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Ícone pop punk dos anos 2000, Avril Lavigne segue encantando gerações
Reportagem Seriada

Ícone pop punk dos anos 2000, Avril Lavigne segue encantando gerações

Multi instrumentista, cantora, compositora, atriz, dona de uma marca de roupas, de uma linha de guitarras, de perfumes, e filantropa. A rainha do pop punk chega aos 40 anos marcando gerações em duas décadas de carreira, além de enfrentar teorias mirabolantes sobre sua vida
Episódio 36

Ícone pop punk dos anos 2000, Avril Lavigne segue encantando gerações

Multi instrumentista, cantora, compositora, atriz, dona de uma marca de roupas, de uma linha de guitarras, de perfumes, e filantropa. A rainha do pop punk chega aos 40 anos marcando gerações em duas décadas de carreira, além de enfrentar teorias mirabolantes sobre sua vida
Episódio 36
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Estilo tomboy, skate, gravata, muita atitude e rebeldia. Eis alguns dos elementos que uma jovem de 17 anos utilizou para se mostrar ao mundo, na contramão da vibrante música pop, que reverberava no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, com as boybands e com artistas como Christina Aguilera e Britney Spears.

Ela trouxe uma nova perspectiva com sua música e fez milhões de adolescentes se identificarem com suas letras. A “skater girl” cresceu na pequena cidade de Napanee, que faz parte da província de Ontário no Canadá e logo ganhou projeção mundial. Estamos falando de Avril Lavigne.

Avril Lavigne no videoclipe de Sk8ter Boi(Foto: Reprodução/Sk8ter Boi)
Foto: Reprodução/Sk8ter Boi Avril Lavigne no videoclipe de Sk8ter Boi

Mas ela morreu e logo foi substituída. Pelo menos é o que diz uma das mais famosas (e bizarras) teorias da conspiração que circula pela Internet há bastante tempo. Muitos fãs comentam que, aos 19 anos, Avril tirou a própria vida por não conseguir lidar com o estrelato e toda pressão da fama. Em seu lugar estaria uma sósia, chamada Melissa Vandella. Muitas são as especulações e supostas “evidências” nas quais os adeptos dessa teoria se agarram: mudança no timbre de voz, no estilo e aparência.

Com o segundo disco, Under My Skin, trazendo uma sonoridade mais “sombria” e “taciturna” em comparação ao antecessor Let Go, vários fãs enxergaram mensagens subliminares que fortaleceriam a hipótese de substituição da cantora por uma sósia, que poderia estar de luto por ter de abandonar sua antiga vida.


 

A teoria ganha mais força com os próximos discos. Em The Best Damn Thing, Avril se distancia completamente do estilo “tomboy” que apresentava no início de sua carreira e se aproxima mais do estilo pop o aliando ao punk. Usa salto alto de forma mais constante, roupas e acessórios coloridos, além de recorrer a coreografias em seus videoclipes e apresentações.

Uma mudança radical visto que, no início da carreira, afirmou que era algo que jamais faria. Bateu pé quanto a isso, quando a primeira gravadora com quem assinou, a Arista, quis que ela seguisse o mesmo rumo e estilo das artistas populares do momento.

A cantora que fazia covers do Metallica, Green Day e Guns n’ Roses nas primeiras turnês, se sentia cada vez mais “livre e à vontade” para cantar músicas de artistas pop. Aliás, não seria tão incomum já que ela cresceu cantando em igrejas, com influência gospel e country, sendo Dixie Chicks e Shania Twain, algumas de suas referências.

Avril Lavigne in China(Foto: Gen Lu / Wikipedia)
Foto: Gen Lu / Wikipedia Avril Lavigne in China

O fato de Avril ser uma mulher na casa dos 40 anos, que parece não ter envelhecido, é usado para endossar essa teoria da conspiração. Bem, mas caso ainda tenha dúvidas: Avril Lavigne não morreu. Nem foi substituída. O que acontece são apenas os desdobramentos na vida de alguém que amadureceu tendo que enfrentar manifestações etaristas do tipo “conservada no formol”.

As mudanças em questão de aparência, no geral, não tem um fundamento concreto, pois são baseadas em fotos que possuem edição, diferentes iluminações e ângulos, e quanto à voz, com a maturidade, também viria a mudar. De acordo com o fonoaudiólogo Charleston Palmeira, a voz muda com o passar do tempo. Pode acontecer a qualquer momento e por diversos fatores. “A voz como nosso corpo, mente, comportamento pode e vai apresentar mudanças, ganha mais propriedades” diz o profissional. 

Avril no podcast Call Her Daddy(Foto: Reprodução/ Call Her Daddy)
Foto: Reprodução/ Call Her Daddy Avril no podcast Call Her Daddy

Este ano, no podcast “Call Her Daddy”, a cantora comentou sobre a teoria de que ela teria morrido e sido substituída pela gravadora, e em meio a risadas e brincadeiras, define como “algo bobo”:

“Eu acho engraçado. Por um lado todo mundo fala ‘meu Deus, você parece a mesma, você não envelheceu nada!’ e por outro lado tem uma teoria da conspiração, de que eu não sou eu. Honestamente, não é tão ruim, poderia ser pior, tipo, eu tenho [um boato] dos bons.”

Isso surge como um questionamento: artistas nunca podem mudar ou experimentar? Ser uma figura pública não dá direito à mudança de opinião, de estilo, de crenças?

Na faixa “Here’s to Never Growing Up” do seu quinto álbum de estúdio autointitulado Avril Lavigne a cantora “reforça” o início de sua trajetória tanto na letra, (quando canta “Nunca paramos e nunca vamos mudar, diga, você não vai ficar para sempre? Fique, se você ficar para sempre, nós podemos ficar jovens para sempre”) quanto com o visual do videoclipe, reproduzindo o look de “Complicated”. Também na faixa “Rock and Roll” cantando “Deixem que saibam que ainda somos do rock and roll” e no início do clipe fazendo referência ao single “Sk8ter Boi”.

 

 

A luta contra a doença de Lyme

Apesar da teoria de morte e substituição não passar de boatos, Avril de fato passou por uma experiência de quase morte. Em 2014, a cantora contraiu a doença de Lyme, algo que a fez parar sua vida e carreira. De início, a canadense relatou se sentir extremamente cansada durante a turnê de divulgação de seu quinto álbum, o Avril Lavigne.

Suores noturnos e sintomas de gripe foram o que a fizeram recorrer a seu médico pessoal, mas sem sucesso quanto a um diagnóstico preciso. Após a situação se prolongar, e a cantora procurar vários profissionais, que lhe deram a mesma resposta: “síndrome da fadiga crônica” ou que ela poderia simplesmente estar deprimida, a artista sentia que era algo mais e procurou se informar até encontrar um especialista na doença de Lyme e a análise foi certeira.

A doença de Lyme é uma infecção causada por um tipo de bactéria transmitida por carrapatos. Ela provoca lesões na pele, no sistema nervoso central e periférico e no coração, além de dores nas articulações.

Show de Avril Lavigne no Brasil, quando só suspeitava estar doente(Foto: Breno Galtier)
Foto: Breno Galtier Show de Avril Lavigne no Brasil, quando só suspeitava estar doente

Avril relata ter sido uma das coisas mais difíceis que já teve de enfrentar, um período sombrio e pesado, o qual a deixou de cama por vários meses. A cantora mal conseguia levantar, se mover ou mesmo respirar, e dizia já aceitar que morreria.

Antes de vir a público e revelar o que estava acontecendo, Lavigne relutava contra a enfermidade e contra o que sentia: “Nas redes sociais, eu fingi uma certa coragem. Eu não queria que a doença fizesse parte da minha identidade. Então, quando eu conseguia levantar da cama, imediatamente me maquiava e tirava uma foto. Fingia que minha vida era maravilhosa”.

Avril divulgou para a mídia o diagnóstico da doença em 2015, durante o lançamento da música single “Fly” temática da Paralimpíadas. A cantora contou que queria ser corajosa e dizer ao mundo o que estava acontecendo. Nos anos seguintes, passou a maior parte do tempo em tratamento e repousando.

 

 

Mantendo a cabeça acima d’água

Grande parte da inspiração para o sexto álbum, veio de toda a batalha contra a síndrome de Lyme. Lavigne relata que o single, que leva o nome do disco, veio de forma bastante natural:

“Eu estava literalmente deitada na cama, aceitando que ia morrer e oh, tenho uma música! E então peguei meu celular, e a música simplesmente se canalizou através de mim, toda a letra e o conceito.”

“Senti, naquele momento, que eu estava embaixo d'água, tentando ir à superfície respirar. De modo que murmurei: 'Deus, mantenha minha cabeça acima da água.”

Imagem promocional do single Head Above Water(Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Imagem promocional do single Head Above Water

A produção marcou o retorno da cantora depois de quase seis anos do último lançamento. Para ela, todo o processo de criação do álbum, foi uma “trajetória emocional” em que estava basicamente cantando sua vida: "Eu estava muito nervosa, achei que minha voz não sairia ou estaria diferente. Mas Deus olhou para mim e disse: 'Não, você vai continuar fazendo música.”

Capa do single Head Above Water(Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Capa do single Head Above Water

A artista diz que o que tira de bom dos anos nebulosos que passou, foi de ser mais presente, de aproveitar a família e não ser um robô, indo de disco a turnê, de turnê a disco. Ela descreve o álbum como “íntimo, dramático, cru, poderoso, forte e inesperado”. Porém, à vista comercial, de todos os trabalhos da canadense, esse foi o de desempenho mais baixo, sendo o primeiro a não entrar no top dez na primeira semana de lançamento.

Como um todo, Head Above Water alcançou as 10 primeiras posições em oito países.

 


Rockstar e filantropa: The Avril Lavigne Foundation (Rocks)

Desde os primeiros anos de sua carreira, Avril esteve envolvida com a filantropia. De alguma forma sua música e trajetória, sempre se aliaram às várias causas humanitárias.

Em 2010 criou a The Avril Lavigne Foundation, uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de apoiar pessoas com doenças graves, deficiências e necessidades especiais. A instituição dedica-se também ao fomento da conscientização sobre doenças autoimunes e condições raras, temas que estão intimamente ligados à experiência de Avril Lavigne, que lidou com a doença de Lyme.

A entidade se concentra em duas áreas principais: apoiar aqueles com doenças crônicas e deformidades físicas, e promover o acesso a atividades recreativas e de integração social, incluindo programas de música e arte. O projeto tem parceria com outras instituições, como Easter Seals, Make-A-Wish Foundation e Fundação Nancy Davis.

A organização também se apresenta com o acrônimo R.O.C.K.S, significando: Respeito (Respect), Oportunidade (Opportunity), Escolhas (Choices), Conhecimento (Knowledge) e Força (Strength).

 


O início da futura rainha do pop punk

Avril Ramona Lavigne nasceu em 27 de setembro de 1984 em Belleville, cidade do Canadá. Filha do meio da anglo-canadense Judith Rosanne Loshaw e do francês Jean-Claude Joseph Lavigne, — não à toa o primeiro nome da cantora significa abril em francês — irmã de Matthew Lavigne (o mais velho) e Michelle Lavigne (a mais nova), a pequena estrela já começara a brilhar em casa, quando aos dois anos, cantava a letra do hino cristão “Jesus Love Me”.

Avril em sua infância(Foto: Reprodução / Acervo pessoal)
Foto: Reprodução / Acervo pessoal Avril em sua infância

Criada em uma família ligada à igreja Batista, suas primeiras experiências foram com música gospel, e em feiras locais na pequena cidade de Napanee, a qual a família Lavigne se mudou em 1989. “Sempre havia música na igreja. Foi onde comecei.”

Aos dez anos de idade, Avril foi para a frente do coral da igreja e cantou seu primeiro solo durante uma produção de Natal. No meio do show, foi até o centro do palco e cantou um minuto de “Perto do Coração de Deus”. Apesar de toda a atenção estar voltada à menina de cabelos claros e vestida como um anjo, ela não se sentia nem um pouco nervosa.

Essa se torna uma característica marcante ao longo de sua trajetória: antes mesmo de alcançar o estrelato e o mainstream, todos que tiveram contato com a garota, relataram: ela sempre se mostrava autoconfiante.

Na pequena cidade de Napanee, sempre havia feiras locais e shows de talento nos quais a menina participava, além dos karaokês, em que ela podia cantar as canções de seus artistas favoritos — que na época, se distanciavam bastante dos gêneros pelos quais ficaria conhecida — já que country e gospel eram os tipos de música a que ela tinha acesso.

A cidade interiorana seguia o ritmo de várias outras do Canadá e Estados Unidos: calma e voltada para esportes. Logo, Avril queria seguir os passos do irmão, que praticava esportes. “Se ele jogasse hóquei, eu tinha que jogar hóquei. Se ele jogasse baseball, eu também queria.”

E ela fez as duas coisas. Costumava ir para o lago congelado perto de casa e praticar suas habilidades, e todo esforço deu resultado, Avril ingressou em uma liga masculina de hóquei e se destacou, ganhando duas vezes o prêmio de “jogador mais valioso”.


O desejo de Avril de jogar beisebol, como seu irmão mais velho, também se tornou realidade, e ela começou a lançar para um time local.

Anos mais tarde, as experiências e atividades que Avril costumava fazer, descrevendo a vida em uma cidade interiorana, se tornaram parte da letra de “My World” incluída no seu disco de estreia Let Go.

A canadense costumava dizer que não era uma garota feminina, e constantemente entrava em brigas com garotos e não usava muita maquiagem.

Os pais de Avril, sempre a incentivaram a cantar e a estar em contato com música. Aos 12 seu pai fez do porão de casa uma espécie de estúdio. A garota relata que a primeira música que aprendeu a tocar foi “Fly Away”, de Lenny Kravitz.

 


Primeira grande oportunidade

Avril segurando foto autografada por Shania Twain(Foto: Reprodução Acervo pessoal)
Foto: Reprodução Acervo pessoal Avril segurando foto autografada por Shania Twain

Em 1998, Avril entrou em um concurso, organizado pela rádio Country 96 FM, de Ottawa. O prêmio, era a chance de se apresentar ao lado da estrela Country Shania Twain. No meio de vários CDs, fitas e vídeos, Lavigne foi a escolhida. O que a rádio e, principalmente Shania, queria, era dar a um jovem aspirante, uma grande oportunidade.

Sue Gordon, que na época era a co-apresentadora do programa matutino da Country 96 FM, diz que quando a fita de Avril chegou, ela tinha um som fabuloso, pungente, cru e incrível: “Ela era afinada e cantava com muita segurança. Ela realmente se destacou", afirma. Sue ainda diz que esperava encontrá-la nervosa e cheia de ansiedade, no entanto a realidade foi outra: deparou-se com uma garota corajosa, decidida e centrada, bem confiante de sua capacidade. 

A garota quis muito ter se encontrado com Shania antes da apresentação, mas não teve a oportunidade. Assim, seu primeiro contato com a artista country foi na frente de 30 mil pessoas. Muito resoluta, Avril entrou no palco, como se já o dominasse, com uma determinação admirável.

 

  

Confira a linha do tempo da discografia de Avril Lavigne

 

Com uma trajetória marcada por seu estilo autêntico e letras empoderadoras, Lavigne conquistou o público global, acumulando vendas que ultrapassam 40 milhões de álbuns e 30 milhões de singles. Sua influência continua a ser sentida, inspirando novas gerações de artistas femininas a explorarem o universo do pop-punk.

Assim, ela se torna a quarta artista feminina canadense mais bem-sucedida da indústria musical. Ao longo de sua carreira, a cantora recebeu oito indicações ao Grammy e conquistou nove prêmios Juno, solidificando seu lugar no cenário musical. Além disso, foi a primeira cantora a atingir a marca de 100 milhões de visualizações no YouTube com o videoclipe de "Girlfriend". 

 

 

Affairs, namoros, casamentos

Avril escreveu muitas músicas sobre amor e relacionamentos, sendo algumas inspiradas em sua vida pessoal. Namorou diferentes personalidades e casou-se duas vezes. Um de seus primeiros namorados, e que muitos acreditam ser inspiração para a faixa Losing Grip, foi Blake Thompson.

Eles namoraram entre 1999 e 2001. Um tempo após o término, Blake decidiu lucrar com a imagem de Avril, que estava em evidência após o lançamento de seu primeiro álbum, e colocou à venda no eBay cartas de amor que a cantora lhe escreveu na época em que estavam juntos, argumentando que aquele material seria fundamental para transformar Avril no sucesso que ela se tornou. Ao saber disso, a canadense contatou seus advogados e as vendas no site foram obrigadas a parar, pois estariam violando os direitos autorais de Lavigne.

A cantora já revelou ter se apaixonado por todos os membros de sua banda em diferentes épocas, mas nunca chegou a engatar um relacionamento com nenhum deles. Mas houve rumores de que ela e Jesse Couldburn, (seu guitarrista de 2002 a 2004) ficaram bem íntimos, sendo flagrados em situações nas quais não pareciam ser “apenas amigos” ou somente colegas de banda.

Avril e Deryck Whibley em seu casamento(Foto: Reprodução )
Foto: Reprodução Avril e Deryck Whibley em seu casamento

Deryck Whibley foi um dos relacionamentos mais longos da loira, permaneceram juntos de 2004 a 2009. Os dois se conheceram em 2002, mas o romance só engatou dois anos depois. Em junho de 2005, durante a estadia em Veneza, o vocalista do Sum 41 propôs noivado a Avril e, no ano seguinte, aconteceu o casamento em uma propriedade privada em Montecito, na Califórnia, para 110 convidados. Eles venderam suas casas em Toronto e se mudaram para uma mansão em Bel Air. Referências ao relacionamento dos dois apareciam nos videoclipes da cantora, muitas vezes com a iniciais “A+D”.

Em 2009 o casal se separou, de acordo com a cantora, por conta de “desacordos irreparáveis”. Apesar de tudo, após o divórcio, mantiveram uma relação amigável, chegando inclusive a fazerem tatuagens juntos em comemoração aos 30 anos de Deryck. Whibley também ajudou na produção de Goodbye Lullaby, e foi uma das participações especiais na turnê mais recente da artista.

Após a separação, Avril foi vista com nomes como Justin Murdock e Wilmer Valderrama, mas nada concreto.

No ano de 2010 passou a namorar o modelo e personalidade da TV norte-americana Brody Jenner, conhecido pelos reality shows The Hills e Keeping Up With The Kardashians. Ambos fizeram tatuagens juntos ao longo do relacionamento e Brody foi inspiração de algumas músicas do disco Goodbye Lullaby como podemos perceber na letra da faixa Smile em que ela canta “Me lembro de dar uns amassos e depois, oh, oh, acordei com uma tatuagem nova, seu nome estava em mim e meu nome estava em você, eu faria tudo novamente”.

Avril Lavigne e Brody Jenner(Foto: Marc Piasecki/Filmmagic)
Foto: Marc Piasecki/Filmmagic Avril Lavigne e Brody Jenner

O namoro atraiu bastante atenção do público e da mídia, com os dois sendo vistos constantemente juntos em festas, eventos, shows e nas redes sociais. Em 2012 o romance chegou ao fim, e de acordo com algumas pessoas próximas, foi por conta das agendas lotadas de ambos.

O relacionamento que viria a culminar em seu segundo casamento, foi com o vocalista do Nickelback, Chad Kroeger. Eles se conheceram em 2012 durante a produção do quinto álbum da cantora, e a princípio o que era apenas uma parceria profissional, com o tempo se transformou em uma amizade que levou a algo a mais.

Eles mantiveram o envolvimento bem discreto, de modo que chamou atenção da mídia quando pouco tempo depois, anunciaram o noivado em agosto do mesmo ano. A cerimônia aconteceu em julho de 2013, no Chateau La Napoule, em Mandelieu, na França, em uma celebração íntima com os parentes e amigos mais chegados.

Avril Lavigne e Chad Kroeger(Foto: Print Instagram da cantora)
Foto: Print Instagram da cantora Avril Lavigne e Chad Kroeger

Em 2015, Avril anuncia o fim do casamento, deixando os fãs surpresos. Acredita-se que a doença de Lyme, a qual a canadense vinha enfrentando, pode ter enfraquecido o relacionamento, ao passo que Chad também passava por problemas de saúde. Pessoas próximas do casal, comentaram que eles conversavam sobre ter filhos, mas nunca aconteceu, e o círculo de amizade dos dois também acabou não se misturando. Como a princípio, se juntaram para gravar um disco, foi onde a chama se iniciou, mas com o tempo ela gradualmente foi se apagando.

Entre 2018 e 2019, a loira se relacionou com o bilionário Phillip Sarofim e em 2020 com o músico Pete Jonas. Ainda no mesmo ano, a cantora trabalhou com o músico Mod Sun resultando na faixa Flames e parceria criativa marcou o que viria a se tornar um namoro. O envolvimento dos dois foi marcado não só pelo romance, mas também pela intensa paixão pela música e arte.

No ano de 2022, a artista foi pedida em casamento, durante uma viagem romântica a Paris. Muitos fãs viam Mod Sun como um apoio importante à Avril para sua recuperação emocional, devido aos desafios de saúde que passou. Contudo, em 2023 o noivado chegou ao fim, ao que uma fonte próxima à cantora disse que a canadense havia percebido que o relacionamento não era bom para sua vida.

Avril Lavigne e Mod Sun(Foto: Gilbert Flores / Reprodução Variety)
Foto: Gilbert Flores / Reprodução Variety Avril Lavigne e Mod Sun

Pouco tempo após o fim não muito amigável do noivado com Mod Sun, Avril foi vista com o rapper Tyga, que chamou muita atenção, ao presenteá-la com uma uma corrente de diamante no valor de 80 mil dólares. A peça exclusiva (um colar com 50 quilates de diamantes brancos, pretos e safiras rosas com o nome da artista no centro) foi encomendada para sua amada com o joalheiro do rapper, Eric Mavani. Meses depois o namoro chegou ao fim. 

Neste ano foi noticiado que Avril teria um affair com o cantor country Nate Smith.

 

 

Ícone que marcou gerações

É inegável a influência da cantora seja na música ou em estilo. No início dos anos 2000 a menina que aparecia com regatas brancas e calças largas, tênis, braceletes de spikes e gravata não imaginava que ela se tornaria até “fantasia de Halloween”. O estilo tomboy de Avril logo se tornou uma de suas principais marcas.

“No meu primeiro show, eu tinha 17 anos, foi em algum lugar de Vancouver, foi uma espécie evento de preparação para mim, era em um clube e era minha primeira ‘apresentação de verdade’ e eu lembro de estar no camarim e ver os fãs em fila para me ver e as garotas estavam todas vestidas como eu, e era o primeiro show, então desde o início, já era algo [consolidado]”

A artista fala que acha muito legal e engraçado como os fãs acompanham e reproduzem sua mudança de imagem ao longo da carreira.

Avril Lavigne e Billie Eillish(Foto: Reprodução / Instagram Billie Eillish)
Foto: Reprodução / Instagram Billie Eillish Avril Lavigne e Billie Eillish

“No meu segundo álbum, Under My skin, eu passei a usar mais calças bondage e mechas escuras por baixo, e as garotas usavam as mesmas calças e pintavam o cabelo de loiro com mechas pretas por baixo e olho preto bem evidente e por conta do meu terceiro álbum, o The Best Damn Thing, apareciam com uma mecha rosa bem marcada.”

O estilo da cantora passeou pelo tomboy ao rock glam, sempre resgatando algum elemento do início de sua carreira. Quando questionada sobre três peças essenciais em seu guarda roupa, as escolhas são: moletom de capuz oversized, calça bondage e botas estilo coturno.

A atitude rebelde, uma postura considerada “insolente” e indiferença em suas primeiras entrevistas e divulgações, consolidou a imagem da estrela do pop punk, apesar de Avril revelar que é tímida, e que as pessoas quando a conhecem se surpreendem ao relatar que ela é muito meiga e doce.

A canadense influenciou o trabalho de vários artistas, sendo Billie Eillish uma delas. Billie diz que as músicas de Lavigne marcaram sua infância e adolescência, que a aparência de “moleca skatista” sempre lhe chamou atenção e motivou muito do que ela faz até hoje.

Outra cantora inspirada por ela foi Olivia Rodrigo, que fala sobre o quanto Avril quebrou barreiras e abriu portas para as garotas. A dona do hit “good 4 u” manteve no setlist de uma de suas turnês o sucesso “Complicated”, primeiro single de Lavigne e aponta ter seguido o direcionamento similar ao da canadense em algumas de suas canções.

A habilidade de Avril se reformular enquanto retém sua essência, é um dos motivos pelos quais ela se mantém como um símbolo tão marcante, inspirando diversos jovens na música e na moda. 

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