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Camilo, Lula, RC e Bolsonaro: o peso dos padrinhos políticos em Fortaleza
Reportagem Seriada

Camilo, Lula, RC e Bolsonaro: o peso dos padrinhos políticos em Fortaleza

Pesquisa Datafolha, contratada pelo O POVO, mediu a influência dos padrinhos políticos junto ao eleitorado da Capital. O ministro Camilo Santana (PT) é o que mais influencia, no momento, os votos, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é o que mais causa rejeição
Episódio 3

Camilo, Lula, RC e Bolsonaro: o peso dos padrinhos políticos em Fortaleza

Pesquisa Datafolha, contratada pelo O POVO, mediu a influência dos padrinhos políticos junto ao eleitorado da Capital. O ministro Camilo Santana (PT) é o que mais influencia, no momento, os votos, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é o que mais causa rejeição
Episódio 3
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A eleição para prefeito de Fortaleza tem fatores importantes a serem considerados no cálculo político. Um deles, são os chamados padrinhos políticos: lideranças que exercem influência em pré-candidaturas e parcelas do eleitorado. Pesquisa Datafolha, contratada pelo O POVO, mediu a influência desses atores junto ao eleitorado da Capital.

O levantamento perguntou aos fortalezenses quanto o apoio de determinada liderança política faria com que o voto daquele eleitor fosse direcionado, ou não, para determinada candidatura nas eleições de 2024, revelando o peso de cada padrinho. Veja gráfico abaixo:


 

Neste cenário, o melhor padrinho político é o ministro da Educação e ex-governador, Camilo Santana (PT), com 31% dos entrevistados declarando que votariam “com certeza” no candidato apoiado por Camilo. Na sequência, aparecem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 30%, e o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), com 24% de influência positiva. Considerando a margem de erro da pesquisa, de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, Camilo, Lula e RC estão tecnicamente empatados.

O levantamento lista ainda o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com 22%; o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o governador Elmano de Freitas (PT) com 20%, cada, de eleitores afirmando que votariam com certeza em candidatos apoiados por estes nomes.

Já o padrinho com a maior rejeição, segundo a pesquisa Datafolha, é o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, com 61% dos eleitores ouvidos afirmando que não votariam “de jeito nenhum” em uma candidatura apoiada pelo ex-chefe do Executivo nacional. Posteriormente aparecem Elmano (51%); Ciro (49%); RC (45%); Lula (44%) e Camilo (40%).

Parte dos pré-candidatos da Capital tem ligação forte com esses padrinhos políticos. O presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato do PT, deputado Evandro Leitão, é próximo do ministro Camilo, do presidente Lula e do governador Elmano, todos do PT. André Fernandes, nome do PL para a disputa, é ligado umbilicalmente a Bolsonaro; Já o prefeito e pré-candidato à reeleição José Sarto (PDT) tem ao seu lado outros dois padrinhos listados na pesquisa: O ex-ministro Ciro Gomes e o ex-prefeito RC.

CAMILO SANTANA / LULA / ROBERTO CLÁUDIO / BOLSONARO(Foto: FÁBIO LIMA / José Cruz/Agência Brasil / AURÉLIO ALVES / Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: FÁBIO LIMA / José Cruz/Agência Brasil / AURÉLIO ALVES / Valter Campanato/Agência Brasil CAMILO SANTANA / LULA / ROBERTO CLÁUDIO / BOLSONARO

O ex-deputado Capitão Wagner (União) exalta “não ter padrinho”. Com movimentos de aproximação e distanciamento de Bolsonaro ao longo dos últimos anos, ele terá pela frente uma eleição onde não será diretamente ligado ao ex-presidente.

O pleito na Capital, no entanto, tem exemplos distintos acerca da influência dos padrinhos no desempenho eleitoral dos apadrinhados. Em 2020, o ex-prefeito RC foi peça importante na eleição de Sarto, que o sucedeu. À época, Sarto também contou com apoios de peso num grupo que tinha Ciro, Camilo e outros nomes do grupo governista que caminhava junto.

Já há 20 anos, em 2004, a então candidata Luizianne Lins (PT) foi às urnas sem o apoio de Lula, após ser preterida pela cúpula petista que abraçou o nome de Inácio Arruda (PCdoB). Luizianne sagrou-se vitoriosa naquele pleito, desbancando a influência de petistas de peso.

Para 2024, questões são postas a partir dos dados da primeira pesquisa. Qual a capacidade da dupla pedetista formada (Ciro e RC) influenciar os rumos da pré-candidatura de Sarto? Como a trinca petista (Lula, Camilo e Elmano) vai operar para fortalecer o nome de Leitão? Bolsonaro será agente ativo na campanha de André Fernandes? E Wagner, conseguirá manter a dianteira - ele lidera nas intenções de voto na pesquisa -, sem ceder à força de padrinhos?

A pesquisa Datafolha ouviu presencialmente 644 eleitores de Fortaleza. A pesquisa foi contratada pelo Grupo de Comunicação O POVO, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com número CE-01909/2024 e tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. A taxa de confiança é de 95%.

 

 

Assista ao Pra começo de conversa, um bate-papo sobre com o jornalista Carlos Mazza

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