É preciso olhar para a arte de Antônio Bandeira com olhos despretensiosos. Deixar-se levar por cores, formas, texturas e perceber-se envolto em sensações. Conhecer a história do homem por trás dessa criação torna esse encontro um tanto mais sedutor. Sim, a obra e a figura de Bandeira seduzem. Não à toa, ultrapassaram os limites de Fortaleza, produziram ecos no Brasil, alcançaram o mundo, que hoje o reconhece e reverencia.
Este caderno, uma homenagem ao artista na data que marca os 50 anos de sua morte, traz um apanhado de histórias que buscam reconstruir a trajetória de Antônio Bandeira, analisando o valor de sua obra e o que o tornou um ícone das artes plásticas mundo afora. Mas essas histórias descortinam, sobretudo, um homem apaixonado pela terra natal, por sua rede, sua família e seus amigos.
Ao longo das próximas páginas, refazemos percursos que se entrançam desde a fundição de Sabino Bandeira, onde o menino Antônio fez os primeiros rabiscos, às exposições nos salões europeus, e mostramos o papel determinante que o artista teve para o fortalecimento da arte no Ceará. Um caminho alinhavado por afetos, fogo, poesia e muita luz.
Este especial foi veiculado no O POVO em 6 de outubro de 2017, em impresso, online, além de um documentário que busca recontar uma parte importante da história de Antônio Bandeira por meio de imagens e depoimentos de familiares e amigos, que destacam o quanto o pintor amava a arte que fazia e, principalmente como sua terra natal o inspirava.
Uma marca que segue viva 50 ano após a morte do cearense cuja obra reinventou fronteiras geográficas e artísticas