Jornalista, professora e consultora. Mestre em Políticas Públicas, especialista em Responsabilidade Social e Psicologia Positiva. Foi diretora de Redação do O POVO, coordenadora do Unicef, secretária adjunta da Cultura e assesora Institucional do Cuca. É autora do livro De esfulepante a felicitante, uma questão de gentileza
Quem se nega a receber imunização está sendo irresponsável não só com
a própria vida, mas com a de todos que cruzam seu caminho
Esta semana estava fazendo exercício físico quando ouvi alguém falando que uma amiga havia contraído covid-19.
Em seguida, outra pessoa disse que as mortes pela doença estão aumentando, e uma terceira contou de uma amiga que veio do exterior com covid e estava bem abatida.
Todos se olharam quando um dos presentes lançou a pergunta-afirmação: “quer dizer que as vacinas não adiantaram nada mesmo, né?”.
Uma interlocutora mais calma no grupo enfatizou que sem as doses da vacina muitos de nós teríamos morrido nos últimos anos. E que, como há variantes do vírus, são necessários novos tipos de vacina, novas doses.
A coincidência é que, no mesmo dia, soube de uma novidade, também sobre vacina. Desde a última segunda-feira, 4, o Ministério da Saúde mudou a forma de garantir a manutenção da proteção contra poliomielite.
Ao invés das duas doses de reforço da vacina oral será uma dose única e injetável. A decisão, prevista desde o ano passado, atende a estudos científicos que apontam para maior eficácia.
A memória puxa seus fios. Sendo jornalista, tive a satisfação de acompanhar uma visita do Dr. Albert Sabin a Fortaleza. O pesquisador polonês desenvolveu a vacina que evitou que milhares de crianças fossem vítimas da pólio.
À época da vacina contra a pólio, inúmeros pais se recusaram a levar seus filhos aos postos de saúde. Tinham medo das consequências. O tempo mostrou a necessidade da imunização.
A medicina é ciência, se baseia em evidências, estudos e pesquisas que levam anos e anos até alcançar o objetivo. Em casos de pandemia, como a da covid, pesquisadores tiveram que se desafiar ainda mais para conseguir resultados comprovados em curto espaço de tempo.
A tecnologia os ajudou a encurtarem os prazos. Só assim milhões foram salvos em todo o mundo.
Sobre a covid, vi que o último boletim da Fiocruz indica aumento nos casos graves da doença.
Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP avaliam que a causa desta elevação está relacionada ao fato de várias pessoas não terem completado o esquema de vacinação. Fora que nem todos do grupo minoritário tomaram a versão atualizada da vacina.
Matéria em O Globo, de outubro último, cita que a covid já passa de 5 mil mortes este ano. De acordo com a Agência Brasil, em agosto deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informava que a covid-19 seguia bastante presente e que o vírus circulava em todos os países.
A queda alarmante das taxas de vacinação contra a covid-19 em todo o mundo tem preocupado a OMS, principalmente entre os que têm mais de 60 anos e os profissionais de saúde.
É necessário continuar alerta. Vacinas adiantam sim, e muito. Salvam vidas. Negar esta realidade é faltar com o compromisso à própria vida e a de todos com quem cruzamos no nosso caminho.
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