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Derrota do Brasil para o Japão foi ótima
Foto de Fernando Graziani
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito

Derrota do Brasil para o Japão foi ótima

O tropeço expôs erros que estavam escondidos sob a goleada por 5 a 0 sobre a Coreia
Ancelotti tem muito a tirar da partida e será obrigado a revisar conceitos (Foto: YUICHI YAMAZAKI)
Foto: YUICHI YAMAZAKI Ancelotti tem muito a tirar da partida e será obrigado a revisar conceitos

A derrota do Brasil por 3 a 2 para o Japão, neste amistoso preparatório para a Copa do Mundo, pode ter sido o melhor resultado possível - ainda que pareça estranho dizer isso. O tropeço expôs erros que estavam escondidos sob a goleada por 5 a 0 sobre a Coreia, e trouxe à tona questões fundamentais que Carlo Ancelotti precisa enfrentar com urgência. O tempo de preparação é curto, e o técnico ganhou nesta partida um ótimo raio-X dos pontos frágeis da equipe.

Eu já havia escrito que esses amistosos não seriam inúteis. Serviram, justamente, para testar o time em cenários de risco, com adversários que desafiam o Brasil a sair da zona de conforto. E foi exatamente o que o Japão fez. Ao contrário da Coreia, que permitiu espaços e foi dominada, a seleção japonesa impôs intensidade, organização e uma marcação sufocante, que desmontou o sistema brasileiro e expôs falhas que precisam ser corrigidas.

Ancelotti tem muito a tirar da partida e será obrigado a revisar conceitos, por mais que a escalação tenha sido muito modificada. O ataque foi mal no segundo tempo, estático demais. O sistema defensivo cometeu erros em sequência, individuais e coletivos e o time, como um todo, oscilou demais entre os dois tempos. A equipe que começou bem terminou desorganizada, sem conseguir reagir à pressão japonesa.

Essas constatações não são motivo para desespero, óbvio, mas o tempo urge. É melhor que os problemas apareçam agora, e não na Copa. A derrota serve como sinal de que o talento individual não basta e de que ainda falta equilíbrio entre agressividade ofensiva e segurança defensiva.

O amistoso contra o Japão, portanto, foi mais do que um tropeço: foi um exercício de autocrítica. Ancelotti certamente vai observar que essa resultado pode se transformar no ponto para uma seleção mais madura, sólida e preparada para o que realmente importa.

Foto do Fernando Graziani

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