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Transição energética está entre os pilares da agenda ESG para esse ano
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Transição energética está entre os pilares da agenda ESG para esse ano

Especialista em investimentos avalia três tendências sustentáveis que ganham força no segmento
Tipo Notícia
Fontes renováveis na matriz energética deve aumentar em 2022, diz MME (Foto: )
Foto: Fontes renováveis na matriz energética deve aumentar em 2022, diz MME

Cada vez mais as empresas brasileiras estão adotando a agenda ESG nas coorporações. Apesar de ser necessário um planejamento a longo prazo para incluir a pauta, a líder regional da XP no Ceará, Larissa Falcão, avalia que alguns temas estão em destaque e seguem fortes até o fim de 2022. Entre eles, o crédito de carbono, a transição energética e a regulação.

Transição energética

O mundo precisa de mais energia, ao mesmo tempo em que as mudanças climáticas exigem menores emissões. O Brasil está sendo o País com uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo e bem posicionado para captar recursos financeiros que permitam o desenvolvimento tecnológico necessário para a transição.

Até o meio do ano, novas tecnologias e soluções de baixo carbono surgiram em diferentes áreas, como por exemplo as baterias de VEs, o que vem aumentando a demanda pelos metais verdes necessários para essas tecnologias.

“Acredito que os investidores continuarão pressionando as empresas para que assumam seu papel na condução da descarbonização, via investimento em tecnologias que permitam a transição por parte também dos setores com maiores emissões”, afirma Larissa.

Crédito de Carbono

Desde 1997, como o surgimento do crédito de carbono, a partir do Protocolo de Quioto, seu valor negociado tem expandido ano após ano. Esse mercado atingiu um recorde, em 2021, de US$ 851 bilhões, o que represesentou uma alta de 164%, segundo dados da Refinitiv.

No Brasil, embora ainda existam definições importantes a serem feitas, em maio, o Governo Federal publicou um decreto regulamentando este mercado no país, criando um Sistema Único de Registro (Sinare).

Segundo Larissa Falcão, tal decisão evidenciou avanços na definição dos parâmetros desse mercado, ao mesmo tempo em que se esperava ver novos progressos ao longo do ano.

“Quando o assunto é aquecimento global, não existe uma bala de prata, entretanto, vemos o mercado de crédito de carbono como uma importante solução alternativa no combate às mudanças climáticas, com todos os olhos voltados ao potencial do Brasil para estar na vanguarda desse mercado, o que exigirá a atenção dos investidores e também das empresas”, afirma a executiva.

Regulação

As mudanças impostas pelas regulamentações vão desempenhar um papel cada vez mais importante na condução das empresas às melhores práticas ESG.

“Durante 2022, já vimos avanços importantes e vemos essa agenda ganhando força no restante do ano, o que deve estimular ainda mais o foco ESG por parte de companhias e investidores”, conclui a líder regional. 

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