COP30: Oportunidade do Brasil alavancar financiamento verde
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL
COP30: Oportunidade do Brasil alavancar financiamento verde
Brasil, com sua vasta biodiversidade e papel estratégico na agenda climática global, pretende usar a COP30 como plataforma para atrair investimentos internacionais e consolidar sua liderança ambiental
Foto: Reprodução/Freepik
REFLORESTAMENTO é uma das possibilidades
O financiamento verde é uma estratégia essencial para viabilizar projetos sustentáveis e de baixo carbono, como energias renováveis, reflorestamento e infraestrutura resiliente. Ele envolve a mobilização de recursos públicos e privados direcionados a iniciativas que promovam a preservação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas.
O Brasil, com sua vasta biodiversidade e papel estratégico na agenda climática global, pretende usar a COP30 como plataforma para atrair investimentos internacionais e consolidar sua liderança ambiental. O objetivo é garantir recursos que fortaleçam políticas de transição energética, conservação da Amazônia e desenvolvimento sustentável.
A expectativa é que bancos multilaterais, fundos climáticos e o setor privado se comprometam com aportes mais robustos. Além disso, o País busca reforçar sua credibilidade com mecanismos como o marco regulatório do mercado de carbono e a taxonomia sustentável. Assim, a COP30 será mais do que um evento, é uma oportunidade histórica para o Brasil transformar compromissos em financiamento real para a sustentabilidade.
O Grupo São Luiz divulgou seu terceiro Relatório ESG com os principais resultados e práticas de 2024. Foram mais de R$ 19 milhões destinados a ações ESG, incluindo expansão do uso de energias renováveis, programas de desenvolvimento de colaboradores, ações sociais e incentivo à economia circular. Entre os destaques ambientais, estão a distribuição de 116 mil sacolas retornáveis, 55% a mais que no ano anterior, evitando o uso de 8,7 milhões de sacolas plásticas comuns e o descarte de cerca de 47 toneladas de plástico.
A empresa também reciclou 875 toneladas de papelão e 49 toneladas de plástico, gerou 21 milhões de kWh de energia por meio de parques eólicos e alcançou 72% do consumo energético de fonte renovável, com 100% das lojas recebendo créditos de energia limpa. No hortifrúti, ajustes de processo resultaram em economia de 333 mil kg de CO?, 7.684 m³ de água e redução de danos em 35,9 mil kg de produtos.
Diálogo, moda e ESG
A Blinclass há cinco anos vem incorporando mudanças em sua cadeia produtiva, desde a escolha de matérias-primas até ajustes na operação das lojas. Entre as iniciativas, estão a adoção de algodão com certificado BCI - Better Cotton Initiative, fibras de bambu, tecidos desfibrados e malha EcoPet, material obtido a partir de garrafas PET recicladas. A proposta é reduzir impactos.
Outro ponto é o Projeto Sustentabilidade que dá novo destino a resíduos têxteis. Esses materiais são transformados em acessórios como cintos, bolsas e nécessaires, confeccionados por mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Até o dia 1º de outubro, os institutos João Carlos Paes Mendonça (IJCPM), localizados nos shoppings RioMar Fortaleza e RioMar Kennedy, promovem formação com capacitação para jovens e adultos que desejam atuar no setor da moda.
Por meio do projeto "Empreender Tá Na Moda! - Da Criação à Venda", focam desde a criação, passando por gestão e comercialização de produtos autorais. Serão beneficiadas as entidades Projeto Flor da Pele, a Arte Costura e a Rede Estrela de Iracema. Ao todo, 50 mulheres receberão a capacitação.
Já a Consag reforça seu compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento social ao firmar uma parceria estratégica com a iniciativa Lixoxiki, no Pará. O projeto transforma uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) da obra, que seriam destinados ao descarte, em peças de moda sustentável, gerando renda e promovendo a inclusão social de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Sorvete mais natural
A SorveZero tem adotado soluções que reduzem desperdícios, promovem eficiência energética e priorizam o uso de materiais biodegradáveis e recicláveis. Utilizam produtos em pó com ingredientes 100% naturais, o que reduz insumos. Na matriz energética, investiu na implantação de energia solar para abastecer parte da operação, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa e ampliando o uso de fontes renováveis. A marca também passou a adotar embalagens biodegradáveis, que se decompõem em menor tempo quando comparadas às convencionais, reduzindo os efeitos nocivos do descarte inadequado no meio ambiente.
Lixo zero
Instituto da Qualidade Automotiva acaba de ser credenciado a oferecer a certificação do Sistema de Gestão Lixo Zero (SGLZ), selo que atesta o comprometimento de organizações com a destinação adequada de resíduos. Homologado pela Zeros, referência nacional no tema, o Instituto passa a conduzir auditorias e emitir a certificação para empresas que buscam excelência na gestão de resíduos e redução do impacto ambiental.
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