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Roberto Cláudio critica "inexperiência de governar" e diz que Fortaleza é progressista
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Roberto Cláudio critica "inexperiência de governar" e diz que Fortaleza é progressista

No momento mais duro do discurso, o prefeito falou muito de diálogo, de debate, mas reservou algumas palavras para o confronto
Tipo Análise
Roberto Claudio (PDT), ex-prefeito de Fortaleza (Foto: FÁbio Lima)
Foto: FÁbio Lima Roberto Claudio (PDT), ex-prefeito de Fortaleza

Ao anunciar o processo de escolha do candidato a prefeito de Fortaleza pelo PDT, o atual ocupante do cargo, Roberto Cláudio, falou muito de debate, de abertura. Mas, também teve seu momento de partir para o ataque. Os recados atingem diretamente o presidente Jair Bolsonaro e podem ser interpretados como estocada no principal candidato de oposição até aqui, Capitão Wagner (Pros). 

"O debate de alguma maneira conectado ao que está acontecendo no Brasil", introduziu o assunto, fazendo conexão com a postura de oposição ao Governo Federal. "Nós do PDT representamos também a negação ou a contraposição a alguns valores, sentimentos e ideias que eu julgo perigosas e ineficientes no País." Passou, então, a listar a que a candidatura pretende se contrapor.

"A intolerância à opinião diversa, a incapacidade de convívio no ambiente democrático, a inexperiência de governar. Ou achar que governar é se cercar de enfrentamentos políticos. E não é. Depois de oito anos, eu posso dizer que governar é uma tarefa concreta, racional, de trabalho."

Roberto Cláudio prossegue: "Quem perde tempo com futrica, com ódio, com disputa alimentando o palanque não consegue trabalhar para o povo. Quem simpatiza ou quem relativiza a milícia, quem desrespeita a opinião contrária, quem não convive com decência, dignidade e até leveza com a opinião do outro não tem capacidade de governar uma cidade como Fortaleza que é, graças a Deus, vanguardista, progressista e que valoriza o bom debate."

O prefeito dá o tom do enfrentamento numa campanha na qual, com qualquer desses candidatos, a base governista sairá atrás. Precisará confrontar o até aqui líder nas pesquisas internas, Capitão Wagner. Não poderá ser uma campanha blasé.

A crítica à inexperiência e o vínculo de Wagner ao que tem sido a tumultuada experiência de governo Bolsonaro será uma diretriz de campanha já apresentada de agora. Na campanha governista, o Capitão será apresentado como um potencial Bolsonaro para Fortaleza, pela inexperiência, vendido como perspectiva de confronto, de confusão, instabilidade, turbulência e intolerância na administração municipal.

Ouça o podcast Jogo Político:

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