Logo O POVO+
O POVO estreia série nas redes sociais que ressalta histórias de mulheres revolucionárias
Vida & Arte

O POVO estreia série nas redes sociais que ressalta histórias de mulheres revolucionárias

Série "Esquecidas na História" conta a trajetória de 10 mulheres revolucionárias, mas que foram subjugadas, assim como seus feitos e descobertas ao longo dos anos
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Claudette Colvin tem a história contada na série
Foto: Camila Pontes Claudette Colvin tem a história contada na série "Esquecidas na História"

A história de 10 mulheres fundamentais para o desenvolvimento da humanidade, mas que tiveram nomes e feitos ignorados ou subjugados nas narrativas históricas será o tema central da série "Esquecidas na História". A produção, original do O POVO e exclusiva para o Instagram e o TikTok, será lançada no domingo, 15.

O primeiro episódio contará a história de vida de Mileva Maric, coautora das principais pesquisas e descobertas de Albert Einstein. Nascida em 19 de dezembro de 1895, na Sérvia, ela foi uma brilhante física e matemática. Com o incentivo do pai, a jovem mudou-se para Zurique, na Suíça, para estudar no Instituto Politécnico da cidade. Mileva acabou se tornando uma das mentes mais brilhantes da instituição, tendo muitas vezes notas maiores que as de Albert Einstein, com quem ela viria a se casar anos depois.

Durante a união, diversas cartas foram trocadas entre os dois. Muitas delas, o famoso cientista menciona "nossos trabalhos", "nossa teoria do movimento relativo", "nosso ponto de vista", e "nossos artigos". O fato levantou dúvidas sobre o papel da mulher nas criações, já que todas as pesquisas eram creditadas apenas a Einstein. 

Além dela, outras nove mulheres terão suas histórias recontadas com o devido protagonismo e relevância diante de suas vivências, descobertas e feitos que mudaram o rumo da história da humanidade. 

Imperatriz Leopoldina

A série, que contará com dez episódios, apresenta a trajetória de cada personagem. Entre elas está a primeira imperatriz brasileira, Maria Leopoldina, que teve um papel importante para a história do Brasil. Não contente em ser somente a esposa de Dom Pedro I, a mulher participava ferrenhamente da sua vida política, sendo fundamental para o processo de independência do país. No entanto, durante muitos anos seus feitos foram encobertos.

 

Alice Guy-Blaché

Primeira cineasta da história, Alice Guy-Blaché trabalhava como secretária na companhia francesa Gaumont quando, em 1895, presenciou o primeiro cinematógrafo desenvolvido pelos irmãos Lumière. Na época, os filmes eram feitos de breves registros de cenas do cotidiano. Filha de um livreiro e amante do teatro, Guy-Blaché, à frente do seu tempo, achou que era possível transformar a invenção em uma forma de contar histórias.

Claudette Colvin

Nove meses antes da ativista Rosa Parks se recusar a ceder seu assento no ônibus para uma pessoa branca, uma jovem de 15 anos, chamada Claudette Colvin, fazia exatamente o mesmo. O ano era 1955 e a segregação entre negros e brancos estava em todos os lugares da cidade de Montgomery, no Alabama, incluindo ônibus, igrejas e escolas.

 

Prudencia Ayala

Prudencia Ayala foi uma escritora, ativista social e defensora dos direitos das mulheres de El Salvador. Ela nasceu em Sonsonate, no dia 28 de abril de 1885, e era filha de Aurélia Ayala e Vicente Chief. Em 1930, Ayala tentou concorrer como candidata presidencial em El Salvador, apesar do país proibir as mulheres de votar.

 

Maria Izquierdo

Aprimorando uma linguagem visual única, a pintora mexicana María Izquierdo foi a primeira mulher a fazer uma mostra de arte individual nos EUA. Tendo como inspiração figuras humanas, esculturas e evidências indígenas, Izquierdo não se contentava em pinturas tradicionais.

 

Marion Mahony Griffin

Marion Mahony Griffin, a primeira mulher a se tornar arquiteta no mundo, teve suas obras esquecidas por mais de um século. Visando seguir o exemplo da mãe, com personalidade e ambição, Marion se inscreveu no Curso de Arte do Desenho e da Construção, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), um ambiente que na época era majoritariamente frequentado por homens.

 

Soledad Acosta de Samper

No século XIX, uma época em que mulheres não tinham voz, Soledad Acosta de Samper se atreveu a tomar a palavra. Se tornando uma escritora, historiadora e jornalista, a mulher utilizou inúmeros pseudônimos para ter suas narrativas publicadas.

 

Paulina Luisi

Vinda de uma família progressista, Paulina Luisi nasceu em 1875, na Argentina. Três anos depois a família se mudou para o Uruguai, onde ela começou a estudar em um colégio interno do magistério de Montevidéu. Em 1908, Paulina se tornou a primeira mulher do Uruguai a conquistar um diploma universitário em Medicina.

 

Júlia Lopes de Almeida

A escritora Júlia Lopes de Almeida nasceu em 24 de setembro de 1862, no Rio de Janeiro. Ainda na infância, sua família se mudou para Campinas, em São Paulo. No entanto, foi em terras portuguesas que a mulher lançou seu primeiro livro. Além de ser uma estimada escritora, Júlia foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras.

 

O que você achou desse conteúdo?