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Time reserva do Grêmio foi como a sopa no mel para o Fortaleza
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Time reserva do Grêmio foi como a sopa no mel para o Fortaleza

CLARO que o Grêmio, quando lançou mão do seu time reserva para enfrentar o Fortaleza, não teve a intenção de perder. O clube gaúcho tinha lá suas razões, pois a prioridade para ele é a Libertadores, logo pouparia os titulares. Explica-se. No Brasileirão, a possibilidade do Grêmio chegar ao pódio é mínima. Na Libertadores, ele disputa a vaga com o Flamengo para ir à final. Um deles enfrentará um clube argentino na grande decisão.

PARA o Fortaleza, caiu a sopa no mel. Entre enfrentar a força máxima do Grêmio e o time totalmente reserva, a diferença é enorme. Reserva é reserva, titular é titular, e estamos conversados. É assim que as coisas funcionam no futebol, desde que o mundo é mundo e a bola é redonda. O mais é papo furado e conversa para encher linguiça.

MENOS que a turma da laranja do Grêmio seja ruim. Não é. Mas também não é esses balaios. Tanto que Renato Gaúcho, ao sentir que a derrota se desenhava, apelou para alguns titulares, entre eles o Cebolinha. Não houve mais jeito. O que estava feito pelo Fortaleza não se desmancharia. Ou seja 2 a 1 e merecidamente. Pior para o Grêmio, ótimo para o Tricolor.

PAPEL BEM CUMPRIDO

DESTA vez, Ceni não inventou, nem repetiu a gambiarra usada contra o Flamengo. Mas isso é página virada. Contra o Grêmio, a história foi outra, o enredo diferente e o papel bem cumprido.

PRIMEIRO, porque lançou mão dos titulares ao seu dispor e a forma ofensiva do Tricolor de jogar, como sempre o fez. Tudo isso combinado com a boa atuação do veterano Wellington Paulista, na sua melhor apresentação com a camisa tricolor. A boa postura da defesa, especialmente do veterano Paulão, que se encaixou bem com Quintero, pois é quarto-zagueiro de ofício. Sua vinda para o Fortaleza - convém lembrar - foi indicação do ex-técnico Zé Ricardo.

MESMO assim, embora com reservas, o Grêmio assustou abrindo o placar, dando a impressão de que engrossaria o caldo. Até podia, não fora a reação do Fortaleza. Como Renato Gaúcho não prioriza retranca nos times que dirige, o Grêmio pressionou no segundo tempo. Não funcionou.

CADA PALMO DO CHÃO

FORTALEZA foi tentar de todas as maneiras, e por todos os meios, tirar a diferença. Um empate seria menos doloroso, mas o foco era a vitória. Havia necessidade dela, pela colocação do time no Brasileirão e pelo o que três pontos nesta fase da competição podem representar.

PRECISAMENTE aí foi onde Wellington Paulista virou protagonista da partida, empatando em lance bem ao feitio de quem é atacante de oficio e conhece cada palmo daquele chão. Para compensar, ajudado pela experiência que tem de sobra no ramo, tantas as camisas vestidas neste futebol brasileiro. A idade pode até pesar, mas o caminho das redes, ele o conhece de sobra.

DEPOIS do empate, o Tricolor foi buscar a vitória. Essa veio em outro lance do WP9. lançando Osvaldo que entrava livre pela esquerda. Só teve o trabalho de concluir para as redes. Estava consolidado o vira-vira, estava cravada a vitória do Fortaleza.

À FLOR DA PELE

O QUE o Grêmio imaginou que poderia ser fácil, mesmo com seus reservas, ganhar aqui dentro entrou pelo cano. Foi então que bateu o desespero e a ansiedade em Renato Gaúcho. O jeito era ir pro tudo ou nada. Foi quando fez entrar em campo o Everton Cebolinha e o veterano Tardelli. Até havia tempo, acontece que o Ceni também tomou suas precauções, lançando mão de Bonilha e Marlon para guarnecer a meia-cancha. Era em cima do desespero do Grêmio que Ceni tinha de apostar. Time ansioso, os nervos ficam à flor da pele. Time desesperado tropeça em suas próprias pernas. Os 2 a 1, enfim, caíram do céu para o Fortaleza.

COMO SAIR DO SUFOCO

NESTA segunda-feira, 21, cedo da noite, será a vez do Ceará tentar sair do sufoco, enfrentando o Bahia, uma das ótimas revelações deste Brasileirão. A grande diferença é o jogo ser em Salvador, somado ao fato do Bahia, ficar a vontade em sua casa e fora dela não temer os adversários. Este é o mote principal da sua campanha.

INSTILE-SE a alavancada do Fortaleza, após vencer o Grêmio, o Ceará terá que redobrar seus esforços para sair da posição de agonia em que se encontra, justo na hora em que a camisa do Cruzeiro começa a pesar com duas vitórias seguidas, aliviando-o do Z-4. Resumo: ou o Ceará vence o Bahia, ou as coisas começarão a ficar ainda mais difíceis para as duas bandas.

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