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Artista plástico cearense faz sucesso expondo mundo afora
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Artista plástico cearense faz sucesso expondo mundo afora

Apaixonado por desenhos desde a infância, o artista fortalezense Wanger Santos tem se destacado em exposições e concursos internacionais
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Obra do artista plástico fortalezense Wanger Santos  (Foto: fotos Divulgação)
Foto: fotos Divulgação Obra do artista plástico fortalezense Wanger Santos

Artista plástico, desenhista profissional, ilustrador e professor de desenho. Assim se apresenta o fortalezense Wanger Santos. Hoje, aos 35, aponta ter começado sua vida na arte aos cinco anos, quando descobriu seu dom ao rabiscar e desenhar figuras diversas. Aos oito, com a ajuda do então vizinho Glauber Amorim, teve as primeiras noções sobre esboço e desenho. Aos dez, recebeu um convite do Colégio Integral, onde estudava, para participar de uma exposição internacional mirim que ocorreu na Cidade em 1994 no antigo Metropolitan Residence, localizado na Avenida Santos Dumont.

Da mostra, que era também concurso, ele saiu com o título de vencedor, além de ter tido cinco pinturas suas levadas para mais de oito países, incluindo a França, quando ainda nem imaginava produzir arte profissionalmente. "Vencer esse concurso foi um grande incentivo, mas não considero essa premiação uma premissa para o desenvolvimento de meu currículo de artista profissional", comenta.

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Somente aos 17 anos que deu início a sua carreira, quando expôs seus primeiros trabalhos na fase adulta os quais até hoje lhe garantem a atenção de admiradores mundo afora. "Com a arte, eu gostaria de alcançar o coração das pessoas, seus sentimentos, sonhos, visão e sensibilidade, não importando onde elas estejam". Nos últimos dois anos, o pintor vem conseguindo esse feito. "Com o pé no chão, precisamos ter grandes sonhos. Quero conquistar o mundo", expressa.

Wanger se diz avesso às repetições, como uma "metamorfose ambulante", aponta, citando Raul Seixas. "Procuro expressar um turbilhão de emoções, sonhos e vivências de uma vida em constante transformação", completa. E desde sua juventude, muita coisa mudou: aprimorou seu estilo, amadureceu, tornou-se pai de dois filhos e foi convidado para várias mostras cosmopolitas.

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Em 2019 participou de exposições internacionais em São Paulo e Rio de Janeiro, além de ter sido honrado na Finlândia com a catalogação de sua obra. "Quando ocorrem convites para participar de eventos internacionais e, principalmente, quando ocorrem premiações ou algo parecido, me sinto extremamente feliz e grato. As palavras não descrevem a emoção que experimentei por causa desse acontecimento".

Já em 2020, devido à pandemia, participou de mostras virtuais que deram amplo alcance à sua arte. Ele teve quadros expostos em eventos organizados por artistas e curadores de outros países, como a Exposição Internacional Projeto Social Ci Barros que lhe rendeu o reconhecimento de autoridades lusitanas. "Expus uma das minhas obras prediletas, o 'Galo Gold', e, inimaginavelmente, recebi um email da presidência de Portugal congratulando a minha participação na exposição", relembra.

No mesmo ano, ele foi convocado como um dos representantes brasileiros para exibir seu trabalho na Mostra "Imunidade Criativa", cujo propósito era trazer a visão de cada artista sobre a pandemia do novo coronavírus. O evento contou com a participação de mais de 30 artistas plásticos de 16 países, como Colômbia, Argentina, Chile, Espanha, Portugal e Grécia.

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Ainda em 2020, foi convidado, junto da artista potiguar Vilma Lima, para levar o nome do Brasil à Exposição Another World is Possible Forever of Peace que reúne, na Turquia, obras de artistas de 140 países. O evento foi divulgado pelo jornal cipriota SanatKribis cuja edição, segundo Gulsun Karadayi, artista plástica turca, foi distribuída nas principais universidades e centros culturais da Inglaterra.

"Sobre o meu sentimento referente à exposição é de muita gratidão. É uma honra ser convidado para um evento assim, com tantos artistas. A satisfação é enorme, pois se trata de mais um grande momento de reconhecimento", afirma.

Técnicas e aspirações

O artista trabalha com materiais e técnicas diversas. Utiliza tinta e massa acrílica, óleo, texturas e carvão vegetal. Durante a etapa de concepção de ideias, anterior à feitura dos quadros, o pintor, além de rabiscos com lápis e carvão, utiliza ferramentas digitais que o auxiliam no processo criativo antes de colocar a tinta na tela.

Em termos de estilo, Wanger busca desenvolver “algo totalmente diferenciado e singular”. Ele possui influência de escolas abstracionistas, surrealistas, primitivistas e contemporâneas. Tudo "misturado no liquidificador", brincou. “Uma vez já definiram minha arte em uma só palavra, com a qual eu também concordo: intensa”.

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