O fim da OI no Ceará resultou, um ano após o fim da migração dos clientes, em uma maior competição entre as operadoras que continuam em atuação no mercado local. Os 8,8 milhões de chips ativos no Estado estão divididos em parcelas quase iguais por Claro (33,26%), Vivo (33,09%) e TIM (32,82%).

A principal beneficiada pelo fatiamento da operadora foi a Vivo, que saltou da 4ª colocação para a liderança na telefonia móvel cearense, na época. Mas a vantagem inicial de 15 pontos percentuais não durou sequer um ano. Relatório de outubro de 2023 - o último apurado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) - atesta a perda de clientes após a conclusão da transferência dos chips da rede da OI.

No mesmo páreo, a TIM se manteve na corrida pela maior fatia do mercado em patamares similares aos que disputava com a tele fatiada a preferência dos clientes no Ceará. Já a Claro avançou da terceira posição nessa disputa até emparelhar com as demais ao longo do último ano.

Movimento que rendeu à Claro a liderança no DDD 88, ativo no Interior do Estado. Na Região Metropolitana de Fortaleza, de DDD 85, quem tem maior quantidade de chips é a Vivo, segundo dados apurados pela consultoria Teleco.

O comportamento do consumidor, motivado pela busca por melhores serviços e preços, sacudiu esse mercado e fez das projeções iniciais de baixa disputa entre as empresas uma previsão fracassada. Apesar de apenas três empresas em atuação, o fluxo de portabilidade tem ficado mais intenso e forçado as operadoras a oferecer melhores pacotes de dados e voz.

E mais um elemento deve acirrar a competição no mercado de telefonia móvel do Ceará: a entrada da cearense Brisanet no segmento. O leilão do 5G garantiu frequências para que a operadora atuasse nos sinais 4G e 5G a partir deste ano.

A estratégia desempenhada dela já é conhecida: começa nas cidades do Interior, ganha corpo e avança para a Capital. Foi assim que a tele chegou à liderança da banda larga fixa no Estado e é encarada com respeito pelas adversárias.

Resta saber se as demais operadoras de telecomunicações (Claro, TIM e Vivo) vão observar o avanço da Brisanet passivamente ou vão assumir uma postura agressiva em ofertas - como torcem os consumidores.

Efeitos da reforma tributária

"Com a reforma tributária, eu só tenho até 2032 para conceder incentivo fiscal. Depois, vem a política do Fundo de Desenvolvimento Regional que vamos conceder às empresas. Na minha visão, isso será para a indústria e nova economia, como energia renovável e telecomunicações, logística, que serão setores que precisamos atrair ao máximo para o Ceará"

Elmano de Freitas, governador do Ceará

Pecém

As empresas que atuam no Complexo Industrial e Portuário do Pecém buscam retomar o chamado "Pacto pelo Pecém". A iniciativa busca "uma governança compartilhada com engajamento entre governos e empresas" com atuação naquela área do Estado - que se projeta como uma das mais promissoras em desenvolvimento. Duas semanas antes do fim do ano, representantes do CIPP S/A, da Assembleia Legislativa do Ceará e das prefeituras de Caucaia e São Gonçalo do Amarante se reuniram para debater ações.

1 mil

projetos foram contabilizados pela PWR Gestão em dez anos de atuação. A empresa prestou serviço a mais de 600 clientes e mais de 15 mil empresários e gestores. Com escritórios em São Paulo e Fortaleza, a consultoria atua em 24 estados e no Distrito Federal. Além disso, tem presença nos Estados Unidos, Espanha, França, Chile, Argentina e Angola.