Em suas múltiplas plataformas, o Vida&Arte ganha um novo espaço para debater pontos de convergência entre arte e educação: Lúcio Flávio Gondim, professor e doutorando em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC), estreia sua coluna no próximo sábado, 10 de abril. Quinzenalmente, o espaço será dedicado a construir pontes entre cultura e sala de aula.
“Por que falar de educação numa coluna sobre arte?” é a pergunta-tema do texto de estreia da coluna. Para Lúcio, a educação é um processo de reinvenção constante diante de um determinado público, e, portanto, ser educador também é ser artista. “Ser um educando também é participar da construção da arte. Sem público não há artista, sem artista não há público. Sem aluno não há professor, sem professor não há aluno”, costura
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A pandemia tornou ainda mais necessário que os educadores pudessem transformar o modo de ensino e pensar em novas dinâmicas para cativar estudantes. Em uma de suas aulas remotas, Lúcio conta que enquanto os alunos liam “Iracema”, ele encenava as cenas na videochamada. “Não há como pensar educação sem arte”, aponta.
Lúcio iniciou sua formação acadêmica no teatro. Logo depois foi para o curso de Letras, mas relata que o seu eu-artista permaneceu pulsante. “Dar uma aula de literatura é teatral”, reflete. Além de atuar como professor da rede pública do Estado, Lúcio mantém um perfil no Instagram que utiliza como ferramenta pedagógica virtual. “Eu percebi que ali era um local que eu deveria estar como profissional, porque é onde meus alunos estão”, avalia.
A página @auladolucio também permite que os alunos experimentem seu potencial artístico, desenvolvendo trabalhos de desenho, pintura, fotografia e performance. “É uma plataforma em que eu me coloco como profissional e artista e incentivo as pessoas a serem essas mesmas coisas”, celebra.
Para Lúcio, estar presente no jornal é de grande importância para propor uma leitura mais atenta e apurada, para além da instantaneidade do clique nas mídias sociais. Enquanto muitos separam o digital como algo fútil e o jornal impresso como algo mais relevante, o educador acredita que o mais importante é unir as duas plataformas para alcançar diferentes públicos.
Outro fator de grande importância para o professor é ter a participação de Mateus Fidelis, seu ex-aluno. O rapaz de 18 anos, formado no curso técnico de Multimídia, ficará responsável pelas ilustrações da coluna
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Em meio à pandemia e às notícias tristes que bombardeiam os leitores frequentemente, Lúcio acredita ser o novo espaço no V&A um caminho para novas leituras. “Essa coluna tem esse movimento de passado, de reflexão sobre a atualidade, mas também de farol, iluminando novas ações ou ações que já conhecemos e que podem ser aprofundadas”, completa o professor