Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Nesta semana haverá reuniões para discutir o retorno das aulas presenciais no Ceará. O governador Camilo Santana (PT) confirmou na semana passada a perspectiva de retorno em setembro. Nessa semana devem ser estabelecidas as regras e protocolos dessa volta.
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As escolas particulares queriam ter voltado já há muito tempo. Havia articulações para voltarem já há mais de dois meses. Desde julho, a pressão tem crescido. Carreatas têm sido realizadas. As pequenas escolas têm sofrido a pressão econômica. As grandes também enfrentam dificuldades.
As escolas apresentam protocolos e preparativos. Asseguram estar prontas para assegurar a segurança aos estudantes e profissionais. Têm convicção de que eles estarão mais seguros que nos ônibus, shoppings e praias.
Compreendo inteiramente todos os negócios ansiosos por reabrir. O drama econômico é real. Os estabelecimentos têm agido com rigor. Porém, há especificidades do ambiente escolar.
Sobre o assunto:
As escolas estão prontas para eventuais casos de contágio por Covid-19? Obviamente que trabalharão para que não ocorram. Torcemos todos para que não haja nenhum. Mas eles são possíveis e qualquer protocolo precisa prever essa situação. Do ponto de vista do procedimento, do que acontece com as aulas, com a turma, com quem teve contato. E do ponto de vista emocional.
As escolas estão prontas para a reação dos pais se houver casos de Covid-19?Para a reação dos pais de crianças eventualmente doentes e dos pais das outras crianças. Pais e mães costumam ser compreensivelmente emocionais quando se trata da saúde de seus filhos. Procedimentos precisam prever isso.
No Amazonas, as aulas na rede privada voltaram no começo de julho e, nos dados até o fim de julho, não houve casos. Uma boa notícia. A rede pública retornou às atividades do ensino médio em 10 de agosto e o cenário é bem diferente. Só nos três primeiros dias de testes, 162 profissionais foram diagnosticados com Covid-19. Escolas tiveram de suspender as aulas. O retorno do ensino fundamental foi adiado.
Ontem, a Coreia do Sul determinou o fechamento das escolas de Seul e cidades vizinhas. Só alunos do último ano do ensino médio seguirão com aulas presenciais. O motivo foi aumento do número de casos.
Nos Estados Unidos, uma escola na Georgia cancelou as aulas após 25 estudantes serem diagnosticados com a doença. Em Berlim, na Alemanha, mais de 40 escolas registram casos entre professores e alunos. Estabelecimentos chegaram a fechar uma semana após reabrir.
Procedimentos devem ser tão seguros quanto possível. Devem ser adotados pensando em dar certo. Mas é preciso estar prontos para casos aparecerem. Para que escolas tenham eventualmente de fechar após a reabertura.
Escolas devem estar prontas para fazer com que os estudantes presentes usem máscaras. Não será fácil. Vale lembrar, está em vigor lei que multa estabelecimentos nos quais permaneçam frequentadores sem máscaras.
Os colégios também precisam se preparar para a onda nos grupos de WhatsApp de pais e nas redes sociais quando se espalhar a notícia de que há professores, estudantes ou funcionários com Covid-19.
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