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Oposição conquista grandes cidades, mas governistas têm mais de 150 prefeituras
Reportagem Especial

Oposição conquista grandes cidades, mas governistas têm mais de 150 prefeituras

A base aliada tem mais de 20 prefeituras para cada uma conquistada pelos partidos de oposição. Veja o balanço das forças estaduais

Oposição conquista grandes cidades, mas governistas têm mais de 150 prefeituras

A base aliada tem mais de 20 prefeituras para cada uma conquistada pelos partidos de oposição. Veja o balanço das forças estaduais
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A oposição se fortaleceu no Ceará menos pela quantidade e mais pela importância das prefeituras que conquistou. Além, é claro, do ótimo desempenho no segundo turno em Fortaleza, apesar da derrota. Opositores venceram na maior cidade depois da Capital, Caucaia. Venceram na terceira maior cidade, a maior do interior: Juazeiro do Norte. E venceram na quarta maior cidade, o maior PIB depois da Capital: Maracanaú. Ganhou ainda São Gonçalo do Amarante, vizinha a Caucaia e estratégica pelo Porto do Pecém. Isso quer dizer que a oposição foi vitoriosa?

A nova configuração das forças políticas no Ceará por partido

Sim se considerarmos o que a oposição tinha. Ela cresceu. Nas maiores cidades, inclusive considerando quão imprevisivelmente foi apertado o resultado em Fortaleza, pode-se dizer que a oposição foi mais bem-sucedida que os governistas. Nos maiores centros, está claro, a oposição é competitiva e faz frente aos Ferreira Gomes.

No conjunto do Estado, todavia, essa lógica não se aplica. Os partidos aliados da base governista fizeram mais de 150 prefeitos. Para cada prefeitura de oposição, os governistas ganharam mais de 20. Isso num cálculo conservador. Sem incluir na contagem, por exemplo, as 17 prefeituras do MDB de Eunício Oliveira, que apoia o governador Camilo Santana (PT), mas é adversário dos Ferreira Gomes. Sem contar o PSDB, que tem quatro prefeitos eleitos, um deles de oposição, em Maracanaú. Mas, os líderes estaduais fecharam acordo sobre Fortaleza.

A contagem também desconsidera o Solidariedade, de Genecias Noronha, uma força cuja posição entre governo, oposição e neutralidade oscila. Também sem considerar que mesmo em partidos oposicionistas, os prefeitos do Interior em geral costumam manter boas relações com o Governo do Estado, não apenas administrativas, mas também políticas.

Há inclusive casos como o do prefeito eleito de Aratuba, Joerly Vitor, que é do Republicanos, de oposição, mas tem apoio de governistas, como o ex-líder de Camilo, deputado Evandro Leitão (PDT).

Veja a divisão de prefeituras entre os partidos:

SIGLAS DA BASE GOVERNISTA: 151

PDT: 67
PSD: 27
PT: 18
PL: 13
PP: 10
PSB: 8
PTB: 3
DEM: 2
PCdoB: 2
Cidadania: 1

SIGLAS COM RELAÇÕES AMBÍGUAS COM O GOVERNISMO: 20

MDB: 17
PSDB: 3*

OPOSIÇÃO À DIREITA: 7

Pros: 3
Republicanos: 2
Podemos: 1
PSDB: 1*

OPOSIÇÃO À ESQUERDA: 1

Psol: 1

SEM CLASSIFICAÇÃO: 5

Solidariedade: 5

*O PSDB tem um prefeito declaradamente de oposição, Roberto Pessoa em Maracanaú. Do ponto de vista da direção, há aproximação com o governismo, que tende a influenciar os outros prefeitos da legenda.

Navegue pelo raio-X político dos prefeitos:

 

 

 

 

 

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