Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
O processo de definição do candidato governista a prefeito de Fortaleza saiu dos bastidores e se tornou público. Roberto Cláudio se inspirou na própria escolha para ser candidato a prefeito, oito anos atrás, na época no PSB. Naquela ocasião foi bem mais rápido. Houve reunião, os pré-candidatos falaram e os dirigentes de partidos aliados votaram. Nos bastidores, já era dado como certo que o candidato seria Roberto Cláudio. O processo foi visto mais como forma de dar satisfação aos outros nomes - Ferruccio Feitosa e Salmito Filho - e legitimar a escolha. Dessa vez, resta saber o quanto o processo público será mesmo determinante na escolha, o quanto será a chancela a uma decisão já tomada.
Pelo menos, a escolha será forma de atrair atenção da opinião pública, ocupar espaços na imprensa. Dar visibilidade a uma candidatura que começa desconhecida da maioria da população.
Roberto Cláudio disse que o processo escolherá o nome do PDT, a ser submetido à aliança. Não descarta porém, que o nome venha a ser de um dos aliados. Pode ser, mas, depois de todo esse processo, parece-me improvável que quem passar por essa maratona não seja o candidato.
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Entre nomes previsíveis e uma surpresa, analiso os pontos fortes e fracos de cada um para ser o candidato.
Em 2012, Ferruccio Feitosa era a principal alternativa a Roberto Cláudio. Hoje parece ter menos chances que na época. A seu favor, a relação com Cid Gomes, que deu a ele o comando dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Com Roberto Cláudio, foi o secretário da Regional II, que abrange Aldeota e Meireles, região que recebeu grande volume de investimentos. É um dos dois que nunca foram candidatos. Hoje é o menos provável dos cinco.
Foi nome que surgiu ontem como surpresa. O maior trunfo: é muito próximo de Cid Gomes. Levado para ser presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na época em que o hoje senador foi ministro da Educação. Idilvan é deputado federal e tem a seu favor o fato de ser da área que é menina dos olhos do grupo Ferreira Gomes: educação. Surge como novidade, mas não deve ser descartado. Como escrevi, os Ferreira Gomes gostam de surpresas. Idilvan é a que há nesta lista.
Foi outro dos preteridos em 2012. Talvez seja dos cinco o melhor de palanque. Ex-presidente da Câmara, tem simpatias e antipatias entre parlamentares. Como trunfo, a força política.
É o nome que Roberto Cláudio trabalhou. Seria o nome, de fato, da continuidade. Conhece a Prefeitura como nenhum outro. Mas é o menos político. Ele e Ferruccio são os únicos que nunca foram candidatos. Talvez seja o que será mais testado nos debates que o PDT inicia. O apoio do prefeito o mantém entre os favoritos, que terá de confirmar agora. Se não se destacar no debate externo, como irá para fora?
Se, no processo de debate, pesar o apoio político, José Sarto Nogueira ganha força. É presidente da Assembleia Legislativa e tem aliado como presidente da Câmara Municipal. E é o aliado dos Ferreira Gomes há mais tempo. Parece-me dos mais cotados, ao lado de Samuel e da surpresa Idilvan.
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