programação dominical e o espaço que os conteúdos infantis ganharam durante as décadas de 1980 e 1990", relaciona.
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Na visão do colunista de TV Tony Goes, da Folha de S. Paulo, que também destaca a força de Silvio para a TV brasileira, "Silvio Santos faz parte do nosso DNA cultural". "Não digo um mito, porque ele tem muitas falhas. Mas seu impacto na cultura brasileira é gigantesco. Muitas gerações cresceram vendo Silvio Santos na TV. São inúmeros seus imitadores, tanto no estilo de apresentar como entre os comediantes", justifica.
"Os programas de auditório já existiam no rádio, não foi Silvio Santos quem inventou o formato", lembra. "Mas ele o aperfeiçoou com seu carisma e talento, e acabou se tornando a principal atração. Não importa quem sejam os convidados: o público assiste para ver o Silvio", diz Tony, com conhecimento de causa.
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"(Publicitário e roteirista) passei três vezes pelo SBT, em programas como 'Gente que Brilha', 'Ô Coitado', 'Programa Livre' e duas edições do Teleton", lista. Ainda da memória: "Dois quadros do programa Silvio Santos marcaram a minha infância: 'Boa Noite Cinderela' e 'Os Galãs Cantam e Dançam'. Eu tinha uns nove, dez anos de idade (hoje tenho 60). Também gostava muito de 'Casais na Berlinda', um formato de game show que Silvio copiou da TV americana, sem pagar direitos...", observa livremente.
"Por enquanto, ele está se resguardando, de molho em casa (está certíssimo). Vamos ver o que acontece no ano que vem: talvez ele volte, porque adora a energia do programa. Mas, provavelmente, num esquema mais suave que o antigo", projeta.