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Apenas 3,78% dos indicados nas principais categorias do Oscar são negros
Reportagem Especial

Apenas 3,78% dos indicados nas principais categorias do Oscar são negros

Levantamento de dados do O POVO+ mostra que apenas 87 pessoas negras foram indicadas em quase cem anos nas principais categorias individuais: ator principal e coadjuvante, atriz principal e coadjuvante e melhor direção

Apenas 3,78% dos indicados nas principais categorias do Oscar são negros

Levantamento de dados do O POVO+ mostra que apenas 87 pessoas negras foram indicadas em quase cem anos nas principais categorias individuais: ator principal e coadjuvante, atriz principal e coadjuvante e melhor direção
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Nos bastidores do glamour e dos holofotes da cerimônia do tapete vermelho, há uma questão que permaneceu por muito tempo negligenciada, mas que nos últimos anos tem recebido atenção cada vez maior. Estamos falando da representatividade racial entre os premiados do Oscar. Em quase um século de história, é possível perceber que atores, atrizes e diretores de pele negra surgem sem muito prestígio na premiação, uma das principais do cinema mundial.

Desde sua criação, em 1927, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas coroou menos de 4% de pessoas negras em suas cinco principais categorias individuais. Em uma análise dos dados sobre os artistas indicados, a discrepância entre aqueles que são negros e aqueles que não o são é evidente. Apesar dos avanços recentes que destacam maior inclusão de negros nas nomeações, ainda há um longo caminho a ser percorrido até alcançar um pleno reconhecimento racial frente às telas.

Levantados pelo O POVO+, os números de negros entre indicados e vencedores acaba por se tornar reflexo da falta de representatividade que ainda persiste nas produções cinematográficas. Abaixo, veja como se deu a premiação do Oscar que, ao longo de 95 edições, calcula apenas 3,19% de negros postulantes nas categorias de Melhor ator principal, Melhor ator coadjuvante, Melhor atriz principal, Melhor atriz coadjuvante e Melhor direção.

Desde 1927 até 2023, é possível contabilizar mais de 2.700 indicações entre essas cinco categorias. Em meio a essa imensidão de artistas, entretanto, o número de negros entre os candidatos a ganhar a estatueta não chega sequer aos três dígitos na história quase centenária da premiação. Foram apenas 87 pessoas negras que foram lembradas pela Academia nesses 95 anos.

Ao colocar luz sobre esses números, percebe-se que a categoria de Melhor ator principal é a que mais recebeu indicações de negros: 26, sendo cinco deles vencedores. Melhor atriz coadjuvante vem logo na sequência, com 22 indicações e sete ganhadoras; seguida por Melhor ator coadjuvante (20 candidatos e sete vencedores), Melhor atriz principal (14 indicações e uma única vencedora) e Melhor direção (cinco indicações e nenhum vencedor).

 

Vencedores e indicados ao Oscar nas principais categorias

 

Uma informação que não pode passar despercebida foi mencionada mais acima: apenas 87 negros foram indicados nas principais categorias do Oscar ao longo de quase cem anos. Isso representa um calculo de menos de um negro indicado por edição. Ou seja, esse dado indica um sumiço de pessoas negras em 51 cerimônias.

Para se ter ideia, a primeira aparição de um negro aconteceu 12 anos depois que o prêmio foi criado, em 1940, com Hattie McDaniel – cuja história é contada mais abaixo. Depois dessa participação, foram mais nove anos sem pessoas negras na disputa. A presença de negros no tapete vermelho, na verdade, só veio se tornar constante a partir do início da década de 1980.

Nas décadas posteriores ainda ocorreram edições em que a ausência negra foi sentida, mas é inegável o estabelecimento de um novo padrão desde então. Se até 1980 foram somente 13 indicações de pessoas negras na premiação, de lá para cá esse número saltou para 74.

 

Indicações de negros ao Oscar ao longo dos anos

 

Confira também: Raio-x das principais categorias do Oscar

De 1927 a 2023, foram entregues 2.730 prêmios nas principais categorias do Oscar. Ao longo de 95 edições, a premiação corou artistas que ficaram tanto na frente quanto atrás das câmeras.

 

 

Negras como coadjuvantes no tapete vermelho; como principal uma única vez

Em 1940, uma mulher começou a dar novos tons à cerimônia do Oscar. Trata-se de Hattie McDaniel, que deu vida à Mammy no clássico do cinema mundial “E o Vento Levou”, lançado um ano antes. Com uma pegada sarcástica e atrevida, a personagem era uma empregada doméstica que vivia para dar limites à marcante Scarlett O’Hara, interpretada por Vivien Leigh.

Apesar de estar em um contexto em que a segregação racial ainda imperava nos Estados Unidos na forma da lei Jim Crow, Hattie McDaniel se tornou a primeira pessoa negra convidada para participar da festa do Oscar. E não para fazer faxina, como comum na época, mas para participar como uma das indicadas ao prêmio de Melhor atriz coadjuvante.

Negros só poderiam conviver nos mesmos espaços que os brancos 16 anos depois, porém isso não impediu que Hattie enfrentasse os olhares atravessados da elite da época e entrasse para a história ao ganhar uma estatueta da maior honraria do cinema americano.

 

Primeira pessoa negra foi indicada em 1940

 

Após Hattie McDaniel, outra mulher negra só voltaria a vencer esta categoria mais de 50 anos depois, em 1991, com Whoopi Goldberg, por Ghost - Do Outro Lado da Vida. Neste intervalo de meio século, apenas cinco mulheres negras chegaram a ser indicadas. Outras cinco atrizes de pele negra voltariam a conquistar o prêmio durante os anos de 2007 e 2022, evidenciando assim uma nova cara para a cerimônia.

 

Negras na categoria Melhor atriz coadjuvante ao longo do tempo


 

Já na categoria de Melhor atriz principal, apenas uma estatueta foi parar nas mãos de uma mulher negra. Em 2002, Halle Berry ganhou a premiação graças à sua atuação como Leticia Musgrove em Monster's Ball (A Última Ceia). Até então, seis negras haviam recebido indicações. Depois disso, mais sete, sem nenhuma delas conseguindo repetir o feito de Halle.

 

Em 95 anos, apenas Halle Berry conseguiu ganhar o Oscar de Melhor atriz principal

 

 

51 negros já foram indicados nas categorias de Melhor ator principal, coadjuvante e direção

Ao longo das 95 edições do Oscar, 87 indicações foram de pessoas negras. Desse total, a grande maioria é composta por homens, que somam 51 candidaturas entre as categorias Melhor ator principal, Melhor ator coadjuvante e Melhor direção. Apesar do número maior quando comparado ao das mulheres, os homens só começaram a escrever suas histórias na premiação a partir 1959.

Primeiro negro a ser indicado, Sidney Poitier fez sua primeira participação no Oscar em 1959, por ter interpretado Noah Cullen, no filme The Defiant Ones (Acorrentados, na tradução para o Brasil). Naquele ano ele ficou no quase, mas a estatueta de Melhor ator principal foi parar em suas mãos em 1964, com o filme Lilies of the Field (Uma Voz na Sombras).

 

Sidney Poitier foi o primeiro homem negro a ganhar um Oscar de Melhor ator

 

Nos anos seguintes, oito atores voltaram a ser indicados. Foi então que na edição de 2002, quase 40 anos depois que Sidney Poitier conquistou seu prêmio, que Denzel Washington quebrou essa marca ao interpretar Alonzo Harris, em Dia de Treinamento (lançado em 2001). Jamie Foxx (Ray, em 2005), Forest Whitaker (O Último Rei da Escócia, em 2007) e Will Smith (King Richard: Criando Campeãs, 2022) foram os próximos vencedores.

 

Após Denzel Washington, mais quatro negros venceram o prêmio de Melhor ator principal

 

Já na categoria de Melhor ator coadjuvante, o prêmio chegou a ir para seis negros desde 1970. Naquele ano, Rupert Crosse foi o primeiro negro a ser indicado na categoria. Mas seria somente em 1983 que um ator de pele escura seria premiado, com Louis Gossett Jr., que viveu o sargento Emil Foley, em A Força do Destino (An Officer and a Gentleman, de 1982).

Cuba Gooding, Jr., (Jerry Maguire, em 1997), Morgan Freeman (Menina de Ouro, 2005) Mahershala Ali (Moonlight, 2017; e Green Book, 2019) e Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro, 2021) também conquistaram a categoria. Com destaque para Mahershala Ali, um dos poucos atores a ganhar a premiação em mais de uma oportunidade.

 

Seis negros já ganharam o Oscar de Melhor ator coadjuvante

 

 

No Oscar de Melhor direção há a ausência de vencedores negros e de mulheres

Na categoria de Melhor direção, a situação das pessoas de pele negra não é das melhores. Ao longo de quase um século, apenas cinco negros foram lembrados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para compor o quadro de postulantes ao prêmio por terem sido responsáveis por selecionar os artistas que interpretam seus filmes.

Com uma contagem que cabe em uma das mãos, John Singleton, Lee Daniels, Barry Jenkins, Jordan Peele e Spike Lee compõem esse curto elenco de indicados. Importante lembrar que Spike Lee, por exemplo, ganhou um Oscar em 2019 na categoria Melhor Roteiro Adaptado, com o filme “Infiltrado na Klan”. Também recebeu um Oscar Honorário pelo “Conjunto da obra”, três anos antes.

Fato é que a estatueta não chegou a ser conquistada por um diretor negro até o momento. A categoria de Melhor direção, aliás, é dominada por homens brancos. Ao longo de 95 anos, apenas sete mulheres chegaram a ser indicadas, sendo que nenhuma delas era negra.

 

Cinco negros já concorreram ao Oscar de Melhor direção

 

 

 

Ponto de vista

Perto do centenário, o que as ausências do Oscar representam?

Por Arthur Gadelha*

Em sua 96ª edição, a Academia de Artes e Ciências de Hollywood coleciona uma série de lacunas na celebração de seu próprio cinema

Quando pensamos sobre o que o Oscar representa já nos deparamos com o primeiro e maior dos seus conflitos porque, diferente do senso comum influenciado pela própria Academia, esta não é e nunca foi “a maior premiação do cinema mundial”, rótulo que costumamos ler, ver e ouvir tanto. Seu tamanho é tão grande que se transformou em referência para o “conceito” de outras premiações – o Oscar do Jornalismo, Oscar dos Games... e assim por diante. Mas o fato é simples: essa premiação não representa o mundo, e muito menos o “cinema”, essa estranha entidade. O Oscar representa os seus, apenas o cinema que é exibido no território dos EUA.

Arthur Gadelha, crítico de cinema e roteirista do OP (Foto: Arthur Gadelha - Perfil)
Foto: Arthur Gadelha - Perfil Arthur Gadelha, crítico de cinema e roteirista do OP

Acho um importante ponto de partida para essa discussão porque para entender quem não aparece entre indicados e vencedores é preciso perceber essas ausências como sintomas diretos de sua própria indústria, uma Hollywood voraz pelo sucesso comercial e bastante míope na sua compreensão social e artística – as greves simultâneas de roteiristas e de atores que o diga, expondo sua garra industrial em torno da polêmica invasão da inteligência artificial.

Ou seja, o Oscar não é um fator de “transformação” do mundo, como o cinema pode até ser em sua natureza representativa, mas uma ferramenta de calibração para aderir às mudanças em torno da forma de se fazer arte para que ela nunca perca seu caráter mercadológico. Por isso soa tão oportunista quando vemos Green Book (2018) vencer Melhor Filme dois anos após Moonlight (2016) vencer o mesmo prêmio, filmes com representações abismais da população negra e seu protagonismo.

Apesar disso, a celebração por parte da arte é que pode mover a indústria, de fato. Quando a asiática Michelle Yeoh venceu Melhor Atriz ano passado ela foi apenas a segunda mulher não-branca a vencer a estatueta. A segunda, em 95 anos. Para entregar o prêmio, a organização chamou ao palco a anterior, Halle Berry, primeira e única mulher negra a vencer nessa categoria.

A primeira mulher negra a vencer um Oscar, dessa vez de coadjuvante, foi Hattie McDaniel em 1940 pelo papel de uma “criada” em ...E o Vento Levou (1939). Não foi convidada para a estreia do filme e na cerimônia teve que sentar-se distante dos demais indicados porque estava em vigor uma lei de segregação racial. Pessoas trans nunca foram indicadas em cargos de atuação, mas Daniela Veiga, atriz do renomado Uma Mulher Fantástica (2017), tornou-se a primeira mulher trans a apresentar uma categoria da premiação – isso realmente significa que a Academia quer observar o mundo diferente?

Michelle Yeoh em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, Oscar  Melhor Atriz em 2023. Foi a segunda mulher não-branca a vencer a estatueta(Foto: Divulgação/Everett Collection)
Foto: Divulgação/Everett Collection Michelle Yeoh em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, Oscar Melhor Atriz em 2023. Foi a segunda mulher não-branca a vencer a estatueta

A categoria de Melhor Direção também tem seus sintomas, principalmente, porque é um cargo de profunda autoridade no contexto das produções. Sem nem precisar se atentar aos detalhes, qualquer análise vai observar um cenário dominado por homens brancos. A chamada “Nova Hollywood”, célebre movimento que renovou alguns paradigmas norte-americanos nos anos 1960, já tinha essa mesma configuração, mesmo que se propusesse a discutir temas mais políticos do que se costumava fazer antes daquele momento.

Ao longo desses anos, apenas oito mulheres foram indicadas ao Oscar de Melhor Direção. As vitórias, porém, vieram todas neste nosso século XXI. Kathryn Bigelow foi a primeira, em 2010, por Guerra ao Terror. A seguir, Chloé Zhao em 2021 e Jane Campion em 2022. E pronto. Neste ano, a ausência de Greta Gerwig deu o que falar por sua direção de Barbie, ao mesmo tempo em que a francesa Justine Triet surpreendeu por ser a única mulher da categoria pelo impressionante Anatomia de uma Queda, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. O primeiro diretor trans indicado foi Yance Ford, apenas em 2018, mas na categoria de Melhor Documentário pelo filme Strong Island.

Filme francês Anatomia de Uma Queda, indicado ao Oscar 2024(Foto: Simon Beaufils/divulgação)
Foto: Simon Beaufils/divulgação Filme francês Anatomia de Uma Queda, indicado ao Oscar 2024

Por fim, encerrando esse breve panorama de volta ao ponto de onde partimos, qual o compromisso real que essa premiação tem com sua própria fama mundial? É irônico que a categoria de Melhor Filme Internacional deste ano tenha apenas diretores europeus. Causou aquele barulho quando a Academia respondeu à campanha #OscarSoWhite com a adesão de vários profissionais ao redor do planeta, incluindo até o cearense Karim Aïnouz, o que viria a culminar no evento sem precedentes, e acredito que irrepetível, da vitória do sul-coreano Parasita, o primeiro filme não falado em inglês a vencer Melhor Filme.

Apesar dessas novas rotas e de todas as suas promessas, porém, é importante que nunca se esqueça que sua origem nunca foi reinventada, um olhar que nem representa qualquer manifesto, revolta ou ingratidão, sendo apenas a constatação de um objetivo que sempre foi muito claro: o Oscar não nos representa, e nem quer.

Arthur Gadelha é crítico de cinema, roteirista do OP+ e presidente da Associação Cearense de Críticos de Cinema


 

Ponto de vista

Por que a falta de Margot Robbie na categoria de Melhor Atriz incomoda tanto?

Por Eduarda Porfirio*

É interessante notar como a não indicação de Margot incomodou mais do que a falta de atrizes negras na lista de nomeações

A ausência de Margot Robbie na lista de indicadas a Melhor Atriz no Oscar causou certo burburinho nas redes sociais. Usuários do X (antigo twitter) questionavam como a protagonista de “Barbie” (2023) - que concorre em 8 categorias - não havia sido nomeada, enquanto America Ferrera e Ryan Gosling concorrem à estatueta. Greta Gerwig, diretora do longa-metragem, também não foi indicada a Melhor Direção, porém, isso é pauta para outro momento.

Eduarda Porfirio, repórter do O POVO no caderno Vida ENTITY_amp_ENTITYArte(Foto: Aurélio Alves / O POVO)
Foto: Aurélio Alves / O POVO Eduarda Porfirio, repórter do O POVO no caderno Vida ENTITY_amp_ENTITYArte

É interessante notar como a não indicação de Margot incomodou mais do que a falta de atrizes negras na lista de nomeações. Para não dizer que só há mulheres brancas entre as indicadas, Lily Gladstone compete por sua performance em “O assassino da Lua das Flores”(2023). Mais uma vez o Oscar repete o feito de 2023, em que não havia nenhuma mulher negra indicada a Melhor Atriz. E não é como se faltasse nomes para tal.

Viola Davis segue sendo ignorada pela premiação. Após a ausência dela entre as indicadas ao interpretar a general Nanisca em “A Mulher Rei” (2022), o evento decidiu fingir que sua atuação em “Air: a história por trás da logo” (2023) não foi impactante o suficiente. Na trama, Davis é uma mãe de Michael Jordan, uma mulher com muita personalidade e que sabe se impor.

Fantasia Barrino, que interpretou Celie em “A Cor Púrpura” (2024), que é adaptação do musical da Broadway, por sua vez inspirado no livro de Alice Walker, também merecia indicação. O irônico é que a personagem faz o tipo que agrada Hollywood: uma pessoa negra em sofrimento que eventualmente alcança uma compensação. Mas a ausência dela não parece ter incomodado a muitos também.

Bom, em Pacto da Branquitude, Cida Bento explica que a branquitude se vê como universal e humana. E o que isso tem a ver com a não indicação de Margot? Na verdade, isso diz respeito ao incômodo que surgiu acerca da falta dela na categoria de Melhor Atriz. Porque ela, de todas as outras, era merecedora. Diferente dos nomes que citei e que tiveram performances marcantes na telona, Robbie foi a única vista como injustiçada.

Esse incômodo diz muito sobre o olhar da sociedade para as pessoas negras. Aponta para como pessoas brancas ainda são vistas como as únicas universais e humanas, ou seja, merecedoras de reconhecimento por seu esforço em qualquer área que seja.

Eduarda Porfirio é fundadora e criadora de conteúdo do Quilombo Geek, atua como editora e produtora de conteúdo do portal. Também é repórter do Vida&Arte, O POVO

 


 

Metodologia

Para este material foram utilizados dados do The Oscar Award, 1927 - 2023, disponíveis na plataforma Kaggle; da Lista de afro-americanos indicados ao Oscar, disponível no Wikipédia; da reportagem 27 negras e negros ganhadores do Oscar, do Afrokut; e do site oficial da Oscar, Academy of Motion Picture Arts and Sciences. A organização dos dados também aconteceu com auxílio das plataformas de inteligência artificial ChatGPT e Gemini. 

Para garantir a transparência e a reprodutibilidade desta e de outras reportagens guiadas por dados, O POVO+ disponibiliza os dados desta reportagem neste link. A plataforma também mantém uma página no Github, onde periodicamente são publicados códigos, metodologias e bases de dados desenvolvidas.

  • Texto Wanderson Trindade
  • Edição Fátima Sudário e Regina Ribeiro
  • Coleta de dados Alexandre Cajazeira e Wanderson Trindade
  • Visualização de dados Wanderson Trindade
  • Identidade visual Camila Pontes
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