O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
No mesmo dia em que Lula (PT) lançava em São Paulo sua chapa com Geraldo Alckmin (PSB) para a Presidência da República, acontecia no último sábado em Goiás outro encontro importante para os rumos da disputa eleitoral deste ano no Ceará. Após o megaevento petista, estiveram juntos em Corumbá Camilo Santana (PT) e o ex-senador Eunício Oliveira (MDB). Na ocasião, o ex-governador participava da festa de casamento de Maria Eduarda Oliveira, filha mais nova do emedebista.
A presença de Camilo no evento foi das mais festejadas, com direito a assento na mesa pessoal de Eunício. Segundo a coluna apurou, os dois estiveram juntos por diversas horas, conversando inclusive sobre a possível manutenção da aliança entre PT e MDB na eleição deste ano no Ceará. A festa foi realizada em uma fazenda de família Oliveira na região.
Vale lembrar: Eunício é hoje um dos líderes de partidos da base aliada que defendem um "veto" a uma possível indicação do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) como candidato do PDT ao Governo do Ceará. Ao lado de Luizianne Lins (PT) e outros líderes do PT, ele tem deixado claro que rejeitaria qualquer composição com a indicação de RC na cabeça da chapa. Recentemente, o emedebista inclusive deixou clara a sua preferência pelo nome da governadora Izolda Cela (PDT).
"Acho que são dois posicionamentos colocados no Ceará hoje. A Izolda, que tem um histórico de pessoa mais elevada do ponto de vista social, que tem inclusive uma relação com o PT, foi filiada ao PT (...) então, ela é uma boa candidata e meu partido aceita discutir o apoio à Izolda. Sendo o Roberto Cláudio, obviamente o MDB vai para qualquer outra posição. Preservando o apoio ao presidente Lula, vou apoiar (no Ceará) até um candidato que possa ser totalmente inverso a esse pensamento", diz.
Recentemente filiado ao PT, o deputado estadual Júlio César Filho (PT) parece ter abraçado de vez a ideologia da legenda. No último sábado, Julinho publicou nas redes sociais imagens do evento de lançamento da candidatura de Lula à Presidência, com direito a texto defendendo a eleição do líder petista. "É o momento de união de todas e todos que discordam desse atual governo, de retrocessos e de graves ameaça a nossa democracia. O nosso país merece mais respeito", destaca Julinho.
O deputado já teve passagem pelo PDT, sigla que hoje tenta viabilizar a candidatura do líder cearense Ciro Gomes como candidato à Presidência. A própria chegada de Julinho ao PT não foi das mais "pacíficas". Articulada pelo então governador Camilo Santana, a filiação foi contestada pelo comando local do PT em Maracanaú, que chegou a lançar nota repudiando a decisão e tentando "barrar" o movimento. Eles destacavam que, no município, o grupo político de Julinho sempre fez oposição ao PT.
O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) deve analisar nos próximos dias lista sêxtupla elaborada pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Ceará (CSMP) para o preenchimento de vaga aberta na Corte pela aposentadoria da desembargadora Vera Lúcia Correia. Dos seis nomes apontados pelo CSMP, o TJCE deverá destacar três, que seguirão então para a governadora Izolda Cela, que dará a palavra final sobre a indicação.
Integram a lista, em ordem alfabética, a procuradora de Justiça Ângela Teresa Gondim Carneiro (5 votos), a promotora de Justiça Joseana França (5), a procuradora de Justiça Maria Magnólia Barbosa da Silva (5), a procuradora de Justiça Maria Neves Feitosa (5), o promotor de Justiça Plácido Rios (6) e a procuradora de Justiça Vanja Fontenele (5).
O favoritismo de dois promotores de Justiça no processo de indicação tem tensionado bastidores do Ministério Público do Ceará (MPCE). Atualmente, Joseana França e Plácido Rios são vistos como favoritos para a escolha da governadora Izolda Cela. O problema é que, historicamente, o cargo de desembargador destinado ao MP vem sendo preenchido sempre não por promotores, mas sim por membros já promovidos ao cargo de procurador de Justiça. A tradição não é prevista em lei, mas tem ditado todas as indicações até hoje.
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