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Cleide Bernal: Fortaleza, a metrópole solidificada e partida
Reportagem Seriada

Cleide Bernal: Fortaleza, a metrópole solidificada e partida

Autora de A metrópole emergente, a economista e professora analisa os efeitos do processo que ela estudou duas décadas atrás

Cleide Bernal: Fortaleza, a metrópole solidificada e partida

Autora de A metrópole emergente, a economista e professora analisa os efeitos do processo que ela estudou duas décadas atrás
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Há 20 anos, a economista, bancária e professora universitária Cleide Bernal publicou o livro A metrópole emergente: a ação do capital imobiliário na estruturação urbana de Fortaleza (Editora UFC, 2004). A obra analisou o impacto das políticas do ciclo do Governo das Mudanças, conduzido por Tasso Jereissati (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), na construção do espaço urbano de Fortaleza, no período entre 1987 e 2002. Em particular, a pesquisadora analisou os efeitos urbanos de uma política econômica de prioridade para a indústria e o turismo. Passadas duas décadas, ela aponta, a metrópole está consolidada.

Tem o maior PIB e a maior população do Nordeste e explora a força do turismo de praias. Mas, aprofundou os problemas que o livro apontava no início do século: ainda muito pobre, com crescimento das pessoas em situação de rua, sem saneamento básico e com renda que não é distribuída.

Prédio em que Cleide Bernal mora, no Cocó   (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Prédio em que Cleide Bernal mora, no Cocó

Nesta conversa, Cleide Bernal lança olhar para a Fortaleza de hoje, que ergue superprédios, à luz das reflexões feitas 20 anos atrás, quando a metrópole regional de hoje ainda estava emergindo. Ela analisa ainda os ciclos políticos que se sucederam, com Juraci Magalhães — "mais desenvolvimentista do que a Luizianne", segundo ela — a própria Luizianne Lins (PT), Roberto Cláudio (PDT) e José Sarto (PDT), e com Cid Gomes (PSB), Camilo Santana (PT) e Elmano de Freitas (PT) no governo. "Não há um novo projeto", ela considera.

Cleide Bernal tem longa trajetória sindical, como diretora do Sindicato dos Bancários e do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc-Sindicato). Hoje é muito crítica dos rumos que o sindicalismo tomou.

Após cerca de uma década afastada da universidade, após se aposentar, Cleide Bernal faz tratativas com objetivo de voltar a dar aula na Universidade Federal do Ceará. "Eu tive um arrependimento profundo", ri melancólica sobre a aposentadoria. Diz que ficou mais difícil produzir, publicar livros. Por isso pensa em voltar a ser professora. "Não estou esquecida do que eu fiz".

 

 

O POVO - A senhora pesquisou o período de 1987 a 2002 da construção do espaço urbano de Fortaleza. Hoje temos superprédios sendo construídos. O que Fortaleza vive hoje é resultado daquele processo que a senhora estudou lá atrás?

Cleide Bernal - Naquela época, Fortaleza era uma metrópole emergente. como eu chamei no meu livro. Hoje ela é uma metrópole totalmente solidificada. E se solidificou por aquele ramo que eu tanto temia. Foi exatamente o crescimento do turismo de forma desqualificada, sem controle e o foco no turismo de praia. A gente tem uma diversidade de cultura no Ceará, de várias áreas. Isso não tem sido colocado no eixo do turismo.

Tínhamos um centro histórico bonito. Temos a Praia de Iracema. Estão desmanchando (riso triste). Não se tem valorizado os aspectos culturais da cidade nesse crescimento do turismo. Não é dada conotação de que são setores econômicos também fortes e que podem ser valorizados. Continua ao tom de turismo de praia, que resvala nas questões de exploração sexual. É uma coisa muito triste.

A gente continua uma metrópole muito pobre. A periferia continua sendo a vítima desse crescimento. A periferia não teve administrações até agora preocupadas com os serviços básicos de uma metrópole, de que uma cidade precisa. São as necessidades de infraestrutura urbana, ruas, rodovias, acesso aos serviços sociais. Principalmente o serviço que não foi dado a essa população de esgotamento sanitário. Quando chove é um Deus nos acuda. Alagamento se misturando com fezes, com lixo, e as crianças passeando por dentro disso. Falta uma rede de saneamento básico que dê condições de saúde ao povo da periferia.

Essa questão que você abordou, o crescimento, você olha aqui no Cocó, que é um bairro mais novo, as torres vão até o céu. Na Beira Mar, a mesma coisa. Se privilegiou a zona leste da cidade, do Centro para cá e para sudeste, onde se expande a cidade, que é a antiga Água Fria, que hoje tem vários bairros. É a área nobre. E na área nobre da cidade não mora mais de 10% da população. A grande maioria da população está nas periferias.

As administrações municipais não têm primado por este ângulo. Neste ano de eleição, em vez de as pessoas estarem preocupadas com a problemática urbana, estão preocupadas com a questão política. É o que está na boca dos políticos e da maioria da população. Outra questão é o crescimento da mendicância. Nesta área leste da cidade, às vezes há uma família inteira morando debaixo de uma árvore. Criança na rua, crianças pedindo esmola.

OP - Fortaleza tem hoje o maior PIB do Nordeste, é a cidade de maior população depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Isso muitas vezes é dito com orgulho, mas traz muitos problemas embutidos. O que traz de problema e o que há de potencial ainda não aproveitado de ser uma metrópole dessa dimensão?

Cleide - O potencial turístico está sendo aproveitado. As praias, o sol. Nós temos sol o ano inteiro. A maior parte do mundo não tem sol o ano inteiro. Os países da Europa, da América do Norte têm sol três meses do ano e olhe lá. O potencial está sendo aproveitado. Por isso está sendo desenvolvido a questão aeroportuária, a integração com essas outras metrópoles maiores. Mas sempre com viés que privilegia apenas as pessoas que estão nos negócios do turismo e as pessoas que podem pagar as passagens, que subiram muito também nesse tempo de pandemia. Volta à questão da segregação socioespacial, que foi o tema central na minha tese. A segregação era muito forte e continua sendo.

A gente fala de segregação socioespacial quando fala das desigualdades acompanhadas da questão do uso do solo. Os prédios, o desenvolvimento voltado para imóveis de preço elevado, muito alto, que muitas vezes até reduz a ventilação da cidade. Em Fortaleza existem grandes empresas ligadas ao capital imobiliário.

Por que Fortaleza se destacou no Nordeste? Porque os empresários do Ceará são quase todos de origem no Ceará. Isso não acontece em outros estados. Tem muito empresário de fora. Empresário até do exterior, empresário lá do Sul. Aqui nós temos uma forte penetração do capital típico do Ceará, econômico e político também. Quem tem capital manda na política. Esse desenvolvimento privilegia essas parcelas mais elitizadas. Não sou contra o turismo, não sou contra que haja esse crescimento. Mas o que acontece é que há uma segregação muito grande.

A população de periferia vai estendendo cada vez mais, se tornando cada vez mais longe, e os solos urbanos vão se tornando cada vez mais caros. Só tem acesso quem tem um padrão de renda já estabelecido.

Cleide Bernal, economista, bancária aposentada e professora universitária    (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Cleide Bernal, economista, bancária aposentada e professora universitária

OP - Essa característica que a senhora menciona, um empresariado de origem local, tem que tipo de consequência para economia do Ceará?

Cleide - Do ponto de vista puramente do crescimento, isso conta. O grupo M. Dias Branco, que é o maior negócio do Ceará, Edson Queiroz, vários outros grupos de grandes proporções fazem o PIB crescer. O PIB da cidade de Fortaleza é o mais alto entre todas as metrópoles nordestinas. Do ponto de vista econômico, isso é importante.

Para diminuir a desigualdades, tem de haver crescimento também. O crescimento deve ser dividido entre todas as categorias sociais. A questão é que concentra muito nos grupos elitizados, classe média alta, classe alta. E a classe média média vai ficando cada vez mais para baixo e a classe mais pobre também.

OP - Deixa ver se eu entendi essa questão dos empresários. O fato de serem daqui é diferente do que se fossem empresas de São Paulo, por exemplo...

Cleide - A renda vai para lá.

OP - Então, o capital fica aqui, mas fica concentrado.

Cleide - Exatamente. Entendeu tudo.

OP - O período que a senhora pesquisou, de 1987 a 2002, abrange o ciclo Tasso Jereissati, que foi o período também que Fortaleza foi governada pelo Juraci Magalhães, que eram grupos que disputavam poder.

Cleide - A minha pesquisa foi no início dos anos 2000. Nós não tínhamos ainda divulgados os dados do Censo de 2000. Em 2003, eu lancei o meu livro com os dados do Censo de 1991.

OP - Nesse período, Tasso e Juraci travavam uma disputa política. Do ponto de vista de projeto, o que estava sendo confrontado?

Cleide - Vou lhe dizer uma coisa. O Juraci era uma pessoa mais desenvolvimentista do que a Luizianne (risos). Ele fez projetos para a cidade, eu sei disso porque eu fui consultora da Prefeitura de Fortaleza na época do Juraci, e eu e minha equipe, nós montamos um projeto de desenvolvimento da cidade tendo como foco o Centro da cidade.

A parte habitacional, eu fui responsável por esse estudo. Existiam muitos prédios comerciais vazios. As atividades econômicas vieram para a Aldeota e o Centro ficou desocupado, entregue só àqueles negócios para baixo poder aquisitivo, que é o comércio do Centro. Ao mesmo tempo, a população periférica do Centro não tinha acesso a moradia de forma tão fácil.

O meu projeto era pegar esses prédios comerciais e adequá-los a residências de classe média, média baixa, que vive ali perto do Centro. Para que pudesse desenvolver o Centro também com o crescimento dessa população, que residia ali, na periferia do Centro. O que eu chamo de periferia do Centro é a avenida Dom Manoel, a Duque de Caxias, aquelas vias grandes que entornam o Centro.

Cleide Bernal, economista, bancária aposentada e professora universitária, no Parque do Cocó    (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Cleide Bernal, economista, bancária aposentada e professora universitária, no Parque do Cocó

OP - Fortaleza teve crescimento populacional muito grande a partir da metade do século XX. Até que ponto isso foi planejado?

Cleide - O Tasso foi uma grande figura política do Ceará. Um dos responsável pela chamada modernização da economia e da política também. Mas o Tasso é um grande empresário. Não tinha nenhum interesse de fazer um desenvolvimento mais igualitário. O desenvolvimento não foi, vamos dizer assim, redistribuído, porque não havia uma visão desenvolvimentista. Eu digo que o Juraci foi mais desenvolvimentista que a Luizianne porque os projetos do Juraci, a Luizianne, foi logo ela que seguiu ao Juraci e ela não fez.

OP - Depois do ciclo Tasso-Juraci, vem Luizianne, Cid Gomes chega ao governo, depois vêm Roberto Cláudio, Sarto. Nesse período, há um novo projeto de cidade?

Cleide - Não há um novo projeto. Há a chamada modernização da economia, modernização da gestão, foi a ênfase que o Tasso deu no período dele, e os seguidores dele. Expulsar os coronéis e agora nós somos a geração moderna. Mas moderna dentro dos controles do capital, os modelos do capital. E não houve uma redistribuição.

Eu tenho muita vontade de fazer estudo, esperando sair os dados do Censo de 2020. Estão saindo assim, pingados. Eu estou fora também de uma organização educacional, eu também fico com mais dificuldade. Dados sobre renda, população, renda per capita, população economicamente ativa. São dados muito importantes para fazer estudos, comparações.

OP - Então, a senhora entende que pós-Tasso, essa geração de Luizianne e Cid, depois Roberto Cláudio e Camilo, não traz novo projeto para Fortaleza?

Cleide - É o mesmo do Tasso, só que foi deteriorado também. Porque ficou provado por A mais B que essa modernização da gestão não diz tudo. Modernização de gestão é importante, mas não faz crescer e não faz redistribuir. Pode até fazer crescer, como cresceu, mas não redistribuiu. Eu acho que a grande questão desta metrópole, que não é mais emergente, dessa metrópole consolidada, é exatamente a manutenção da pobreza em níveis elevados. Desigualdade muito grande.

O Roberto Cláudio ainda avançou um pouco no sentido de valorizar a participação, fazer crescer, modernizar. Ele pelo menos tinha visibilidade. A gente sabia que o Roberto Cláudio era prefeito de Fortaleza, a gente sabia que ele tinha projetos. Não eram projetos redistributivos, mas tinha projetos. Essa modernização de Fortaleza em termos das vias foi ele que fez. Embora o trânsito em Fortaleza ainda esteja muito ruim.

Assista no O POVO+>> Uma Breve História de Política de Fortaleza

Cleide Bernal, economista, bancária aposentada e professora universitária, observa prédios no Cocó    (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Cleide Bernal, economista, bancária aposentada e professora universitária, observa prédios no Cocó

OP - A sua formação passeia por algumas áreas. Seu doutorado em Economia, mas mestrado em Ciências Sociais.

Cleide - O mestrado foi em Ciências Sociais Rurais e o doutorado em Planejamento Urbano, que era um grupo de arquitetos, geógrafos, antropólogos e economistas. Um curso já preparado para esses públicos. Era multidisciplinar. Eu passei dois anos no Rio de Janeiro e depois passei mais dois anos estudando para terminar a minha tese aqui em Fortaleza. Eu dou à Ciência Econômica, eu já dava um sentido muito político, porque eu dava aula de Economia Política no curso de Ciências Econômicas.

Eu sempre dei curso de economia marxista, economia mais ligada ao ramo da questão mais teórico, vamos dizer assim, progressista. Eu adquiri mais esse patamar de outras disciplinas que eu estudei. Filosofia, sociologia. Estudava com professores de muitos diferentes dos nossos. A economia, ela se assemelha, mas não deve ser uma ciência exata. Ela não é uma ciência exata, mas estão fazendo da ciência econômica uma ciência exata.

Eu não volto a ser uma economista conservadora. Eu nunca fui, na verdade, também. Sempre escolhi, dentro da faculdade, um viés mais desenvolvimentista, mais progressista. Eu enriqueci muito a minha formação depois que eu fiz o doutorado. Eu aprendi muito com a minha relação com a sociedade civil.

OP - Como é estar longe da universidade?

Cleide - Eu estou retornando agora. Vou conversar com o pessoal lá da UFC. A pró-reitora de Gestão está interessada no meu retorno. Agora a gente tem lá uma administração democrática.

OP - Quando a senhora se aposentou?

Cleide - Foi uma loucura que deu na minha cabeça. Até hoje eu me arrependo (risos). Já tem mais de 10 anos.

OP - Por que se arrependeu?

Cleide - Tudo fica muito mais difícil depois que a gente se aposenta. Por exemplo, eu gostava muito de escrever e publicar. A gente vai publicar e sai tudo do bolso da gente e sai muito caro. Ainda publiquei dois livros, tenho publicado em várias coletâneas. Mas tudo fica muito mais difícil. Eu tive um arrependimento profundo (risos desolados). Mas retornar não é fácil.

Cleide Bernal, professora universitária, economista e bancária aposentada    (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Cleide Bernal, professora universitária, economista e bancária aposentada

OP - Li que a senhora andou escrevendo poesia.

Cleide - Eu cheguei a escrever dois livros de literatura. Um de poesia e outro de crônicas políticas. Enveredei por esse caminho porque era um desejo muito grande que eu tinha de sair daquele contextozinho da ciência econômica, que me enquadrava demais. Eu me sentia muito aprisionada dentro dos modelos acadêmicos.

Assim, é uma festa, uma animação, mas você cai na real (risos). Então, eu não publiquei mais nada nesse sentido. Fiz alguns textos sobre turismo, não cheguei a publicar. A parte propriamente do planejamento urbano eu dei uma parada, mas estou retomando também. Existe uma possibilidade muito grande que eu volte para a universidade. Naquela época, eu era um contato entre a universidade e a sociedade civil. Esse tipo de entrevista eu dava quase sempre. Estou querendo voltar. Não estou esquecida do que eu fiz.

OP - A senhora tem trajetória também no meio sindical, dos bancários, dos professores.

Cleide - O sindicato hoje não é mais um sindicato de luta. Quando eu participei da vida sindical, nós tínhamos uma vida sindical 24 horas por dia, era muito intenso.

OP - A senhora questiona o rumo que tomou, pelo menos o Sindicato dos Bancários?

Cleide - Eu lamento. Eu lamento o que se transformou o Sindicato dos Bancários hoje. Agora, eu não boto a culpa só nas diretorias, nas instituições. Houve uma transformação muito forte nos bancos, a questão tecnológica. A automação dos bancos começou antes de qualquer outra área. Foi onde começou tudo. A automação começou a colocar bancário na rua.

O sindicato que não pode se opor a tudo isso. Não pode porque está na ordem do dia. Se a tecnologia só avança nesse sentido de excluir trabalhadores. Eu já era da universidade naquela época, da UFC. Mas eu era (professora em) tempo parcial. Eu me aposentei proporcional do Banco do Nordeste, na época do Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que eles começaram a reduzir o tamanho dos bancos.

OP - Gestão Byron Queiroz.

Cleide - Aí eu não aguentei o Byron. No dia em que eu completei 25 anos de serviço, eu me aposentei proporcional. Perdi o dinheiro. Aí eu vim para a UFC com tempo integral, dedicação exclusiva. Fiquei mais feliz.

Cleide Bernal: conversa ocorreu na academia do prédio, por causa do ar-condicionado    (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Cleide Bernal: conversa ocorreu na academia do prédio, por causa do ar-condicionado

OP - A senhora participou também da Adufc.

Cleide - Participei de uma diretoria e participei de outra do colegiado, o conselho representantes. E depois, já me aposentando, eu fiquei participando do coral da Adufc. Passei cinco ou seis anos cantando (risos).

OP - A senhora pegou um momento de efervescência no meio sindical. E hoje é diferente. O que mudou?

Cleide - Houve arrefecimento das lutas em todos os sindicatos. Foi um momento em que uma política progressista colocou quadros do movimento sindical lá no governo. A CUT ficou praticamente impedida de fazer movimento. Sempre fui muito crítica em tudo. Nunca fui de baixar a cabeça para nada. Eu participei da luta sindical com muita vontade. Mas chegou o momento em que eu dei tchau para CUT. Eu fui uma das primeiras pessoas do Ceará que entrou na direção nacional da CUT. Eu e o Dilmar Miranda participávamos da direção nacional da CUT no Ceará. Depois participei da CUT estadual. O que era para fazer eu fiz. Fiz direitinho (risada). Agora, acho que muita gente não fez.

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