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A força das arquibancadas: conheça torcidas organizadas alternativas de Ceará e Fortaleza
Reportagem Especial

A força das arquibancadas: conheça torcidas organizadas alternativas de Ceará e Fortaleza

O POVO fez levantamento dos principais movimentos e torcidas alternativas dos dois maiores clubes do Estado

A força das arquibancadas: conheça torcidas organizadas alternativas de Ceará e Fortaleza

O POVO fez levantamento dos principais movimentos e torcidas alternativas dos dois maiores clubes do Estado
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Elas ocupam lugares cativos nos estádios, agitam bandeiras, participam de mosaicos e cantam músicas de incentivo ao time. Em meio às torcidas organizadas de massa de Ceará (Cearamor e Mofi) e Fortaleza (TUF e JGT), existe um outro lado, menos badalado, de torcidas organizadas 'alternativas', que também ajuda a fazer a diferença no espetáculo dos jogos dos dois principais clubes do futebol cearense. O POVO fez um levantamento dos principais grupos e coletivos de torcedores, com experiências enraizadas nos lados alvinegro e tricolor.

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A apuração mostrou que esses grupos apresentam, além da paixão por suas equipes, vários pontos em comum. Um deles é a tradição da reunião duas ou três horas antes dos jogos para um momento de 'esquenta', geralmente regado a bate-papo e música em bares e praças nos arredores dos estádios. Nos jogos fora de casa, esses movimentos também se reúnem para acompanhar as partidas. Nas partidas mais importantes e próximas da capital cearense organizam caravanas para apoiar as equipes. Entre outras características, os grupos ocupam lugares nas arquibancadas sem uniforme padrão da torcida e são formados quase que em sua totalidade por sócio-torcedores das equipes que torcem. Outra marca registrada são ações solidárias. Assim com as grandes organizadas, as ‘alternativas’ também fazem arrecadação de alimentos não perecíveis para doação e realizam de sopões para pessoas carentes.

No lado alvinegro, um dos grupos mais tradicionais é o "Setor Alvinegro", que marca presença nos jogos do Ceará há uma década. A iniciativa surgiu em 2009 como ‘movimento’, mas logo se popularizou e ganhou status de torcida organizada. Hoje, o grupo conta com mais de 1000 integrantes. “O que nos diferencia é o nosso estilo inspirado nas torcidas argentinas e que também é popular no Rio Grande do Sul, com muitos bandeirolas e trapos. A gente empurra o time nos 90 minutos e canta várias músicas. Uma delas, a “Ceará estaremos contigo” é cantada por toda a torcida”, destaca Iann Chagas, diretor de marketing da Setor Alvinegro, que costuma ocupar a área superior central do Castelão, na altura do portão H.

Torcida Setor Alvinegro, do Ceará
Foto: Reprodução / Facebook
Torcida Setor Alvinegro, do Ceará

Outro grupo ligado ao Vovô de características bem peculiares é o “Cangaceiros Alvinegros”, que, seguindo à risca o nome que carrega, conta com integrantes vestidos com trajes típicos do nordestino, com gibão e chapéu de couro. “Começamos em 2011, como um movimento cultural. O nome Cangaceiros veio a partir de um episódio de preconceito que sofri acompanhando um jogo do Ceará no Rio de Janeiro, em que fui chamado de ‘cangaceiro comedor de calango’. Daí resolvi pegar isso a meu favor. Pregamos o orgulho nordestino e levamos essa cultura para as arquibancadas. Hoje somos um movimento de 400 torcedores fieis, todos sócios”, explicou Mário Veríssimo, líder da torcida. O grupo tem sede própria, no bairro São João do Tauape, onde se reúne para acompanhar os jogos e fazer o tradicional ‘esquenta’.

No lado tricolor, um dos movimentos alternativos mais populares é a Fortaleza Beer, que conta com mais de 400 associados. Com presença cativa no setor H da arquibancada superior central da Arena Castelão, a torcida se destaca por levantar a bandeira da paz e manter uma relação saudável com torcidas organizadas do Ceará. “Nós somos uma torcida chopp, que é um movimento que vem crescendo dentro do País. Apoiamos o clube com muita alegria nas arquibancadas. Brincamos que o nosso lema é futebol e cerveja. Mas a nossa maior referência é boa convivência com as torcidas do time adversário. Temos ações sociais com a Ceará Chopp e Ceará Cana, por exemplo”, destaca Luana Cavalcanti, diretora-geral da Fortaleza Beer. Ela lembra que o grupo também é parceiro das outras duas principais organizadas do Fortaleza. “Na arquibancada, o pessoal da TUF veste branco. A JGT veste azul. E nós, vamos de vermelho. Assim, ajudamos a deixar as arquibancadas harmonizadas, com as cores do Leão”, pontua.

Fortaleza Beer, torcida do Fortaleza
Foto: Arquivo pessoal / Fortaleza Beer
Fortaleza Beer, torcida do Fortaleza

Assim como o Alvinegro, o Fortaleza também tem sua torcida com inspiração argentina, a Bravo 18. No estádio, o grupo se diferencia pelos trapos e bandeirolas tricolores, além da banda formada por instrumentos típicos, como o bumbo e os trombones. Com o lema "sem demonstrar cansaço", a Bravo 18 tem uma ideologia baseada em cinco pilares: usar camisas do Fortaleza nos jogos, não sentar durante o jogo, associar-se ao programa de sócio-torcedores, apoiar e cantar os 90 minutos e não utilizar o celular durante o jogo.

Ao O POVO, as torcidas e movimentos organizados de Ceará e Fortaleza informaram que o acesso para fazer parte desses grupos é facilitado e o contato deve ser feito nas ferramentas de bate-papo das páginas oficiais das torcidas nas redes sociais Facebook e Instagram.

Nesta quarta-feira, confira segunda parte do especial, focado nas torcidas antifascistas de Ceará, Fortaleza e Ferroviário

Veja como localizar as torcidas nas redes sociais

Fortaleza

- Fortaleza Beer

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- Bravo 18

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- Leões Open Bar

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- Amigos do FEC

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Ceará

- Setor Alvinegro

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- Ceará Chopp

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- Cangaceiros Alvinegros

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- Torcida Ceará Gospel

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