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Datafolha Fortaleza: Maioria dos jovens não tem "candidato ideal" e pode mudar o voto
Reportagem Seriada

Datafolha Fortaleza: Maioria dos jovens não tem "candidato ideal" e pode mudar o voto

Segmentos com ensino superior completo e renda acima de cinco salários mínimos também afirmaram que decidiram o voto por não haver "opção melhor". Índices foram divulgados na quarta rodada de pesquisa Datafolha, contratada pelo O POVO
Episódio 15

Datafolha Fortaleza: Maioria dos jovens não tem "candidato ideal" e pode mudar o voto

Segmentos com ensino superior completo e renda acima de cinco salários mínimos também afirmaram que decidiram o voto por não haver "opção melhor". Índices foram divulgados na quarta rodada de pesquisa Datafolha, contratada pelo O POVO
Episódio 15
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O deputado federal André Fernandes (PL) ganhou a companhia do deputado estadual Evandro Leitão (PT) e os dois, agora, dividem a liderança da corrida à Prefeitura de Fortaleza e em tendência de crescimento. Fernandes cresceu 2 pontos percentuais e Evandro, 6 pontos percentuais. É o que mostra a pesquisa Datafolha, contratada pelo O POVO, divulgada nesta quarta-feira, 25.

Em um cenário com nove postulantes, o levantamento revelou segmentos nos quais os eleitores alegaram escolher candidatos por não haver “opção melhor” e, a duas semanas do pleito, se dizem com chances de mudar o voto.

O Datafolha entrevistou 826 eleitores, durante 23 e 24 de setembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O índice de confiança aponta a chance de o resultado da pesquisa estar dentro da margem de erro estimada. Confira os números:

 

Confira as intenções de voto para a Prefeitura de Fortaleza, segundo pesquisa Datafolha

 

 

Eleitor com ensino superior, renda acima de 5 salários e jovens afirmam não votar no “ideal”

A quarta rodada da pesquisa Datafolha revelou que a maioria dos entrevistados considera o candidato à Prefeitura escolhido “ideal”. São 53%, contra 44% que disseram optar por um nome porque “não há opção melhor”. Outros 3% não souberam responder.

Análise feita pelo O POVO+ revela, no entanto, que há variações dentre os segmentos avaliados: idade, escolaridade, renda, gênero,religião e raça/cor. Uma maioria de insatisfeitos, em números absolutos, está presente em três recortes: os mais jovens, aqueles com ensino superior completo e os que têm renda acima de cinco salários mínimos.

 

O candidato é ideal ou não para o eleitor de Fortaleza?

 

A maior porcentagem dos que alegaram não votar no “candidato ideal” está entre os entrevistados de 16 a 22 anos: 66% disseram optar pelo postulante escolhido por não haver “opção melhor”. Dentre os jovens, apenas 32% estão satisfeitos com o candidato.

Nos demais recortes de idade, a maioria respondeu que votará sim no “ideal”. O percentual de satisfeitos vai aumentando conforme as faixas etárias até atingir o máximo (61%) entre os entrevistados com 60 anos ou mais.

 

Maioria de jovens que diz não ter um "candidato ideal" para votar

 

A pesquisa revelou que 46% dos entrevistados com ensino superior completo consideraram ter escolhido o "candidato ideal". A maioria absoluta (52%) afirma ter optado por um postulante porque “não há opção melhor”. Dentro dos limites da margem de erro, os índices se igualam.

Ainda quanto à escolaridade, os eleitores com ensino fundamental completo pontuaram a maior porcentagem de satisfeitos dentre todos os recortes de segmentos: 62%. Quanto ao ensino médio, 53% diz que votará no candidato ideal.

 

Eleitores com ensino superior completo também não têm o candidato "ideal"

 

Uma maioria de insatisfeitos também se dá entre os entrevistados com maior renda familiar mensal, com uma pequena vantagem. Um percentual de 47% dos que recebem mais de 5 salários mínimos diz que “votará no ideal”, enquanto 50% diz não “haver opção melhor”. Há empate na margem de erro.

 

Eleitores com renda mais alta dizem que o candidato escolhido não é o "ideal"

 

Nos demais segmentos (gênero, religião e raça/cor), todos os recortes apontam uma maioria, em números absolutos, de eleitores que dizem ter escolhido o “candidato ideal”.

 

 

Quem ainda pode mudar o voto?

A duas semanas das eleições, 35% dos entrevistados pelo Datafolha alegaram que o "voto ainda pode mudar" até o pleito. Os ditos "totalmente decididos" pontuaram um índice de 64%, enquanto 1% não soube responder.


64% dos eleitores dizem que estão totalmente decididos em votar em seus candidatos

 

Dentre os segmentos, novamente, os jovens se destacam. Um percentual de 63% dos entrevistados entre 16 e 22 anos respondeu que o voto ainda pode mudar. Foi o único recorte dentre todos os demais (idade, escolaridade, renda, gênero, religião e raça/cor) que o número absoluto de intenção de votos com possibilidade de mudança superou o de "decididos".

O maior índice de eleitores "totalmente" certos do voto está também no recorte de idade. Entre os entrevistados com 60 anos ou mais, 75% disseram estar decididos sobre quem votar.


Enquanto jovens ainda podem mudar, eleitores mais velhos têm voto decidido

 

Em quase todos os outros segmentos, o número de eleitores "decididos" também é superior, mesmo se considerada a margem de erro. Um empate técnico ocorre somente no segmento de raça/cor, no qual os entrevistados negros com voto "decidido" consistem em 50% e os que afirmaram haver chance de mudança, 47%.


Maioria dos eleitores pardos já decidiram o voto

 

 

Metodologia

O Datafolha entrevistou 826 eleitores nos dias 23 e 24 de setembro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O índice de confiança aponta a chance de o resultado da pesquisa estar dentro da margem de erro estimada.

A pesquisa foi contratada pelo O POVO e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número CE-06915/2024.

A seleção de quem responderia ao questionário foi feita em duas etapas. Primeiro, foram sorteadas as regiões e os bairros que fizeram parte da amostra. No segundo momento, foram sorteados os pontos de abordagem onde foram feitas as entrevistas.

Por fim, os entrevistados foram selecionados aleatoriamente para responder ao questionário, de acordo com cotas de sexo e faixa etária, de acordo com os dados fornecidos por TSE (agosto/2024), IBGE (Pnad 2023 e Censo 2022) e dados primários de outros levantamentos do instituto.

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