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Agora na Série B, Fortaleza votará orçamento de 2026 na próxima semana
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Coordenador do Esportes O POVO. Jornalista curioso sobre os bastidores do mundo da bola e apaixonado pelo jogo nas quatro linhas

Agora na Série B, Fortaleza votará orçamento de 2026 na próxima semana

Na segunda-feira, 15, conselheiros do Tricolor tomarão conhecimento da previsão de receitas e despesas para a próxima temporada
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Escudo do Fortaleza na camisa do uniforme de jogo (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC Escudo do Fortaleza na camisa do uniforme de jogo

Rebaixado no último domingo, 7, o Fortaleza terá de ser ágil para se adaptar à realidade da Série B. Na próxima segunda-feira, 15, o Conselho Deliberativo votará os orçamentos de 2026 da associação e da SAF, com reduções drásticas nos valores em relação a 2025.

A coluna apurou que a previsão de arrecadação no próximo ano gira em torno de R$ 170 milhões — uma queda de cerca de R$ 200 milhões. O cenário financeiro de um eventual rebaixamento já era tratado internamente há cerca de um mês, com reuniões entre diretorias da associação e da SAF e dos respectivos Conselhos Fiscais.

"A gente, administrativamente, programou os dois cenários, já tem um encaminhamento de cenário 1 e cenário 2. [...] A gente já vinha programando as duas possibilidades, que é normal. O gestor tem que ter os dois cenários, até porque tem uma questão obrigatória de apresentar o orçamento para o Conselho Deliberativo. Então, junto com o Conselho de Administração (da SAF), a gente já vinha fazendo isso. É uma queda financeira, e a gente tem que se adequar", explicou o CEO Marcelo Paz, em entrevista coletiva no domingo.

O Tricolor terá de readequar o corpo de funcionários da parte administrativa e o futebol também será afetado, sobretudo o elenco de jogadores. Será necessário enxugar a folha salarial e negociar atletas para amenizar o passivo.

Para 2025, o orçamento da SAF do Leão previa R$ 374,7 milhões em receitas — o maior da história do clube —, turbinado por valores da Liga Forte União (LFU) e direitos de transmissão. Este segundo item, por exemplo, correspondia a R$ 85 milhões. Haverá uma queda considerável no próximo ano, já que a cota da Série B rende cerca de R$ 12 milhões.

Havia também, nesta temporada, R$ 27,5 milhões estimados com participação e premiação em competições, incluindo a Copa Libertadores e a possibilidade de participação na Sul-Americana. O cenário muda em 2026, já que não haverá torneios internacionais e, das competições que o Fortaleza disputará, somente a Copa do Brasil e o Nordestão pagam premiações por avanços.

Outras fontes de receitas também sofrerão queda com o rebaixamento para a Segundona, como bilheteria, programa de sócio-torcedor, venda de produtos, patrocínios...

"Tem que ter humildade de dar um passinho para trás. Reestruturar tudo que puder ser reestruturado, dentro de um padrão de Série B. Tem que comunicar isso muito bem ao torcedor, para o torcedor entender que, em 2026, não vamos mais ser aquele time que gasta milhões para contratação, que vai ter salários muito altos. Não vai ser. Não pode ser. Tem que ter humildade mesmo de dar um passinho para trás, reestruturar, reorganizar, para, quem sabe, dar um salto mais para frente, projetando um acesso", ponderou Marcelo Paz.

Além da votação dos orçamentos de 2026 da associação e da SAF, os conselheiros do Tricolor também terão de fazer a apreciação das contas do terceiro trimestre de 2025.

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