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Marília Lovatel estreia como cronista do OP+
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Marília Lovatel estreia como cronista do OP+

Escritora Marília Lovatel se junta ao time de cronistas de OP+ com textos publicados aos domingos.
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Marília Lovatel celebra, em 2022, uma década de ofício literário 
 (Foto: opovo)
Foto: opovo Marília Lovatel celebra, em 2022, uma década de ofício literário

A escritora Marília Lovatel é a mais nova cronista semanal do OP+. Estreou domingo último, 5, com a crônica “Palavras nas margens”, que aborda a travessia entre leitura e escrita e como dessa viagem de uma margem a outra, muitas vezes, surgem os escritores. Marília passa a fazer a fazer parte do corpo de cronistas do OP+, que inclui as escritoras Ana Miranda e Tércia Montenegro, cujas crônicas também são publicadas no jornal impresso, além dos jornalistas Tânia Alves, Ariadne Araújo, Demitri Túlio. As crônicas da autora recém chegada ao time serão publicadas a cada domingo.

O gênero crônica – que no Brasil se confunde com o próprio surgimento da imprensa – chega para a escritora no ano em que ela completa 10 anos de ofício literário com livros infantojuvenis, poesia e o romance que está lapidando há quatro anos. Entre os infantojuvenis, a escritora publicou “A Memória das Coisas” (EDD), “A sala de aula e outros contos” (Moderna).

No ano passado, Marília lançou “Invento de borboletas” (Aliás), que considera um “texto de transição”, no qual explora outras possibilidades literárias e amplia seu público leitor. A crônica, segundo ela, acontece no momento certo. “Estou muito feliz”, confessa a autora. “Ser parte dos cronistas de OP+ é estar na companhia de escritores que eu admiro muito, referências minhas, gente a quem quero muito bem”, complementa.

Lidar com uma crônica semanal para a autora de “A menina dos olhos de renda” (Moderna), livro finalista do prêmio Jabuti (2017), é exercer a liberdade que o gênero proporciona, além de se impor o exercício frequente de criação do texto que traz em si mesmo a fluidez, tanto no que diz respeito à forma quanto ao conteúdo. “O exercício da escrita já suscita o olhar atento para as possibilidades que surgem para o escritor. A realidade pode ser captada aos pedaços que serão reunidos no mosaico de peças que vamos recolhendo para mostrar uma imagem”, reflete a escritora sobre a nova labuta com as palavras.

Marília conta que recebeu um valioso conselho do escritor e amigo Ignácio de Loyola Brandão sobre o ofício de cronista. “Ao compartilhar com o querido Ignácio de Loyola Brandão essa novidade da coluna semanal no OP +, recebi de presente um conselho daqueles que você emoldura para ler todo dia: ‘Na crônica a gente faz o que quer, fala de tudo, de todos, mas principalmente de nós. Muito do que temos dentro está dentro do leitor. É quando ele se identifica.´”, diz ao complementar que este “é o melhor direcionamento que poderia dar para o exercício da crônica”.

A escritora ressalta ainda a liberdade que o escritor dispõe para exercitar sua arte. “É fascinante a liberdade que o escritor pode exercer para não limitar sua produção e criação literárias”, explica Marília, cuja poesia é companheira constante mesmo enquanto escreve prosa. “A poesia está o tempo inteiro presente, seja na prosa, seja nas experiências poéticas”, afirma, acrescentando que “se expressar de múltiplas formas é experienciar a própria humanidade como afirma o escritor e professor gaúcho Luís Antônio de Assis Brasil”, ensina e para finalizar, enfatiza: “Não me vejo em gavetas de gênero”.

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