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Quem é o mercado, o ente todo-poderoso que mexe com a economia e política no Brasil
Reportagem Especial

Quem é o mercado, o ente todo-poderoso que mexe com a economia e política no Brasil

Um ente que é capaz de movimentar política e economia ao mesmo tempo ainda é uma ideia abstrata para a maioria dos brasileiros; entenda como o mercado financeiro funciona e sua importância

Quem é o mercado, o ente todo-poderoso que mexe com a economia e política no Brasil

Um ente que é capaz de movimentar política e economia ao mesmo tempo ainda é uma ideia abstrata para a maioria dos brasileiros; entenda como o mercado financeiro funciona e sua importância
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“Mercado reage à saúde do presidente Lula”“O mercado esperava uma inflação maior”“Mercado ficou silencioso diante dos mais de R$ 200 bi torrados na eleição de Bolsonaro”.

Você deve ter acompanhado essas e outras notícias nas plataformas do O POVO e em outros veículos de comunicação se referindo ao “mercado”.

A palavra, para algumas pessoas, pode remeter à cena de pessoas esbaforidas e gritando ao telefone enquanto lidam com as variações de investimento na Bolsa de Valores.

Mas, afinal, quem é esse ente cujas opiniões e reações são tão importantes ao ponto de pautar as discussões políticas de toda uma nação?

Os movimentos de subida e queda das Bolsas de Valores são uma das representações mais conhecidas do que se chama de Mercado(Foto: Acervo O POVO)
Foto: Acervo O POVO Os movimentos de subida e queda das Bolsas de Valores são uma das representações mais conhecidas do que se chama de Mercado

 

 

Por definição, o mercado financeiro é um ambiente de negociação de produtos financeiros. Como em toda negociação, existem duas partes, que possuem interesses parecidos e fecham um acordo.

O mercado financeiro é onde ocorre o alinhamento de interesses entre essas partes. Enquanto alguém tem dinheiro sobrando e precisa de rendimentos, outros precisam de dinheiro para fazer seus projetos andarem.

Nesse mercado, pessoas e empresas tomam e emprestam dinheiro, de acordo com o momento e para que esse fluxo de valores ocorra de uma maneira fluida, transparente e organizada, o Brasil conta com o Sistema Financeiro Nacional. 

Entenda como funciona o Sistema Financeiro Nacional 

 

 

Quem empresta também pode ser visto como comprador, pois está adquirindo o débito de uma empresa, de um governo ou de uma pessoa para receber o pagamento com juros. Dessa forma, o sistema financeiro brasileiro é dividido em quatro grandes mercados.

Angélica Moreira, superintendente da Associação dos Bancos do Rio de Janeiro (Aberj) explica que os aplicadores de dinheiro, que ficaram informalmente conhecidos como “Faria Limers”, são quem dão o tom das chamadas “reações do mercado”.

Formada em Administração de empresas, técnica em contabilidade, com especialização em Educação a Distância, Angélica faz parte do corpo diretivo da Aberj desde 1990 (Foto: Reprodução / Aberj)
Foto: Reprodução / Aberj Formada em Administração de empresas, técnica em contabilidade, com especialização em Educação a Distância, Angélica faz parte do corpo diretivo da Aberj desde 1990

“Faria Limer se refere às pessoas e empresas que atuam nessa região de São Paulo, a avenida Brigadeiro Faria Lima, que é um importante centro financeiro, comparável à Wall Street americana”, afirma.

Entenda a divisão do Mercado Financeiro no Brasil

 

 

A área concentra grandes empresas, bancos, fundos de investimento e startups, contribuindo significativamente para o PIB nacional, geração de empregos e fomento à inovação tecnológica.

“Em resumo, a Faria Lima é apresentada como um motor da economia brasileira”, explica Angélica.

Assim, quando se diz que o mercado gostou ou não, significa dizer que os aplicadores, que são quem colocam e tiram dinheiro do mercado, tiveram uma determinada reação.

Contudo, para entender por que esses aplicadores reagem bem ou mal a determinados fatos, é preciso entender como o mercado financeiro se formou no Brasil.

Localizada no bairro Pinheiros, em São Paulo, a avenida Brigadeiro Faria Lima é conhecida como a Wall Street brasileira(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil Localizada no bairro Pinheiros, em São Paulo, a avenida Brigadeiro Faria Lima é conhecida como a Wall Street brasileira

De acordo com o doutor em Sociologia e professor titular da Universidade Metodista de São Paulo, Décio Saes, a elite brasileira - que é quem controla movimentos no mercado financeiro -  possui características específicas que moldaram o processo de desenvolvimento do capitalismo no Brasil.

Saes argumenta que, na transição de uma sociedade escravista moderna para uma sociedade capitalista, “não se formou no Brasil uma burguesia nacional capaz de liderar o processo de industrialização e propor um projeto de desenvolvimento capitalista para o país”.

O professor ressalta que a industrialização brasileira foi tardia em comparação com os países do "Primeiro Mundo".

A industrialização brasileira pode ser caracterizada como um processo tardio, que se desenvolveu a partir do final do século XIX e início do século XX  Leia mais em: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/como-as-ruinas-da-ii-guerra-levaram-a-vw-a-erguer-sua-1a-fabrica-no-brasil(Foto: Divulgação/Volkswagen)
Foto: Divulgação/Volkswagen A industrialização brasileira pode ser caracterizada como um processo tardio, que se desenvolveu a partir do final do século XIX e início do século XX Leia mais em: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/como-as-ruinas-da-ii-guerra-levaram-a-vw-a-erguer-sua-1a-fabrica-no-brasil

“Esse atraso, juntamente com a estreiteza do mercado interno, que se formou a partir da desagregação do sistema escravista, limitou a extensão do processo de industrialização e colocou o País em uma posição de dependência”, explica.

Essas características que, segundo o sociólogo, incluem a dependência tecnológica em relação às potências capitalistas, são importantes para entender a dimensão política do processo de constituição do capitalismo e do mercado no Brasil. 

“A burguesia industrial brasileira se caracterizou por ser dependente tecnologicamente do exterior, o que levou a um desenvolvimento industrial, social e político limitado e associado aos interesses do capital estrangeiro”, justifica.

Em 2021, foi inaugurada em frente à sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) a escultura Touro de Ouro, símbolo do mercado financeiro e ícone da bolsa de Nova Iorque(Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
Foto: NELSON ALMEIDA / AFP Em 2021, foi inaugurada em frente à sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) a escultura Touro de Ouro, símbolo do mercado financeiro e ícone da bolsa de Nova Iorque

Jessé Souza, doutor em Sociologia pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e professor titular da Universidade Federal do ABC atuou em pesquisas de amplitude nacional e internacional sobre desigualdade, preconceito e classes sociais no Brasil e no mundo. 

Dos estudos, saíram cerca de uma centena de artigos e ensaios, e mais de 30 livros, dentre os quais estão "A classe média no espelho", "A guerra contra o Brasil", "A tolice da inteligência brasileira" e "A Elite do Atraso". 

Nesta última, Jessé Souza reitera a explicação de Décio Saes, mostrando que a classe mais rica brasileira tem suas origens no período colonial, com a formação de uma classe de proprietários de terras e escravos, que detinham o poder político e econômico.

Sociólogo Jessé de Souza(Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Sociólogo Jessé de Souza

De acordo com o pesquisador, essa elite estabeleceu um padrão de mandonismo "Na sociologia brasileira, mandonismo refere-se a prática política de um indivíduo que, de posse do controle de recurso estratégico, como a propriedade da terra, adquire tal domínio sobre a população do território sob seu domínio que a impede de exercer livremente a política, a expressão e o comércio" privado, caracterizado pela apropriação de bens públicos e a busca por privilégios.

“O sistema escravista, como uma instituição total, moldou a sociedade brasileira e suas classes, deixando marcas profundas nas relações sociais e de poder. A escravidão criou uma hierarquia social que se estendeu para além do período escravocrata”, afirma.

Com a transição para o capitalismo, essa elite agrária se adaptou, diversificando seus investimentos e expandindo sua atuação para outros setores da economia, como o comércio, a indústria e o mercado financeiro.


 


“No entanto, a lógica do privilégio e da apropriação de recursos públicos permaneceu como uma característica central da elite brasileira”, afirma o pesquisador. Para ele, a relação entre a dita lógica da apropriação e a importância que se dá às “reações do mercado” é direta.

“É exatamente a fração financeira do capital e da propriedade que, por meio da dívida pública e pelo mecanismo de transferência de renda via juros, consegue controlar o orçamento público”, afirma.

Jessé Souza pontua ainda que, como as outras frações dos proprietários, como a indústria, o comércio e o agronegócio, retiram o lucro grande também da especulação financeira, isso explicaria por que o comando de todo o processo econômico e político seja exercido pela fração dos rentistas.

Em se tratando de discussões sobre a dívida pública e os impactos que as relações entre mercado, governos e o Banco Central têm sobre a população, a maior referência do País é Maria Lúcia Fatorelli, auditora-fiscal aposentada da Receita Federal e fundadora da organização Auditoria Cidadã da Dívida.

A coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, defende uma investigação ampla sobre a dívida pública brasileira(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado A coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, defende uma investigação ampla sobre a dívida pública brasileira

“Alguém é a favor de continuar vivendo em um país em que os bancos batem recordes de lucro a cada trimestre enquanto mais da metade da população está passando por algum tipo de insegurança alimentar, com muitos passando fome, jogados na rua?”, questionou Fattorelli.

Para ela, se destacam as reações negativas dos maiores investidores do mercado financeiro quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, em 2022, que era preciso incluir os pobres no orçamento e parar de privilegiar o corte de gastos sociais, e o dólar comercial subiu para R$ 5,93 com investidores atentos ao possível anúncio de aumento de isenção do Imposto de Renda

O “mercado” reage dessa forma pois é composto por poucos grandes operadores que provocam esses movimentos no dólar e na Bolsa, explica a Auditoria Cidadã. “Essas operações são sigilosas justamente para manter esse privilégio para aqueles que podem mandar dinheiro para o exterior à vontade.”

“O mercado fica tentando fazer o governo se ajoelhar exatamente para cortar gastos, fazer superávit, teto de gastos… Tudo para pagar o juro abusivo da ‘bolsa banqueiro’ – a remuneração da sobra de caixa dos bancos – para a farra dos escandalosos swaps "Swap é um contrato de troca entre duas partes que combinam trocar condições financeiras, como juros fixos por variáveis ou moedas diferentes. Serve para controlar riscos ou aproveitar vantagens no mercado. É como um acordo para cada um ficar com a condição que prefere sem mudar o que possuem." , e para garantir o pagamento de juros de uma dívida que nunca foi auditada devidamente, e que numa apuração, o Tribunal de Contas da União (TCU) já demonstrou que não tem servido para investimentos no país. É urgente que se enfrente esse Sistema da Dívida”, afirmou Fattorelli.

Leonardo Lemos Rodrigues é sócio da assessoria de investimentos BIDS Group e foi parte do quadro diretivo do Banco Crefisul(Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Leonardo Lemos Rodrigues é sócio da assessoria de investimentos BIDS Group e foi parte do quadro diretivo do Banco Crefisul

Uma parcela dos economistas, no entanto, rejeitam a tese de que há interesses políticos envolvidos. Para Leonardo Lemos, especialista em mercado de derivativos e sócio da BIDSgroup, empresa especializada em consultoria corporativa, a opinião do mercado deve ser sempre levada em consideração.

"O mercado tem reações distintas porque porque diferentes políticas governamentais - monetária, fiscal, cambial e comercial - impactam diretamente os preços, juros e indicadores econômicos", afirma. 

"Então esses atores tentam antecipar ciclos econômicos e reagem a determinadas atitudes ou pronunciamentos. Portanto, qualquer comentário indevido, proveniente de qualquer governo, seja esfera federal, estadual ou municipal, você vai ver um reflexo imediato"

Estudos científicos como o “Finance and Development: A Tale of Two Sectors" (Finanças e Desenvolvimento: um conto de dois setores, em tradução livre), publicado na revista American Economic Review, falam sobre a relação de causalidade entre um mercado de capitais bem desenvolvido e o desenvolvimento econômico de um país.

Isso porque o enriquecimento de um país seria influenciado pelo nível do estoque de capital (poupança), assim como pela alocação eficiente desses recursos de forma que resulte em aumento de produtividade.

Nesse sentido, Alexandre Schwartsman, que foi diretor de assuntos internacionais do Banco Central e economista-chefe dos bancos ABN Amro e Santander, defende a importância de se observar o comportamento dos agentes financeiros

"O que há, em termos concretos, é uma expansão fiscal sem precedentes e a falta de um plano crível de contenção de gastos, resultando em pressões inflacionárias" Alexandre Schwartsman

O economista rejeita o que chama de "explicações superficiais" para a valorização cambial, atribuindo a alta do dólar a "fatores concretos".

Schwartsman foi economista-chefe do grupo Santander Brasil e diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC)(Foto: Reprodução / Linkedin)
Foto: Reprodução / Linkedin Schwartsman foi economista-chefe do grupo Santander Brasil e diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC)

"Não sou especialista e acho que nenhum outro economista é psiquiatra, mas a reação não tem nada de esquizofrenia. O que há, em termos concretos, é uma expansão fiscal sem precedentes e a falta de um plano crível de contenção de gastos, resultando em pressões inflacionárias", afirma. 

"Hoje, a dívida pública está caminhando pra 80%, talvez no final do governo Lula chegue aos 90%. Então esse crescimento acelerado da dívida e a inconsistência entre as ações governamentais e as previsões otimistas de agências de classificação de risco tem suas consequências", finaliza. 

 

 

Mesmo entre economistas, há divergência quanto ao real papel do mercado. Pedro Rossi, professor livre-docente do Instituto de Economia da Unicamp e economista chefe do Global Fund for a New Econonomy diz que há um superdimensionamento na importância da opinião dos grandes investidores.

O economista Pedro Rossi afirma que se dá uma dimensão além da necessária às reações do mercado(Foto: Pedro Rossi / Arquivo Pessoal)
Foto: Pedro Rossi / Arquivo Pessoal O economista Pedro Rossi afirma que se dá uma dimensão além da necessária às reações do mercado

"O mercado faz espuma no vento. A curto prazo, ele tem convenções, sim, que fazem movimentos especulativos que geram volatilidade desvalorização cambial, mas isso não resiste ao longo prazo", explica. 

Ele defende que o governo não deve ceder às pressões do mercado, especialmente no que diz respeito a cortes de gastos que prejudicam políticas sociais como o salário mínimo.

"O mercado financeiro tem uma demanda insaciável por cortes de gastos. Mesmo que o governo implemente cortes significativos, o mercado sempre exigirá mais. Foram 70 bilhões, mas se fossem 100 bilhões, eles continuariam reclamando", argumenta. 

Rossi destaca, ainda, a contradição entre uma agenda de redução do tamanho do estado, esperada pelos controladores dos investimentos, e uma agenda de crescimento e distribuição de renda, que é o mote dos governos petistas.

"Eu tenho uma visão de que no fundo o arcabouço fiscal é extremamente rígido e incompatível com um projeto de país que é um projeto distributivo de crescimento econômico e emprego", pontua.

Em contrapartida, já que é preciso conter os gastos, ele avalia como positiva a iniciativa de resistir às demandas por flexibilizar o piso de saúde e educação e a desvinculação do BPC ao salário mínimo. 

A bolsa de valores é o lugar onde são feitas negociações financeiras como compra e venda de ações, dentre outros(Foto:  Rovena Rosa / Arquivo Agência Brasil)
Foto: Rovena Rosa / Arquivo Agência Brasil A bolsa de valores é o lugar onde são feitas negociações financeiras como compra e venda de ações, dentre outros

Perguntado sobre se há um horizonte para balancear a questão, o economista sugere que o Banco Central possui ferramentas para conter a especulação, defendendo uma postura mais independente em relação às pressões do mercado.

Ele aponta que não será Gabriel Galípolo que poderá impor uma mudança que favoreça o governo e a população, pois o futuro presidente do Bacen assumirá "uma instituição que está já toda organizada para um diálogo com o mercado". 

Pedro Rossi aponta, porém, que é possível o Banco Central adotar uma postura mais firme diante do mercado em diversas situações, como já ocorreu anteriormente.

Pedro Rossi afirma que o Banco Central dispõe de mecanismos próprios que podem balancear melhor a relação entre Mercado e governos(Foto: )
Foto: Pedro Rossi afirma que o Banco Central dispõe de mecanismos próprios que podem balancear melhor a relação entre Mercado e governos

Ele destacou que a especulação excessiva com a taxa de câmbio poderia ser contida por meio de instrumentos disponíveis tanto ao Banco Central quanto ao Ministério da Fazenda.

Segundo ele, o Brasil, com suas reservas cambiais de 350 bilhões de dólares, também tem influência sobre o preço do dólar.

Além disso, o Ministério da Fazenda pode utilizar medidas como a taxação de entradas e saídas de capital com o IOF, o que já foi feito no passado.

A taxação de entradas e saídas de capital pode ser uma alternativa do Ministério da Fazenda para balancear as finanças públicas com os interesses do mercado(Foto: )
Foto: A taxação de entradas e saídas de capital pode ser uma alternativa do Ministério da Fazenda para balancear as finanças públicas com os interesses do mercado

"Então, é possível encarar o mercado e peitá-lo, porque senão vira isso, ou seja, uma convenção que se diz que o juro vai subir, acontece uma corrida no mercado de títulos públicos, e que acaba gerando uma profecia autorrealizável", finaliza. 

O debate é extenso e precisa ser aprofundado, visto que as relações entre mercado e políticas públicas refletem uma constante tensão entre interesses privados e objetivos coletivos. Em uma democracia jovem, instável e inserida na dinâmica contemporânea da economia internacional, qual deve prevalecer?

 

"Oi, você gostou dessa reportagem? Eu sou Mateus Mota, do O POVO+ e aqui na plataforma você encontra muitos outros conteúdos sobre economia, comportamento, política e muito mais! "


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