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Valorização da força de trabalho feminina
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Valorização da força de trabalho feminina

A diferença salarial entre homens e mulheres e algo não permitido por lei, mas ainda acontece no mercado de trabalho. Os setores privados e públicos precisam elaborar ações e iniciativas que eliminem essa disparidade
Tipo Notícia
 TÂNIA Dourado é escritora, 
mestre, doutora e mentora de mulheres (Foto: Jamia Figueiredo/ Arquivo pessoal)
Foto: Jamia Figueiredo/ Arquivo pessoal  TÂNIA Dourado é escritora, mestre, doutora e mentora de mulheres

Mesmo sabendo que a diferença de salários entre homens e mulheres já é proibida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), na prática, sabe-se que ocorre por falta de sistemas que fiscalizem e garantam o cumprimento da lei.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a tendência de queda na disparidade que acontecia até 2020, voltou a subir em 2022 no País e atingiu diferença de 20,08% no primeiro trimestre de 2023.

No Ceará, a distância é um pouco menor, 13,84%, mas existe. No dia a dia, cabe as empresas praticarem o ESG com ações dedicadas a eliminar essa “falha” e as mulheres descontruírem, no dia a dia, as práticas de patriarcado que estão inseridas desde que nasceram e, cada vez mais, mostrarem suas capacidades técnicas e emocionais também no ambiente de trabalho.

Empoderamento feminino

É preciso entender que o empoderamento feminino é um processo coletivo para mudar as estruturas que sustentam as desigualdades de gênero na sociedade, segundo Tânia Dourado, mestre e doutora em linguística e comunicação, escritora e mentora de mulheres.

“Trata-se de um processo emancipatório, intelectual e político que se propõe a questionar e desmontar práticas sociais e discursivas que naturalizam essas desigualdades e que afetam a vida da mulher em todos os níveis”, declara.

E essa construção cultural de desigualdade começa desde a infância. Desde o nascimento, uma menina recebe uma espécie de cartilha que impõe determinados comportamentos e que estabelece quais lugares que ela vai poder ocupar no mundo.

 

“Uma cultura sustentada por narrativas de subjugação e invalidação da inteligência e do talento feminino. Narrativas que estão por toda parte: nos brinquedos, nos contos infantis, nos programas de tv, nas músicas, nas cores, nos modelos de comportamento”, explica.

Segundo a doutora, para alcançar melhores posições laborais é preciso se desidentificar das narrativas que a colocam em lugares estigmatizados, saindo das caixinhas com etiquetas: “essa profissão é para homens”; “essa profissão é para mulheres”.

"Mas como mentora de mulheres em três continentes, posso afirmar que não é fácil. Para avançar na carreira, a mulher trava uma luta interna e diária de desconstrução de narrativas que internalizou e que se impõem entre ela e a materialização do que tanto deseja", confessa. Confira entrevista completa na coluna no O POVO+.

Empreendedorismo

Com negócios também no Ceará, a Solar Coca-Cola tem apoiado o empreendedorismo feminino no Nordeste como parceira do Meu Negócio é Meu País. O programa é uma iniciativa nacional e visa impactar negócios liderados por mulheres.

A primeira fase do programa, lançada em 2022, já capacitou mais de 600 empreendedoras. Nesta nova edição o programa pretende impactar 1.000 mulheres, levando capacitação online e gratuita para acelerar o crescimento do pequeno varejo local.

Além da Solar, o Meu Negócio é Meu País na região Nordeste também possui parcerias com a Aliança Empreendedora e o Sebrae. cocacoladaumgasnoseunegocio.com/kuat/

Já a ArcelorMittal Pecém certificou, em junho, 36 mulheres das turmas da Trilha de Gastronomia do programa Território Empreendedor. O projeto é realizado pela empresa em parceria com a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, com o Sebrae-CE e com o Senac.

O Programa contemplou mulheres empreendedoras que moram nas comunidades de Bolso, Acende Candeia de Cima, Acende Candeia de Baixo e Saquinho. Mais duas turmas serão abertas para a participação de mais 50 mulheres.

Vulnerabilidade socioeconômica

De âmbito nacional com atuação local, o Programa Ela Pode promove capacitações gratuitas para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Ele é realizado pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora e conta com o apoio do Google.

Entre os benefícios estão a transformação da história da mulher, fortalecimento do seu negócio, aprender a tornar líder de si, aumentar a rede de contatos e certificação. elapode.com.br

Exportação

Estão abertas as inscrições para a2ª edição do encontro virtual de negócios “Mulheres na Exportação”, realizado entre 4 e 30 de setembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O público-alvo é mulheres líderes, CEOs e proprietárias de empresas dos setores de alimentos, bebidas e cosméticos.

O objetivo é criar um ambiente favorável para o sucesso de empresárias em ascensão e conectá-las com potenciais compradores da América Latina.

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