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Nova regra estimula partidos a terem candidatos a prefeito
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Nova regra estimula partidos a terem candidatos a prefeito

Tipo Opinião

Uma bem-vinda regra entra em vigor nas próximas eleições e está servindo de estímulo a mais e mais partidos lançarem candidatos próprios a prefeito - assunto que comentei ontem. Trata-se do fim das coligações nas eleições para vereadores. É uma mudança gigantesca nas regras eleitorais, e ainda maior na política do Ceará. Podem fazer uma coligação na eleição para prefeito com quantos partidos for. Mas, para a Câmara Municipal, cada partido tem uma candidatura.

Por que a diferença? Porque, na eleição proporcional, pode-se votar no candidato, mas o voto vai para a legenda. Para saber se o candidato será eleito, é preciso somar os votos no partido - antes era na coligação. É eleito pela sigla número de vereadores proporcional à votação. Por exemplo: se um partido tem 30% dos votos, fica com 30% dos vereadores. Antes, a lógica valia para a coligação.

Por que a mudança tem impacto maior no Ceará? Porque parte crucial da receita Ferreira Gomes para formar as maiores alianças eleitorais do Brasil era a composição proporcional. Era feita muita conta, estimativa de voto, e aí se formavam duas ou três pequenas coligações dentro do grande bloco do governismo, para assegurar o maior número possível de vagas no Legislativo, e deixar os partidos competitivos proporcionalmente ao potencial de de seus candidatos.

Por isso tinha candidato com 12 mil votos que não era eleito, com 8 mil que ficava como suplente e com 4 mil que era eleito. Isso efetivamente ocorreu em 2016. A chance de isso ocorrer não acaba. Afinal, a lógica é fortalecer o partido. Não importa tanto o nome, mas a força da legenda. Isso não é ruim, é bom. O problema é que quando se permitia formar uma super coligação de 20 partidos, a lógica era completamente desvirtuada.

O que isso tem a ver com as candidaturas a prefeito de Fortaleza? Simples: ter candidato a prefeito puxa voto para vereador. Antes, um candidato do bloco puxava voto para a coligação toda. Agora, se o PSDB, por exemplo, fechar aliança para a Prefeitura com o PSTU, a visibilidade da legenda do 16 fortalece a bancada do PSTU, mas tende a fragilizar a bancada tucana. É um exemplo hipotético.

Ou seja, a expectativa de eleger bancadas maiores do PCdoB, do Cidadania, do PV, do PSB, do PT, do PDT estimula essas siglas a terem candidatos. Claro, em tese. O mesmo vale para Podemos, PSC, PTC, Pros etc do lado da aliança do Capitão Wagner.

Se as pré-candidaturas de todos os partidos que se colocam no páreo até agora vingarem - algo do que duvido - serão pelo menos 13 nomes na disputa. Com prováveis desistências, ainda pode ficar próximo de 10.

Vereadores de Fortaleza fazem propaganda em games para mobile

Vereadores de Fortaleza, que buscarão a reeleição dentro de três meses, encontram formas diferentes de fazer propaganda - por enquanto de seus mandatos. Parlamentares investem na publicidade em games para smartphones. Lá estão anúncios do iFood, da Centauro, da C.Rolim. E dos membros da Câmara Municipal.

Presidente da Câmara, Antônio Henrique veicula propaganda em plataforma de jogo
Foto: Captura de tela/Game Art of War
Presidente da Câmara, Antônio Henrique veicula propaganda em plataforma de jogo

O jogador tem a possibilidade de assistir aos vídeos com anúncios, com tempo em torno de 15 a 30 segundos, e ganhar bônus no jogo.

Um dos que têm usado a ferramenta é o presidente da Câmara Municipal, Antônio Henrique (PDT). O vereador Dr. Porto (PDT) vai além da mera divulgação dos atos. Manifesta-se contra o fundo eleitoral e partidário e pede doações para financiar a atividade pública.

De olho nos mecanismos da publicidade digital, os vereadores, aliás, retomam nesta quarta-feira as sessões presenciais.

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