Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
Parece redundante falar de transparência em qualquer que seja as relações, pessoais, profissionais, empresariais ou de prestação de serviço, mas infelizmente não é. Muitas pessoas, atualmente, têm achado que clareza, verdade ou pequenas mentiras podem se fazer presente no dia a dia. Mas não! Ser transparente implica em ter um canal de comunicação claro, ético, íntegro e responsável.
Falta diversidade
O Observatório 2030, iniciativa do Pacto Global da ONU no Brasil e Resultante apoiada por organizações parceiras, que monitora dados públicos das empresas brasileiras em cinco categorias - Clima, Gênero, Corrupção, Salário Digno e Água - aponta que o número de funcionários treinados em anticorrupção aumentou dentro das empresas, tendo em vista o aumento de 43,24% em 2018 para 59,90% em 2020. Mas revela que metas ambientais, de gênero e raça ainda são pouco divulgadas e compromissos ASG precisam melhorar.
Apenas duas companhias brasileiras, das 82 pesquisadas, possuem compromissos para mitigação de emissão de gases aprovado pela Science-Basse Targets initiative (SBTi). Além disso, destaque negativo para compromissos de raça e mulheres. O positivo fica para o aumento da transparência. Outro indicador importante, que é o canal de denúncias anônimas, também é positivo e mostra que 97,56% das empresas possuem um canal de denúncias aberto à sociedade, com garantia de anonimato e de não retaliação.
Em questões de raça e gênero, ainda há poucos dados disponíveis. Do tal, somente 15 reportam o percentual de colaboradores negros. Com relação a composição das empresas em percentual de mulheres, em todos os cargos, o percentual é maior quando as empresas são signatárias dos Women's Empowerment Principles. No entanto, menos da metade das empresas analisadas aderem ao compromisso (43,9%).
Proteção de dados
Os padrões ambientais, sociais e de governança (ASG) tornaram-se métricas cruciais para o desempenho corporativo, reputação e mitigação de riscos nos últimos anos. Para além das conhecidas questões ASG privacidade, governança de dados e segurança cibernética vêm se tornando, nos últimos anos, importantes tópicos para as empresas abordarem em seus programas e divulgações. Isso tem sido confirmado pelas mais reconhecidas classificações ASG nos últimos anos, como por exemplo, a MSCI, líder neste tipo de indicador, que inclui privacidade e proteção de dados como uma das questões-chave.
Para a advogada sênior no Opice Blum Advogados e gestora de inovação Jurídica do Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Estado do Ceará (Irís), Mariana Zonari, geralmente a governança é tida como menos importante na agenda ASG e é vista como uma obrigação de conformidade.
"Contudo, à medida que entramos na era digital, a forma como as empresas gerenciam a segurança, privacidade e confidencialidade dos dados – todos assuntos de governança – tem uma grande influência na confiança, reputação e até mesmo nos resultados diretos dos negócios. Além disso, é garantir que estão contribuindo, em meio a uma revolução digital, para uma sociedade mais segura e transparente", conclui.
Comprometimento musical
A despedida do Skank na Capital cearense contou com ação sustentável apoiada pela Solar Coca-Cola. No local do show foi montada uma tenda onde funcionou a central de triagem de resíduos realizada por 12 catadores da Associação de Catadores do Jangurussu (Ascanjan). Eles fizeram a separação do material reciclável que foi destinada para a EcoMax. Após o beneficiamento dos materiais, a Solar fará a compra da resina reciclada para utilizar na fabricação de novas garrafas PET. De acordo com Alana Barros, coordenadora de Sustentabilidade da Solar Coca-Cola, a iniciativa contribui diretamente com a logística reversa. A Verdear Eventos + Sustentáveis assinou a concepção da ação sustentável.
Na agenda de março, o Vivo Música aterrissa em Fortaleza com o Selo Neutro Verde, chancela da consultoria em sustentabilidade Eccaplan. O selo é dado para compensar as emissões de carbono relacionadas a montagem, desmontagem e realização do show, considerando o deslocamento de todo o staff, equipe de cenografia, gerador de energia e resíduos gerados, incluindo o deslocamento local dos participantes do show. Todas essas ações são quantificadas e uma ação de compensação ambiental é realizada na mesma proporção, com o apoio a projetos ambientais.
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